Kaio prioriza os 200m, mas dara tudo nos 100m


Continuando as postagens diretamente do Canada, em que nao tenho acentos na Lingua Portuguesa, vou falar da participacao de Kaio Marcio na prova dos 100m borboleta nos Jogos Olimpicos de Pequim. Esta prova tera tambem a participacao de Gabriel Mangebeira, que ja teve sua analise no blog. Para ve-la basta ir em Natacao, ao lado esquerdo da pagina.

Kaio e recordista mundial dos 50m borboleta em piscina curta, mas nao e por isso que ele nada melhor os 100m que os 200m. Suas chances de podio sao maiores nos 200m, mas ele com certeza dara tudo nos 100m para tentar um lugar entre os melhores do mundo.
Kaio e recordista brasileiro da prova com 51s99 mas nao tem o melhor tempo da America do Sul, que pertence ao venezuelano Alberto Subiratz. Porem, no ultimo pan-americano, Kaio venceu o recordista sul-americano, mesmo sem bater seu recorde.

Esse ano, Kaio ainda nao deu seu maximo nesta prova. Seu melhor tempo foi de 52s20, quando venceu a disputa da prova no Trofeu Maria Lenk de natacao, em maio. Esse tempo e o decimo oitavo do ano, o que o coloca bem perto de uma semi final olimpica, que deve ter seu ultimo classificado perto dos 52s20.
Para chegar a final, Kaio com certeza tera de nadar para seu melhor. Ano passado, o tempo de 51s99 feito no Trofeu Maria Lenk foi o oitavo melhor de toda temporada, o que faz com que ele seja um dos candidatos a finalista olimpico.

Na ultima olimpiada, o Brasil teve Gabriel Mangebeira como finalista desta prova, na sexta posicao. Agora, e bem possivel que o pais consiga dois atletas entre os oto melhores do mundo, numa prova em que tem Michael Phelps e Ian Crocker como principais nomes.

A medalha deve rondar na casa de 51s10, 51s20, o que faz com que o podio esteja meio distante para Kaio nesta prova, mas porque nao acreditar que isso possa acontecer? Forca e vontade esse paraibano tem. Resta saber se ele nao vai sofrer pressao, como aconteceu em 2004, quando nao chegou sequer as semi finais de sua prova, quando tinha condicoes para tal.

NOS JOGOS OLÍMPICOS
Káio conseguiu a classificação para as semi finais da prova com a décima sexta e última vaga, com a marca de 52s05. Não nadou o seu melhor, mas saiu da piscina satisfeito dizendo que não esperava uma vaga entre os 16 melhores. Algo estranho para quem vinha nadando tão bem.
Nas semi finais, fez 52s36 e ficou na décima quinta posição, longe de uma vaga entre os oito melhores.

Rubinho no Montain Bike


O brasileiro Rubens Donizeti conseguiu a vaga brasileira para os Jogos Olimpicos no Montain Bike ao vencer as seletivas nacionais. O Brasil garantiu uma vaga al ficar entre os 24 melhores paises no ranking internacional da modalidade. Sera a quarta olimpiada seguida que o Brasil levara um atleta no Montain Bike masculino, garantindo assim 100% de participacao.

Ao contrario de Jaqueline Mourao, Rubinho nao foi tao dominante nas seletivas. Na ultima dela, inclusive, perdeu nos ultimos metros a corrida para Ricardo Psheidt, mas tinha a seu favor resultados melhores nas etapas anteriores.

Pode-se dizer que a medalha de prata de Rubens Donizete na prova de mountain bike do Pan-Americano, a segunda do MTB brasileiro na história do torneio continental, foi obra do destino. No entanto, o ciclista fez por merecer a medalha no Rio de Janeiro. Com os bons resultados obtidos em provas internacionais da modalidade, nos últimos meses antes do Pan, Donizete conseguiu a vaga de Edivando Cruz, que já estava convocado para integrar o time do Brasil.

Mesmo com toda a importância de Edivando Cruz, até então o único medalhista de mountain bike brasileiro na história de Jogos Pan-Americanos, com a prata de Santo Domingo, em 2003, o técnico brasileiro Eduardo Ramires bancou a ida de Donizete ao Rio de Janeiro.

Ramires justificou a alteração na equipe com o melhor desempenho de Donizete em uma seletiva improvisada no Canadá. O técnico brasileiro ainda afirmou, no final de junho, que o rendimento do ciclista estava melhor do que Edivando.

Assim, com 27 anos, o ciclista que estreou em Jogos Pan-Americanos na edição de 2007 já se equivalou à maior conquista de um brasileiro na mountain bike em Jogos Pan-Americanos. Nascido em uma pequena cidade do sul de Minas Gerais, Monte Santo de Minas, hoje ele é um dos principais nomes do mountain bike brasileiro.

Rubinho no momento e o numero 71 do ranking mundial, com resultados apenas regulares nos campeonatos internacionais. Ele foi vigesimo quinto no mundial deste ano, e 75 no mundial do ano passado. Ainda ano passado, ele disputou duas etapas da Copa do Mundo, ficando em vigesimo quarto e trigesimo nono.

“Representar o Brasil em uma Olimpíada é um sonho para mim. Desde que comecei a competir, em 1996, preparo-me para isso. Minha meta é terminar entre os dez primeiros colocados. Será uma prova muito disputada”, avaliou o atleta de 28 anos.

NOS JOGOS OLÍMPICOS
Rubinho não conseguiu o objetivo inicial de ficar entre os 10 primeiros, mas fez uma grande prova, ficou em 19º entre os 50 atletas na competição, conquistando o melhor resultado da história do Brasil na prova entre os homens. Ele fez o tempo de 2:05:19 , 9min20s atrás do líder.

Tatiane faz nado peito renascer no Brasil


O Brasil tera, depois de muitos anos, uma nadadora do nado peito em uma edicao de Jogos Olimpicos. Tatiane Sakemi nao conseguiu o indice A olimpico para a prova dos 100m peito mas como integrara o revezamento medley do Brasil, podera nadar a prova individual ja que tem, com sobras, o indice B para tal.

Me arrisco dizer que a brasileira foi a que colocou o Brasil no revezamento dos Jogos Olimpicos. Nao porque ela tem o melhor nivel entre as nadadoras do Brasil, ate porque ela e a unica que nao tem indice A para a prova de seu estilo, mas porque foi a que mais melhorou. A parcial que ela fez na tomada de tempo da selecao, na casa de 1min10s, foi mais de um segundo melhor do que ela costumava fazer, fazendo com que o nado peito tenha sido o que mais tenha melhorado no pais.

Apesar de toda essa melhora, a prova dos 100m peito nao devera ter a brasileira nas semi finais. O tempo dela, recorde brasileiro, conquistado no Trofeu Maria Lenk foi de 1min11s20, bem distante da marca de 1min09s que e o indice A olimpico e de 1min08s que deve ser o tempo da ultima semi finalista. Entao, resta a brasileira, fazer seu melhor durante as eliminatorias da prova, conseguir o recorde brasileiro tentar roubar o sul-americano que e da argentina Liliane Discardo e se preparar para fazer sua melhor prova no revezamento, para tentar buscar uma final para equipe brasileira.
No Pan do ano passado, ela bateu o recorde brasileiro tanto dos 100m como dos 200m peito mas ficou longe do podio em ambos.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Tatiane não compriu seu objetivo e acabou por não melhorar seu tempo, mas nadou bem, com 1min11s75, ficando na 39ª posição. Nadou também os 200m peito, mas não melhorou também seu tempo. O lado bom é que conseguiu sua melhor parcial nos 100m peito do revezamento 4x100m medley.

Reportagem da uol demosntra mentalidade brasileira

Estou aqui no Canada ainda, permaneco sem acentuacao em Lingua Portuguesa mas nao gostei da materia da uol, que diz que a gestao Nuzman no COB derrubou o numero de medalhas do Brasil. Para ver a materia cloque aqui

Nao podemos negar que quando Nuzman assumiu, o Brasil foi para Atlanta e conquistou 15 medalhas. Nos ultimos dois Jogos, o atual presidente do COB trouxe de volta apenas 12 e 10 medalhas, caindo o numero de podios.
Porem, o que a materia nao lembra e o aumento de numero de finais conquistadas. Em Atlanta foram 15 medalhas mas apenas 22 finais. Em Sydney foram 28 finais e 12 medalhas e em Atenas 30 finais e 10 medalhas.
Esses numeros provam que realmente o Brasil evoluiu no esporte. Hoje em dia, somos competitivos em quase todas as provas masculinas da natacao, enquanto em Sydney chegamos apenas em duas finais. No atletismo, temos atletas brilhantes em todos os tipos de saltos alem das provas de revezamento e de fundo. Em Atenas foram apenas duas finais no atletismo.
A ginastica e o tawekondo evoluiram muito e tem chances reais de estrear no podio olimpico para o nosso pais em Pequim. Alem disso, o handebol se tornou hegemonico no continente de uma vez por todas enquanto nosso volei vai de vento em polpa, com titulos em todas as categorias, tanto nas quadras quanto nas areias.

Essas evolucoes que talvez nao virem medalhas sao esquecidas por todos. O que o poco e a imprensa brasileira gosta e de medalha. Nao importa se voce e quarto ou vigesimo nono, se voce nao subiu ao podio, voce nao tem destaque.

Eu sei que o nosso presidente do Comite Olimpico Carlos Arthur Nunzman nao e um homem perfeito, mas deu ao Brasil a oportunidade de conhecer todos os esportes, ja que as TVs e a imprensa brasileira so falam de alguns esportes como canoagem, remo, tiro e tiro com arco durante os Jogos Olimpicos e Pan-americanos. Com a politica implantada por Nuzman, o Brasil se tornou figurinha carimbada em olimpiadas nestes esportes, mesmo sem lutar por medalhas.

E dificil realizar isso, mas para o futuro do esporte no pais e muito melhor conquistar varios quartos, quintos e sextos lugares do que algumas medalhas de bronze. Mas poucos tem isso em mente. Poucos ligam para posicoes intermediarias. Poucos sabem a importancia que uma decima quinta posicao para o ciclismo brasileiro tem. Se um brasileiro ficar nesta posicao nas olimpiadas, a imprensa em geral nao vai dar destaque, vai apenas cita-lo durante a noticia dos medalhistas.

A reportagem da UOL demonstra a cabeca do brasileiro. Se derrubou o numero de medalhas quer dizer que o esporte piorou. E isso nao e verdade e numeros de finais mostram isso!

Será que agora vai?


Essa é a dúvida que não quer calar para a seleção feminina de volei do Brasil. Talento o time sempre teve mas sempre, SEMPRE falta algo mais nas semi finais olímpicas. Nas últimas quatro edições das olimpíadas, o Brasil perdeu por uma bobeira nas semi finais. Em 1992, fechamos na quarta posição, uma posição honrosa e inesperada do time que nunca havia ido tão longe numa competição importante. Em 1996, aquela batalha que terminou em tapas contra Cuba no quinto set e depois uma feliz medalha de bronze. Em 2000, nova derrota para Cuba e nova medalha de bronze. Em 2004, todo mundo lembra o que aconteceu nas semi finais, quando o time brasileiro vencia o quarto set por 24x19, teve cinco matches points a favor e desperdiçou todos, sendo eliminado no quinto set e depois não tendo forças nem cabeça para disputar o bronze com Cuba, que saiu vitoriosa por 3x1.

Vale lembrar, porém, que o Brasil também acabou falhando em jogos importantes neste ciclo olímpico. No mundial de 2006, o time chegou até a final contra a Rússia mas disperdiçou inúmeras chances e acabou com a medalha de prata. Na final dos Jogos Pan-americanos, diante das eternas rivais cubanas, novos matches points perdidos e derrota por 3x2 de virada. Voltamos com a prata.

Essa semana, porém, o time mostrou superação e conquistou o gran prix vencendo todas as partidas da fase final. Um título importante, com imponentes vitórias sobre Itália e China, mas que até as atletas sabem que era apenas um treino para Pequim.
As atletas fizeram muito bem em comemorar o título mas, minimizar a conquista, lembrando que o que vale é Pequim. Vale lembrar também que o time da Rússia não participou do Gran Prix.

Na Copa do Mundo do ano passado, a seleção italiana se mostrou insuperável e venceu o torneio com 11 vitórias em 11 jogos. O Brasil, com duas derrotas, acabou com a prata na frente dos EUA, e com boas vitórias em jogos complicados. Porém, uma derrota indiscútivel diante das campeãs por 3x0.

O grupo do Brasil e dos mais complicados. Estreara frente a Argelia e devera vencer por 3x0. Porem, depois tera como adversaria as Russas e as servias. Depois, devera ter outro passeio contra o Cazaquistao e fechara a primeira fase contra Italia. Acredito que o time ficara na segunda ou na terceira posicao, desta forma enfrentando na proxima fase Cuba, China ou EUA. Se o time conseguir a proeza de vencer o grupo, enfrentara um adversario mais facil nas quartas de finais, Polonia ou Japao, provavelmente o time Europeu.
O volei feminino vive uma fase de equilibrio e temos sete grandes candidatos ao podio. Vamos torcer.

Convocacao de Ze Roberto
Levantadoras
Carol Albuquerque
Fofão
Pontas
Jaqueline
Mari
Paula Pequeno
Sassá
Valeskinha
Líbero
Fabi
Meio-de-rede
Fabiana
Walewska
Thaisa
Oposto
Sheilla

NOS JOGOS OLÍMPICOS
Com a facilidade esperada, o Brasil derrotou a Argélia por 3x0 com parciais de 25x11, 25x11 e 25x10 em pouco mais de uma hora de partida

Joanna nos 400m medley


Joanna Maranhão conseguiu resultados incríveis nas provas dos 400m e 200m medley, sendo finalista em Atenas na primeira e semi finalista na segunda. Além disso, nos 200m livre ela fez o melhor tempo da América do sul durante um revezamento, quando deixou a seleção na sétima posição na final olímpica. Ou seja, Joanna caiu seis vezes na água em Atenas e bateu recorde brasileiro oito vezes: Duas vezes nos 400m medley, duas vezes nos 200m medley, duas vezes nos revezamento4x200m livre e outras duas vezes nos 200m livre, mas não pode ser considerado recorde pois ela não foi a primeira a saltar da equipe.

Lembrando que eu estou no Canada e permaneco sem acentos na Lingua Portuguesa. Joana esta mais empolgada para a disputa dos 200m borboleta, prova ja analisada neste blog e que podera ser lida nos arquivos da natacao. Mas, nao podemos esquecer que ela e finalista olimpica da prova dos 400m medley, prova em que ela conseguiu o indice A durante o ultimo Trofeu Maria Lenk, no Rio de Janeiro.
Joanna fez a marca de 4min40s00 na final olimpica, ficando na quinta posicao, e depois nunca mais chegou perto deste marca. Penou e muito para fazer o tempo de 4min44s66, seu melhor desde a final de Atenas.

No início de 2008, Joanna revelou que foi vítima de abuso sexual por parte de um ex-treinador, com quem trava agora uma batalha judicial. Coincidência ou não, foi depois do desabafo que Joanna alcançou o índice olímpico.

Joanna e uma nadadora diferente, que fala o que pensa, como fez quando brigou com o presidente da Confederacao Brasileira de Desportes Aquaticos Coracy Nunes, com quem tem uma relacao bem complicada. Gosto do jeito deste pernambucana.
Teremos que ser sinceros e pouco patriotas ao comentar que dificilmente Joana consiguira uma vaga entre as oito melhores, que deve rodar perto dos 4min40s, que ela conseguiu em Atenas e que provavelmente nao chegara em Pequim.
Se baixar uns dois segundos do tempo obtido no Maria Lenk ja vai ser lucro para a brasileira que tem como principal foco a prova dos 200m borboleta. Este ano, 21 atletas ja fizeram marcas melhores que 4min40s e neste prova nao existe semi final, sendo selecionados diretamente os oito melhores tempos para a final.

NOS JOGOS OLÍMPICOS
Joana Maranhão conseguiu vencer sua série com o tempo de 4min40s18, voltando a nadar na casa que nadou em Atenas, quando foi quinta colocada, e mesmo não chegando na final fez muito bonito. Ficou na décima sétima posição e muito feliz com o tempo.

O que ficou mais perto de não ir


O Brasileiro Fernando Almeida ficou muito próximo de não garantir vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim. Corredor da prova dos 400m, ele conseguiu o índice B este ano, na altitude, quando correu a prova em 45s94, apenas um centésimo melhor que a marca estipulada pela Federação Internacional de Atletismo.

Natural de São Caetano do Sul, Fernando treina no clube da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F) e disputou a sua primeira grande competição no Pan do Rio de Janeiro, quando chegou à final do revezamento 4 x 400 m em que a equipe brasileira ficou em 6º lugar.
No Ibero-Americano de Atletismo, disputado em Iquique, no Chile, Fernando foi mais um que contribuiu para o bom rendimento dos brasileiros, conquistando a medalha de prata, perdendo, justamente para o colombiano Mosquera, líder do ranking sul-americano.

Fernando terá de se superar muito se quiser uma vaga entre os melhores do mundo nesta prova. Serão em Pequim cerca de 55 atletas nesta prova e ele terá de melhorar seu tempo em cerca de meio segundo se quiser passar para as semi finais, que reune os 24 melhores atletas da prova.
Ano passado, durante o mundial, o pior dos 24 tempos que foram para a segunda fase foi de 44s45, 0s49 melhor que o tempo de Fernando. Vamos torcer para o brasileiro conseguir essa difícil missão. Vale lembrar também que um brasileiro disputou a prova dos 400m rasos em Atenas, Anderson Jorge, e ficou na penúltima posicão entre todos os corredores. Torceremos claro, para que Fernando faça algo melhor.

NOS JOGOS OLÍMPICOS

Confesso que a participação de Fernando Silva surpreendeu em Pequim, mesmo não conseguindo vaga para a segunda fase da competição. Ele correu bem e quase conseguiu a classificação, mas cansou um pouco no final, fazendo 46s37, ficando na quinta posição em sua série e em 42º no geral.
Se tivesse corrido seu melhor, 45s94, não teria conseguindo a vaga para as semi finais da competição.