A mais rápida do Brasil

Ainda do Canadá, ainda sem tempo, mas já com acentos, vou postar hoje as chances reais de Lucimar Moura, uma das melhores velocistas do Brasil que, aos 30 anos, busca sua primeira final olímpica. Espero ter tempo para corrigir as postagens anteriores

A brasileira Lucimar Moura Aparecida conseguiu sua classificação para os Jogos Olímpicos nos 100m rasos graças ao índice A alcançado ano passado, com 11s20 num torneio em São Paulo.
Com o índice A nas costas, ela precisou apenas de um índice B, 11s37, esse ano para se garantir na mais nobre prova do atletismo feminino.

Ela quer apagar o mal resultado que conquistou nos Jogos Pan-americanos, ano passado, quando ficou fora da final, apenas na 12ª posição com o fraco tempo de 11s60. Sua melhor marca foi alcançada em 1999, quando correu em 11s17 a prova no meeting de Bogotá.
A experiente atleta participou de seu primeiro mundial em Atenas, 1997, quando caiu na segunda fase, as quartas de finais, mesma fase em que foi desclassificada no mundial de 1999, quando viveu sua melhor fase.
Depois de uma semi final, no mundial de 2005, caiu novamente nas quartas de finais ano passado, tendo assim como objetivo fazer parte das 16 melhores dos Jogos Olímpicos, tentando chegar até as semi finais.

Cerca de 70 atletas farão parte dos 100m rasos feminino em Pequim e uma marca perto de 11s50 com certeza classifica a brasileira para as quartas de finais, em que os 32 melhores tempos participam. Já para as semi finais, o caminho é mais complicado. Ano passado, a última das classificadas para as semi finais do mundial correu a prova em 11s32, tempo ainda não feito por Lucimar esse ano. Se correr para seu melhor tempo na carreira, 11s20, com certeza chega para as semi finais. Para chegar na final, é bem provável que a brasileira precisse correr abaixo de 11s10, algo muito difícil. Talvez uma semi final seja o real objetivo da experiente atleta brasileira.

NOS JOGOS OLÍMPICOS

Lucimar conseguiu passar da primeira para a segunda rodada, com a marca de 11s60, sendo a quarta em sua série e ficando com uma das vagas por ter os melhores tempos dentre quem não ficou nas três primeiras posições de suas séries.
Nas quartas de finais, entretanto, correu para 11s67, piorando a marca e ficando em último em sua série. No geral, ficou na 38ª posição.

Monique devera nadar os 200m livre

Hoje, iremos falar da possibilidade de Monique Ferreira nadar a prova dos 200m rasos da natacao mesmo sem ter feito o indice A da prova. Vale lembrar que estou no Canada estudando ingles e nao tenho um teclado com acentos da nossa lingua.

Monique Ferreira, especialista nos 200m e 400m livre, tentou garantir presenca nessas provas com indice olimpico A estipulado pela FINA(Federacao Internacional de Natacao). Porem, mesmo nao chegando ao indice, podera disputar essas provas em Pequim pelo fato dela ter se classificado para o revezamento 4x100m e desta forma poder nadar algumas provas em que conseguiu o indice B(Indice mais fraco da FINA que a CBDA(Confederacao Brasileira de Desportos) nao leva em conta). Monique so podera nadar a prova dos 200m pelo fato de ter se classificado no revezamento e como ja estara em Pequim ,a CBDA deixara ela nadar essa prova.

O indice dos 200m livre, provavel prova que ela ira disputar, nao veio por menos de 1s. Porem, com o recorde sul-americano batido no inicio do ano, em Sao Paulo, ela conseguiu o indice B para a prova, sem muitas chances de classificacao para as semi finais.
O tempo foi de 2min00s62, melhorando o antigo recorde que era de Mariana Brochado, quando foi semi finalista do mundial de 2001. Porem, na natacao atual esse tempo nao e muito competitivo. Somente esse ano, 86 atletas ja fizeram um tempo melhor. No mundial do ano passado, em Melbourne, a ultima classificada para as semi finais nadou para 1min59s baixo.
Nos Jogos Pan-americanos do ano passado, ela ficou fora do podio nos 400m mas ficou com o bronze nos 200m.

A participacao de Monique nesta prova e muito provavel, mesmo com ela priorizando o revezamento 4x100m, que luta por uma final olimpica. Talvez se fizer o recorde sul-americano ja sera uma grande vitoria

NOS JOGOS OLÍMPICOS
Monique nadou para a segunda melhor marca da carreira, para 2min00s64 e ficou na 28ª posição, longe das semi finais. Nos 400m, fez 4min12s21, bateu o recorde sul-americano e ficou na 21ª posição. Fez uma olimpíada boa, nadando bem o revezamento 4x100m.

Lucimar precisou de mais de um indice

Continuando as postagens diretamente do Canada e sem acentos da lingua portuguesa, hoje irei escrever as chances do Brasil na prova de 400m com barreiras para mulheres, que tera a participacao de Lucimar.

A brasileira havia feito o indice para a prova, que e de 56s50, durante o campeonato Iberoamericano em que ficou com a medalha de ouro. Ela correu a prova em 56s1, tempo abaixo da marca estipulada pela IAAF para a classificacao dos Jogos, porem, como o tempo foi marcado manualmente nao foi considerado indice.

Duas semanas depois, durante o Trofeu Brasil, ela alcancou, agora com cronometros eletronicos, a marca que o credencia para disputa dos Jogos Olimpicos. Logo nas eliminatorias, ela marcou o tempo de 56s14 . Na final, ela venceu com 56s18, marca apenas regular em termos mundiais e ainda distante de seu recorde, que e de 55s94, feitos em 2004.
Ela disputou o Pan do ano passado e ficou na sexta posicao com a marca de 56s58, que foi acima da que ela havia feito no Trofeu Brasil daquele ano, em que venceu com 55s96.
Medalhista de bronze no revezamento 4x400m no Pan de 2003, ela foi para as olimpiadas de 2004 e correu a prova por equipes(ficou em decimo segundo) e participou dos 400m rasos, em que ficou na vigesima primeira posicao.

Serao cerca de 45 atletas nesta prova em Pequim e as 24 melhores se classificam para as semi finais. No ultimo mundial, que Lucimar nao correu bem e marcou 58s32, a ultima das 24 qualificadas para a segunda fase fez o tempo de 56s37. Se Lucimar correr abaixo dos 56s consegue uma vaga nas semi finais com certeza mas se repetir o tempo feito no Trofeu Brasil devera lutar pelas ultimas vagas. Para chegar a final, e mais complicado, ja que tera de correr perto dos 54s, algo ainda impensavel para ela, que tem como objetivo atingir o melhor tempo de sua carreira.

NOS JOGOS OLÍMPICOS

Lucimar correu muito mal em Pequim, ficando na sexta e última posição de sua série com a marca de 57s68. Apenas 27 atletas participaram da prova e, ao contrário do último mundial, as semi finais foram compostas pelas 16 melhores atletas. A brasileira, no entanto, ficou em 23º lugar.
Se tivesse corrido na casa de 56s baixo, seu melhor tempo, teria conseguindo a vaga entre as 16 melhores.

Chances reais de pódio nas duplas

Postando mais uma vez diretamente do Canada, volto a falar que este teclado nao tem os acentos da lingua portuguesa entao as palavras permaneceram erradas. Porem, acho que o essencial do blog e informar a quantas anda a preparacao de cada um dos brasileiros para Pequim entao prosseguirei as postagens diarias.

Hoje, estarei corrigindo uma informacao que me foi passada. Quando foi confirmada a presenca dos dosi principais tenistas brasileiros, Thomaz Bellucci e Marcos Daniel, eles conseguiriam automaticamente presenca nas duplas. Porem, as regras para esse ano mudaram e a ATP nao havia informado qual seria o criterio para as duplas e achei que os brasileiros classificados poderiam formar duplas. Porem, isso nao aconteceu por isso peco permissao para apagar a postagem sobre as chances nas duplas. E por isso, hoje, analisarei as chances da dupla que representara o Brasil no tenis: Marcelo Melo e Andre Sa, que tem chances reais de podio.

A dupla comecou sua tragetoria de sucesso em 2007, quando conseguiram a classificacao para as semi finais do Grand Slam de WInbledon, derrotando favoritos e protagonizando o jogo mais longo da historia do famoso torneio, vencido por 28s26 no quinto set, que nao tem tie breake.
Depois, chegaram ate as semi finais do US Open mas nao conseguiram terminar entre as melhores duplas do mundo, que disputam o Master de Duplas em dezembro. Este e um dos objetivos para os mineiros esse ano.

No momento, eles se encontram na nona posicao no ranking da corrida dos campeoes em duplas, com os titulos conquistados na Costa do Sauipe e em Poertschach. Alem disso, conseguiram vencer na grama a dupla numero um do mundo, formada pelos irmaos americanos Mike e Bob Bryan.
Os mineiros sao constantes, sempre conseguindo vencer alguns jogos nos torneios mais importantes do mundo, mas faltam titulos importantes, ja que nunca conseguiram levantar um trofeu de Master Series ou Grand slam. Esse ano, nas quadras de Wimbledon, a dupla caiu nas oitavas de finais quando nao entrou para disputar a partida devido a uma lesao sofrida por Marcelo.

Andre Sa, que se especializou em duplas somente em 2006, chegou ate as quartas de finais de simples em Winbledon no ano de 2002, o melhor resultado de um brasileiro no mais famoso dos torneios de tenis. O mineiro ainda disputou os Jogos Olimpicos de 2004, ja em duplas, ao lado de Flavio Saretta e conseguiu uma vitoria, contra os espanhois Rafael Nadal e Carlos Moya.
Ja Melo, aos 25 anos, encontrou em Sa um parceiro excelente para jogos, principalmente em quadras rapidas, e finalmente alcancou o sucesso no tenis. Ele tentou a carreira em simples no inicio da decada, mas nunca conseguiu evoluir no ranking mundial.

Os resultados obtidos pelos mineiros esse ano levam o Brasil a crer numa medalha olimpica no tenis, algo inedito e que passou perto com Fernando Meligeni, que ficou em quarto nos Jogos Olimpicos. Outro fator a favor dos brasileiros e a quadra, rapida, escolhida pelos chineses para ser palco dos jogos. Os brasileiros nunca conseguiram ir bem em Roland Garros, mas colecionam vitorias em quadras rapidas e na grama.

NOS JOGOS OLÍMPICOS

A única chance real de pódio do Brasil no tênis olímpico caiu na segunda rodada de competição, diante dos indianos cabeça de chave 3 do torneio.
Os brasileiros tiveram uma estréia complicada diante dos tchecos Radek Stepanek e Tomas Berdych, vencedo por 2 sets a 1, 5-7, 6-2 e 8-6. Em um jogo complicadíssimo, tiveram perto da derrota no terceiro set, mas conseguiram a virada e passaram para as oitavas de finais.
Os veteranos Leander Paes e Mahesh Bhupathi, da índia, foram os adversários na rodada seguinte. Jogando com simplicidade e sem correria, os indianos venceram em dois sets, 6-4 e 6-2 e tiraram do Brasil a chance de uma medalha no tênis.

Objetivo e melhorar Atenas

Ola, estou no Canada e estou postando de um computador que nao contem acentos em portugues, peco desculpas pelos erros. Ficarei aqui o mes inteiro, entao e bem possivel que por um bom tempo os erros permanecam no blog. Peco desculpas, muitas desculpas, mas nao tem jeito!

O revezamento 4x100m livre feminino do Brasil assegurou a decima quinta das 16 vagas para a prova dos Jogos Olimpicos de Pequim. Sem ter disputado o mundial do ano passado, que deu as primeiras 12 vagas para a prova, a equipe tinha uma unica chance de se classificar, fazendo um dos quatro melhores tempos entre as equipes nao classificadas e dessa maneira viajar a Pequim com um time completo.

Nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, a medalha de ouro ficou muito proxima e o time bateu em segundo lugar com o recorde sul-americano, cravando 3min42s34, tempo que credenciava o time para os Jogos Olimpicos. Porem, o dopping da melhor velocista do Brasil, Rebeca Gusmao, cancelou o tempo feito pelas brasileiras.

No inicio do ano, o quarteto teve chance de abaixar seu tempo, nadando a prova no campeonato sul-americano, em Sao Paulo, mas apesar da medalha de ouro, o recorde nao veio e a tentativa da vaga olimpica ficou para o Trofeu Maria Lenk.
Nadando com as quatro nadadoras do Pinheiros(Tatiana Lemos, Flavia Delaroli, Michelle Lenhardt e Monique Ferreira), o Brasil bateu o recorde sul-americano da prova com a marca de 3min43s88 e ficando com a terceira das quatro vagas da repescagem.

Esse tempo, e dois segundos melhor do que obtido pela selecao brasileira na decima primeira colocacao de Atenas. Melhorar essa posicao e o grande objetivo do time, que tem em Tatiana Lemos sua principal arma. Ela e recordista sul-americana da prova e provavelmente ira disputar a competicao individual olimpica, buscando uma vaga entre as 16 melhores do mundo.

No tempo feito no Maria Lenk, Tatiana Lemos nadou para 55s33, podendo melhorar bastante, ja que tem potencial para isso e ainda conta com cerca de os7 normalmente ganhos numa saida livre no revezamento. Quem provavelmente abrira o revezamento brasileiro sera Flavia Delaroli, que devera voltar a nadar na casa de 55s caso o Brasil queira uma final. No recorde sul-americana, ela cravou 56s16. Monique Ferreira, que provavelmente disputara os 200m e os 400m em Pequim, nadou na casa dos 55s, marcando 55s79 e deve melhorar nas olimpiadas.
Ja Michelle, fez 56s10 e e outra que tem que entrar na casa de 55s para que o Brasil sonhe com algo melhor que a decima primeira posicao obtida em Atenas.

Uma final olimpica deve vir apenas com um tempo abaixo de 3min40s, talvez ate 3min38s, o que deixa a tarefa realmente complicada para o quarteto. Porem, o time tem muito a melhor e contara com as atletas no auge da forma na prova que acontecera logo no primeiro dia oficial de competicoes da natacao.

Nota do autor: Por favor, comentem caso achem melhor eu nao continuar escrevendo sem acentos. Mas e que nao tem jeito, se alguem souber algum tipo de configuracao ou algo parecido eu agradeceria. Se alguem se candidatar a concertar os acentos dai do Brasil estou aberto a sugestoes. Abracos.

NOS JOGOS OLÍMPICOS
O revezamento 4x100m livre feminino fez 3min42s32 e bateu o recorde sul-americano da prova, mesmo tendo ficado na última posição de sua série. Ficou em 13º no geral e teve como principal trunfo a marca de 55s08 na aberetura do revezamento.

O homem mais completo da delegação

O decatlo envolve 10 provas, disputadas em dois dias: os 100m, 400m e 1500m rasos, os 110m com barreiras, os arremessos de peso, disco e dardo além dos saltos em vara, distância e altura.

O Brasil terá um atleta nesta prova depois de 16 anos de ausência e o nome será Carlos Chinin. Ele venceu o Troféu Brasil Caixa de Atletismo, com 7.850 pontos, e fez índice B para os Jogos olímpicos. Ele ficou à frente de Ivan Caetano e Luiz Alberto Araújo, que também tinham índice B. O título do Troféu Brasil serviu para decidir qualdeles iria a Pequim.
Carlos Chinin vem sofrendo seguidas lesões desde a metade do ano passado e conseguiu a vaga olímpica no Troféu Brasil depois de não conseguir terminar a Copa América de provas combinadas, em que tinha chances reais de conseguir o índice.

Nos Jogos Pan-americanos do ano passado, ele conseguiu a medalha de bronze ao somar 7977, sua melhor marca na carreira, e muit próximo do índice olímpico A, que é 8000.
Chinin havia terminado o primeiro dia de provas em segundo lugar, caiu para quarto depois de nove provas, mas fez uma surpreendente ascensão na corrida de 1.500 m.
No mundial de agosto, entretanto, ele vinha para fazer sua melhor marca da carreira quando se contundiu no salto com vara, a oitava das dez provas. Ele vinha muito bem, marcando seu melhor marca em várias provas.
Nos 100m rasos, ele correu em 10s83, melhorando em um décimo seu melhor tempo e ficando em sétimo lugar. A segunda prova foi a do salto em distância, em que marcou 7m26, ficando na nona posição somando os resultados das duas provas. O salto é sua melhor prova e muitas vezes ele consegue superar os 7m50, como fez no Pan quando fez 7m76.

O arremesso de peso é sua pior prova. No mundial, a marca de 12m72 fez despencar para a décima sétima posição no geral. Sua melhor marca não é muito melhor, com 13m44. Na prova do Troféu Brasil, ele arremessou 12m78.
O salto em altura de 2m03 o colocou de volta entre os 15 melhores do mundial, mas ainda foi distante dos 2m13 que tem como melhor marca, conseguida esse ano inclusive. No Troféu Brasil conseguiu 2m10.

O tempo de 48s18 nos 400m rasos feitos no mundial colocou ele na décima primeira posição ao término do primeiro dia de competições e foi o melhor de sua carreira. No Troféu Brasil, marcou 48s45. Ainda na pista, sua prova dos 110m com barreiras é muito boa, com 14s50 sendo seu melhor tempo, feitos em Osaka, quando fechou a sexta prova na décima primeira posição. No Troféu Brasil, correu muito próximo disso, com 14s55.

O arremesso de disco, assim como o peso, é sua pedra no sapato. No mundial, o desempenho de 38m fez cair para a décima quinta posição no geral. Seu recorde é 39m, bem abaixo da marca dos melhores do mundo no decatlo. No Troféu Brasil, lançou 36m55.
O salto em vara do mundial foi péssimo e ele acabou se machucando, abandonando a competição. Sua melhor marca é de 4m42, conquistada no Troféu Brasil. Porém, precisa melhorar cerca de 20cm para se mostrar competitivo no mundo do decatlo.

Seu arremesso de dardo não é tão ruim quanto os outros lançamentos, mas deixa a desejar. Seu recorde é 55m42, conquistados esse ano em uma competição na Europa. Alguns dos melhores decatletas do mundo tem marcas piores que a de Chinin no dardo, mas ele precisa melhorar cerca de 2m ou 3m para ganhar alguns pontinhos nessa prova.
O interminável 1500m é uma das armas de Chinin para conseguir um bom resultado. Muito bom nas provas de corrida, ele tem o melhor tempo de 4min23s99, no Pan, e se repetido na olimpíada o daria uma das melhores pontuações desta prova.

Chinin tem chances reais de ficar entre os 10 primeiros. Para isso, precisa melhorar suas marcas nos arremessos de peso e disco, provas que sempre colocam-o para trás na classificação dos torneios em que participa. Além disso, o salto em vara e o arremesso de dardo precisam ser melhorados para que sonhe com uma bela olimpíada. Por último, claro, precisa repetir ou mesmo melhorar seus melhores resultados nas quatro provas de pista do decatlo, em que, entre os decatletas, é um dos melhores do mundo.

Chegar ao recorde sul-americano de 8266, obtido por Pedro Ferreira Filho em 1987, seria um resultado interessante para Chinin e bem possível, caso consiga melhorar algumas marcas e chegar perto de seu melhor em todas as provas. Com esta pontuação, fica entre os 10 melhores do mundo. Com a pontuação obtida no Troféu Brasil, 7850, não conseguiria sequer ficar entre os 15 melhores no mundial do ano passado. Em Osaka, o décimo colocado marcou 8120 pontos.

Em Pequim, serão cerca de 30 decatletas disputando as provas, na maior e mais cansativa competição dos Jogos Olímpicos.

Final do Troféu Brasil e muito no "quase"

O Troféu Brasil de atletismo terminou neste domingo com grandes resultados do Brasil, como Maurrem Maggi e Fabiana Murrer, seis índices olímpicos e muitos atletas ainda acreditando na marca que lhes garantem vaga para Pequim, já que a data limite de conquista do índice é dia 20 de julho. Acredito que um ou outro consiga, mas se todos que disseram que estam perto da marca realmente alcançarem o Brasil vai ser uma das maiores delegações dos Jogos.


As provas de arremesso são as que tem mais atletas perto da marca. No arremesso de disco masculino, Ronald Julião conseguiu boas e constantes marcas, chegando a 59m51 "Fiz uma excelente prova e consegui a minha melhor marca do ano. Agora é tentar o índice olímpico na Colômbia", declarou o campeão, que ficou a três metros do índice olímpico. Ele, que também venceu a prova do peso, ficou em sexto no disco no Pan do ano passado, e queria o recorde brasileiro do peso que é de 18m72, mas chegou apenas a 18m02. O índice é 19m80.

No martelo, Wagner Domingos, recordista brasileiro desde 2006 quando quebrou uma marca de mais de 20 anos, também acredita no índice olímpico nos próximos 20 dias. Ele marcou 68m13, batendo o recorde do campeonato, disse que ainda tem chances: "Vou procurar ver onde tem provas, aqui ou no exterior, e lutar para alcançar o índice.Estou treinando bem e ainda não joguei a toalha, afirmou."
No dardo, Julio Cesar Oliveira, que já lançou 78m em 2006, marca que lhe garantiria vaga olímpica, arremessou 71m e ficou distante da marca.

No saltos, a história se repete, mas com maior intensidade nas provas femininas.
No salto em altura, a campeã do Troféu Brasil foi Eliana Renata, com 1m81m, e ela quiria o índice "O nível da prova foi bom, mas acho que poderia ter sido melhor", comentou a atleta paulista.
Em segundo lugar ficou Mônica Araújo de Freitas (BM&FBOVESPA-SP), com 1,78 m. "Não fiz uma boa prova hoje. Mas tenho certeza que nós três (referindo-se às três primeiras colocadas) temos chances de conseguir pelo menos o índice B para Pequim", afirmou Mônica.

No salto em distânica, prova que Maurrem Maggi e Keila Costa já estão classificadas, outras duas brasileiras alcançaram o índice B mas precisam da marca mais forte, 6m72, para viajar à Pequim para disputar os Jogos Olímpicos. Gisele Lima, que já tem índice no triplo, saltou 6m66 enquanto Eliane Matins ficou abaixo do esperado fazendo 6m35. Elas ainda tem 20 dias para conquistar o índice.

No salto com vara, Joana Costa fez sua melhor marca, saltando 4m35,mas falhou as três vezes que tentou alcançar os 4m45 e o consequente índice A para Pequim. Ela tem a marca B, mas como Fabiana Murrer tem o índice A, ela só se classifica se conseguir a marca mais difícil.

Nas provas de pista, Juliana Gomez, campeã pan-americana dos 1500m rasos, venceu a prova com 4min20s43, bem longe do índice que é 4min08s, que ela chegou muito próxima em 2007, ainda acredita"Essa vitória significa muito para mim. Eu me superei, pois não vinha competindo bem. Ainda vou tentar o índice olímpico até o dia 20 de julho".
Nos 800m, Christiane Ritz dos Santos foi a vencedora, com o tempo de 2:06.24. Foi o segundo triunfo da gaúcha no Troféu Brasil Caixa de Atletismo. Ela já havia vencido esta mesma prova em 2005."Fiz uma corrida tática e acabou dando certo. Ainda tenho esperança de me classificar para os Jogos Olímpicos (precisa fazer, pelo menos, o índice B, com 2:01.30)", disse a ganhadora da prova, outra que sonha com os Jogos Olímpicos.

Nos 110 com barreiras, prova que em 2004 o Brasil teve quatro atletas com índice A e um finalista olímpico, tem apenas Anselmo Gomez, bronze na prova do Troféu Brasil, como classificado. Matheus Inocêncio e Éder Filho ainda sonham com a marca de 13s55 nos próximos 20 dias.

Ainda nas barreiras, nos 3000m com obstáculos, Gladson Barbosa ganhou a medalha ouro com o tempo de 8:46.56. Foi a terceira vitória consecutiva do atleta mineiro no TB Caixa. "Tenho muita sorte aqui. O (estádio) Ícaro de Castro Melo é minha segunda casa. Agora vou competir na Espanha, e tentar o índice olímpico (8:32.00 - índice B)", declarou mais um que sonha com as olimpíadas.

O que fica do Troféu Brasil é a evolução do Brasil em diversas provas em que os brasileiros não sonhavam com a vaga olímpica em outras edições. Os 3000m com obstáculos masculino, as provas de arremesso de disco e martelo além do salto em altura feminino tem tudo para terem ao menos um atleta brasileiro em Pequim, algo que não aconteceu nem em Atenas nem em Sydney. A melhora qualitativa do atletismo brasileiro é evidente, com cada vez mais atletas perto de marcas que os classifiquem para olimpíadas.

Até o momento, o Brasil tem marca para disputar provas 30 provas.
Tanto para homens como mulheres: 100m, 200m, 400m, maratona, marcha 20km, salto em distância, salto em vara, salto triplo, 400 com barreiras. Só homens: 800m, 1500m, 10.000m, 110 com barreiras, marcha 50km, decatlo e salto em altura. Só mulheres: Lançamento de dardo, lançamento de disco, heptatlo, 100m com obstáculos e 3000m com obstáculos.
Os revezamentos 4x100m masculino e feminino estão praticamente classificados enquanto o 4x400m feminino está muito perto.

Japonês para o Brasil nos 400 com barreira

O Brasil disputará os 400m com barreiras dos Jogos Olímpicos depois da ausência em 2004. Na década de 1990, tivemos um grande barrerista, Eronildes Araujo, duas vezes finalista olímpico além de ter sido tri campeão pan-americano da prova. Depois de um hiato de quase oito anos, o Brasil volta a ter um nome importante na prova: Mahau Saguimati, que conseguiu o índice na final da prova do Troféu Brasil de atletismo, em que venceu com 49s15, supeando inclusive o índice A da prova.


Mahau começou no atletismo no Japão, na escola, há 12 anos. Há três, então especialista em salto em altura, resolveu apostar nos 400 metros com barreira. "Comecei brincando, mas como o tempo foi bom, continuei". Desde então, Mahau se tornou um dos melhores do Japão na prova. Seu melhor tempo na temporada, 49s30, por exemplo, o colocaria entre os seis melhores corredores japoneses.
No seu primeiro Pan-Americano, o brasileiro Nahau Suguimati conseguiu chegar a final da sua prova, os 400 m com barreiras. Com 49s63, ele chegou em sétimo.

"Estou morando no Japão há 16 anos e vim para cá para alcançar o índice. Estou muito feliz", afirmou o atleta nascido em Goiás, que treina na cidade de Saitama, próxima de Tóquio.

Os planos de Mahau para Pequim não são muito ousados. "Não estou pensando em ganhar o ouro, porque acho que ainda não estou nesse nível", admitiu o atleta. "Mas vou treinar bastante, porque não vou pra brincar".

A prova dos 400m com barreiras terá cerca de 50 atletas nos Jogos Olímpicos, com os 24 melhores indo para as semi finais. Com o tempo marcado no Troféu Brasil, ele com certeza fica entre os 24 melhores. No mundial do ano passado, a última vaga para as semi finais foi conquistada com o tempo de 49s94, bem acima do obtido em São Paulo pelo brasileiro. Aliás, bem pior que do que o antigo melhor tempo dele que era 49s30. Uma vaga na final, porém ,fica mais complicado já que terá de correr abaixo de 48s80 para ficar entre os oito melhores.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Mahau Saguimati entrou no estádio Ninho de Pássoro e parecia não sentir a pressão.Nas eliminatórias, marcou o tempo de 49s45, ficando em terceiro lugar em sua série se classificando para as semi finais, que reuniu os 16 melhores e não os 24 como se esperava e costumeiramente é feito.
Nas semi finais, fez 50s16, ficando na sétima posição na série e em 15º no geral. A última das vagas para a final foi preenchida com o tempo de 48s75, o que faria com que o brasileiro tivesse de correr quase meio segundo abaixo de sua melhor marca. Se fizesse os 49s15 de seu melhor resultado, seria o décimo colocado.