Ciclismo pista novamente fora dos Jogos

O ciclismo pista segue como a pior dos eixos do ciclismo para o Brasil. Enquanto o montain bike conseguiu medalha no Pan e vaga nas olimpíadas e o estrada vive uma constante evolução com diversos brasileiros na Europa, as competições dentro dos velódromos continuam defasadas no Brasil.


A seleção teria a última chance de classificação no mundial que ocorreu no último mês de março, mas sequer viajou para disputar o torneio, ficando assim de fora dos Jogos Olímpicos pela terceira vez consecutiva.

De acordo com a União Ciclística Internacional (UCI), era necessário que o Brasil disputasse ao menos uma das quatro etapas da Copa do Mundo de Pista para alcançar uma vaga para o Mundial de Manchester (ING), que teve início nesta quarta-feira, 26 de março e que vai até o domingo, dia 30. A competição decidirá as vagas olímpicas.

A maior conquista do esporte foi a construção do velódromo que abrigou as provas de pista e de patinação, o segundo da América do Sul com piso de madeira e coberto. Da delegação da equipe de velocidade, apenas um brasileiro havia competido em uma arena do tipo - o veterano Hernandes Quadri Jr., no Mundial da Suíça, de 2003. Os outros só haviam pedalado em pistas de concreto e a céu aberto.

No Pan, o ciclismo pista foi uma das seis modalidades em que o Brasil não ganhou medalhas. A melhor posição foi a quarta obtida por Davi Romeo no Keirin. Apesar de superar o norte-americano Andy Lakatosh, terceiro colocado na prova de velocidade individual, e Canelon Hersony, vice-campeão da velocidade por equipe com o time venezuelano, Romeo ficou atrás do colombiano Leonardo Narvaez Romero, medalhista de ouro, do canadense Cam Mackinnon, prata, e do argentino Leandro Botasso, bronze. Aos 22 anos, Romeo é esperança para que o Brasil volte ao cenário do ciclismo mundial. Principalmente pelo fato de Davi Romeo ser filho do técnico da seleção de pista, Adir Romeo. E neto de um dono de lojas de bicicleta. O irmão de seu avô também é do ramo. Quer dizer, o curitibano nasceu rodeado pelo mundo do ciclismo.

Mas como quer que o ciclismo fique popular no Brasil se não há competições? O velódromo erguido para as disputas do Pan só recebeu uma outra competição oito meses depois. Segundo a presidente da Federação Carioca de Ciclismo, Ieda Botelho, o problema se deve ao fato de que os cariocas ainda não estão acostumados a competir na pista.

Como em todos os esportes, torço para o Brasil ter sucesso. Porém, sem campeonatos não tem como o esporte ser divulgado. Sem divulgação não tem patrocínio e sem esse dinheiro fica difícil organizar campeonatos. Por que não tentar trazer um evento internacional para o Rio de Janeiro? Nem que seja um sul-americano...Nossos vizinhos estão anos luz À frente no quesito resultado e infra-estrutura. Isso poderia ser aproveitado pelos brasileiros

Que pena.

Terceira olimpíada de Rodrigo

Rodrigo Castro terá em Pequim a opurtunidade de participar pela terceira vez de uma olimpíada. Em 2000 e em 2004 não conseguiu nenhuma final, tendo melhor resultado a nona posição do revezamento 4x200m livre em Atenas 2004. Nos 200m, ficou longe da vaga nas semi finais de Sydney 2000, mas em Atenas 2004 ficou na 20ª posição, bem perto da vaga na segunda fase.


Rodrigo Castro encerrou a temporada 2007 com a conquista do índice olímpico na última competição do ano, o Open, em São Paulo. Castro anotou 1min48s50, 22 centésimos abaixo do índice da Fina e, com a vaga olímpica, já estabeleceu mais metas. Agora espera bater o recorde sul-americano de Gustavo Borges nos 200 m livre, 1min48s08 feitos em Atlanta-1996.

Medalha de bronze nos 200m livre dos Jogos Pan-americanos de 2003, o atleta que também nada os 400m livre(ficou com a prata no último Maria Lenk) conseguiu a já esperada vaga no revezamento 4x200m livre e ainda ficou com um lugar no revezamento 4x100m, nadando pela primeira vez para baixo dos 50s na prova.

No Pan do ano passado, Rodrigo ajudou a equipe a ficar com o ouro no revezamento 4x200m, melhorando a medalha obtida em 2003, quando a seleção ficou em segundo. AInda no Pan, decepcionou e ficou na quinta posição nos 200m livre.
Gustavo Borges ressaltou em um programa de TV o que os números comprovam. Hoje em dia, seu tempo obtido em Atlanta 1996 não renderia sequer uma semi final. E isso leva a crer que uma vaga entre os 16 melhores das olimpíadas é bem complicada para Castro.

Ano passado, no mundial em que ficou em 36º, a 16ª sexta vaga para segunda etapa da competição veio com o tempo de 1min49s55, bem acima do melhor tempo de Rodrigo.
Porém, com as constantes melhoras dos tempos no mundo inteiro, é bem possível que os semi finalistas todos nadem para baixo de 1min48s, o que faz com que Castro tenha que bater o recorde sul-americano para chegar no objetivo da prova individual.
No Circuito Mare Nostrum, no início de junho, ele não fez seu melhor tempo, mas conseguiu a quarta posição, apenas um centésimo atrás do bronze, com a marca de 1min49s37. Na etapa da França, ele ficou na quinta posição com uma marca acima de 1min50s

Este ano, 26 atletas já nadaram para baixo de 1min48s, mas apenas 16 destes estarão em Pequim pelo limite de dois atletas por país por prova.
Rodrigo estará muito mais focado nos revezamentos, que têm chances de subir ao pódio. Estas provas serão analisadas posteriormente.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Rodrigo atingiu seu grande objetivo em provas individuais nos Jogos Olímpicos. Além de conseguir quebrar o recorde sul-americano da prova que pertencia a Gustavo Borges desde 1996, marcando 1min47s87, conseguiu uma vaga mas semi finais da prova, algo muito inesperado, visto que ele fez o 18º melhor tempo nas eliminatórias.
A vaga veio graças a desistência de dois atletas que tinham feito tempos melhores e que nadariam o revezamento no mesmo dia das semi finais.
Nas semi finais, entretanto, Rodrigo não nadou bem e ficou na última posição, em 16º lugar. Entretanto, com os objetivos alcançados.

Atletas precisam se divulgar

Que a imprensa esportiva brasileira não divulga da meneira merecida os esportistas brasileiros todos sabem. Mas os próprios atletas poderiam divulgar seus programas, suas prova, fazer relatos em blogs individuais ou mesmo em sites especializados.

A corrida pela vaga olímpica corre solta em diversas modalidades e a imprensa brasileira pouco liga. Nenhum dos portais com Hotsites olímpicos informa de que maneira os brasileiros conseguiram ou ainda tentam o passaporte para disputar os Jogos Olímpicos de Pequim.
Na canoagem, por exemplo, aconteceu o pré olímpico da modalidade slaloom mês passado e a notícia que o Brasil perdeu a vaga "no tapetão" chegou três dias depois nos principais portais e não havia sido noticiado nem mesmo no site da Confederação Brasileira de Canoagem.

Caso os atletas ou o técnico da equipe tivesse um blog ou um site pessoal, as informações chegariam mais rápido tanto para os fãs do esporte quanto para os grandes portais, que divulgariam para muito mais leitores a notícia, aumentando assim a visibilidade do esporte.
Quem faz isso muito bem é a ciclista Ana Flavia Sgobin em seu blog. Pelo que faz parecer, não é ela quem escreve as notícias, mas lá se encontra os resultados e o dia- a dia da melhor atleta bo BMX brasileiro e que está perto de se classificar para os Jogos Olímpicos.

O site da Confederação Brasileira de lutas é simples mas é um dos mais informativos. Parece um blog, com postagens quase que diárias sobre o dia-a-dia da luta no Brasil. Convenhamos, tem um péssimo lay-out, mas passa aos leitores o que eles querem: Saber sobre a seleção brasileira de lutas. Está é outra alternativa, ao invés de blogs ou sites individuais, ter um blog da própria confederação que é atualizado constantemente.
Por outro lado, a Confederação Brasileira de Canoagem tem um site lindo, com um template moderno, mas não informa absolutamente nada. Para o pré olímpico de canoagem velocidade a ser disputado neste fim de semana, sequer comentam o número de vagas que cada prova dará para as olimpíadas. Uma falha nos "jornalistas" do site.

Eu, como apaixonado por esportes, muitas vezes não encontro a informação que quero nos sites das confederações brasileiras e tenho de esperar dias para descobrir o resultado das competições. O pan-americano de ciclismo, por exemplo, que conta pontos para o ranking feminino que qualifica para os Jogos de Pequim foi lembrado nos portais apenas na quinta feira, sendo que a competição terminou no domingo.

Então, maravilhoso seria se cada atleta tivesse seu blog, contando experiências, com melhores resultados, competições, calendário...Ou simplesmente notícias sobre seus resultados. É isso que os jornalistas ESPORTIVOS buscam, mas muitas vezes não tem acesso. Espero que outros heróis esportivos brasileiros sigam os passos de Ana Flavia do ciclismo e divulguem seus sites.
Eles, que são os que mais reclamam da falta de divulgação e espaço na mídia, precisam se auto divulgar melhor. Este não seria o melhor caminho caso a imprensa brasileira abrisse os olhos para todos os esportes, e não apenas futebol, mas como estamos neste nível, necessitamos de informação e divulgação.

Nem só de Cielo vive os 50m

Que nos 50m livre um dos favoritos à medalha em Pequim é o velocista brasileiro Cesar Cielo todo mundo sabe. Agora, que Nicholas dos Santos também nadará os 50m e com chances reais de pegar uma final poucos lembram.


Nicholas apareceu para o mundo em 2001 quando fez, na época, um dos 25 melhores tempos da história dos 50m livre em piscina curta, ao ganhar uma medalha numa etapa da copa do mundo. Era jovem, tinha 21 anos e prometia uma promissora carreira.

A assenção não foi tão empolgante e ficou de fora das principais competições. Conseguiu índice para a participação dos Jogos Pan-americanos de 2003 depois do bronze no Troféu Brasil de 2003( O vencedor foi o argentino José Meolans) mas não viajou para o Pan pois dois atletas tinham marcas mais fortes que ele. No mundial do mesmo ano, nadou os 50m borboleta e foi eliminado nas eliminatórias. A prova estava presente no programa dos Jogos até dias antes da competição, quando foi excluída, tirando assim a chance de Nicholas participar do evento.
Para Atenas, ficou distante do índice olímpico na sua principal prova, os 50m livre, e também não conseguiu vaga para o revezamento 4x100m livre. No mundial de piscina curta, disputado dois meses após os Jogos Olímpicos, ajudou o Brasil a ficar com a prata no revezamento 4x100m livre e ficou em oitavo nos 50m livre. Neste mesmo ano, havia batido o recorde sul-americano da prova em piscina curta com 21s32. Se mostrou um nadador muito melhor em piscinas de 25m do que 50m
Depois deste sumiço das principais competições, veio com tudo para o Troféu Brasil de 2006, quando voltou a baixar dos 23s e ficou na quarta posição. A vaga para o Pan de 2007 veio com o tempo de 22s48 feitos no Troféu Maria Lenk de 2007 e a volta de Nicholas aos principais torneios mundiais de piscina longa nos 50m livre.
No Pan, bateu o recorde pan-americano nas eliminatórias mas na final acabou sem chances de brigar pelo ouro com Cesar Cielo. Porém, a medalha de prata foi conquistada com o tempo de 22s18 e o índice olímpico para a prova.

Este ano, disputou o evento teste em Pequim e ficou com o bronze na prova dos 50m com 22s50. Assistiu pela televisão o Troféu Maria Lenk por conta da epidemia de dengue no Rio de Janeiro e segue sua preparação para os Jogos Olímpicos.

Disputando a prova mais nobre dos Jogos Olímpicos, necessita baixar um pouco o tempo para tentar uma vaga na final. Com este "quebra-quebra" de recordes, talvez para uma final olímpica, precisa-se nadar abaixo dos 22s, o que ainda é um pouco distante para Nicholas que tem como melhor tempo 22s18.
Porém, se preparou para o Pan do ano passado e conseguiu a expressiva marca de 22s18, que o colocaria na final do campeonato mundial do ano passado, mostrando que quando está "polido" e preparado consegue marcas espetaculares.Se conseguir se adaptar ao maiô que tanto se discute, conseguirá nadar mais rápido ainda podendo disputar a final da prova mais rápida e disputada da natação.

Voltaríamos aos bons tempos de Fernando Scherer e Gustavo Borges, que disputaram a final dos 100m livre de Atlante, última vez que dois brasileiros participaram de uma mesma final olímpica.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Nicholas Santos conseguiu um excelente resultado nas eliminatórias, ao cravar 22s00 e ficar com a 11ª posição entre os classificados. Nas semi finais, não nadou para seu melhor, fez 22s15 e ficou na 15ª posição. Entretanto, mesmo fora da final, fez uma marca importantíssima, bem melhor que sua antiga melhor, 22s18, e atingiu seu objetivo.

Campeão do Pan não se classifica

O Boxe brasileiro foi para os pré olímpicos continentais buscando, no mínimo, seis vagas e atingiu o objetivo com garantia de boxeadores brasileiros em seis categorias: Até 48kg(Paulo Carvalho) até 51kg( Robson Vieira) até 57lg( Robenílson de Jesus) , até 60kg(Everton Lopez) até 64kg (Myke Carvalho) e até 81kg( Wahngton Silva). Porém, o campeão pan-americano atpe 69kg Pedro Lima acabou de fora de Pequim depois de desperdiçar duas três chances de conseguir a qualificação.

Sua primeira chance veio no mundial de Chicago, ano passado. Ele precisava ficar entre os oito quadrifinalistas do torneio para garantir automaticamente a vaga olímpica. O já campeão pan-americano conseguiu duas vitórias e ficou apenas um triunfo de Pequim. Na estréia, venceu o quirguiz Ergazy Murzakarimov por 21x9.O Quirguistão, como a maior parte dos países do leste europeu, obteve uma forte evolução no boxe nos últimos 10 anos e seus atletas comparecem em todos os torneios internacionais como candidatos à conquista de medalhas.

Nas 16ª de finais, bateu o polonês Michal Starbala por 12x8 e se credenciou para as oitavas de finais, quando enfrentou Sarserbayev, do Cazaquistão e caiu por 23x11. O interessante é que o campeão mundial foi o americano Demtrius Andrade, o mesmo batido por Peu na final do Pan numa emocionante luta vencida por 6x5 pelo brasileiro.

Passado o mundial, em que suas chances eram as mais diminutas, veio o pré olímpico de Trinidad Tobago. Depois de duas boas vitórias, caiu diante do atleta das Ilhas Virgens John Jackson, por 19x10. Jackson caiu na primeira rodada do Pan diante de Demetrius Andrado, que foi batido por Lima na final do Pan.

Sua última chance deveria ser a mais fácil. Sem a presença de atletas das Américas classificados pelo mundial e no primeiro torneio continental, a vaga parecia nas mãos de Pedro Lima, que venceu a primeira luta no torneio. Porém, surpreendeu o Brasil ao cair na segunda luta. Pedro Lima protagonizou grande surpresa ao ser superado pelo boxeador das Bahamas Taurino Jhonson. O brasileiro não resistiu à velocidade do adversário e foi superado por 10 a 6, em duelo válido pelas quartas-de-final do torneio. Taurini caiu na primeira fase do Pan do ano passado diante do argentino Diego Chaves , que terminou com o bronze no torneio.

Chorando em entrevista à ESPN Brasil após a luta, ele estava acabado, mas lembrou inúmeras vezes que Londres está aí. E ainda apareceu na reportagem de dois dias depois comemorando a classificação dos outros pugilistas do Brasil.
Parece estar superando o trauma e treinando para o restante deste ano e, principalmente, para o mundial do ano que vem!

Força Peu!

Um dos três em Pequim

A maratona masculina definiu semana passada os três participantes brasileiros para os Jogos Olímpicos. Oito atletas tinham índice A, mas como o limite são três atletas por país, cinco brasileiros que correram abaixo das 2h15min ficaram de fora de Pequim: O íncrivel Vanderlei Cordeiro de Lima, além de Clodoaldo Gomes da Silva, Cosme Ancelmo de Souza, Geovane de Jesus Santos e Mário José dos Santos Junior.


O maratonista José Teles de Souza foi o segundo colocado no ranking nacional de maratona, posição que o classificou às Olimpíadas de Pequim. O feito foi obtido em dezembro de 2007, com a sexta colocação na Maratona de Milão. Melhor brasileiro na prova, bateu seu recorde pessoal (então 2h13min25, de 1999) e anotou 2h12min24. Antes de Milão, a melhor marca de 2007 do maratonista também era da Itália, em Turim (2h14min19, em abril).

Vencedor da maratona de São Paulo em 2005, foi o melhor brasileiro no campeonato mundial de Osaka, ano passado. Ele terminou os 42.195m da maratona na décima oitava posição, com uma recuperação incrível. Passou a meia maratona em 39º lugar e a cada quilômetro completado subia um pouco na classificação. Era o 35º depois de 25km, 0 28º depois de 30km e o 23º na marca dos 35km.
Esta regularidade na prova, com um final muito bom, quase que "dobrando a prova" pode ser um de seus trunfos para conseguir um bom resultado em Pequim. Passou a primeira metade da prova e m1h09min e completou todo o trecho de Osaka em 2h22min.

A marca atingida para o índice ainda é um pouco fraca para brigar por uma medalha. Mas, na maratona mais importante do ano passado, ele chegou em 18º, o que mostra sua competitividade e possibilidade de um bom resultado.
A maratona é a prova com mais atletas dos Jogos Olímpicos, geralmente o número passa de 90 inscritos, mas cerca de 60 consegue chegar até o final, e este talvez tenha que ser o primeiro objeitvo do atleta, visto que somando Sydney e Atenas, apenas Vanderlei Cordeiro de Lima completou a prova, em 2000 na 75ª posição e em 2004 na inesquecível medalha de bronze. Os outros dois atletas de cada edição dos Jogos, abandonaram.

Repetir a posição alcançada no mundial passado já seria um grande resultado para José Telles. Mas numa prova tão competitiva e imprevísivel ninguém pode duvidar até de uma medalha para qualquer um dos competidores. É esperar para ver...
NOS JOGOS OLÍMPICOS
José Telles foi o único brasileiro a terminar a prova a prova, ficando na 38ª posição entre os quase 100 atletas da prova. Ele completou em 2h20min25s, na 38ª posição."A principal dificuldade é a temperatura e a umidade. Já esperava por essas condições, mas estava muito difícil para correr. Depois de dois quilômetros você já ficava com a garganta seca e precisava beber muita água, jogar água na cabeça, para agüentar. Fiz minha preparação em Paipa, na Colômbia, e a temperatura lá estava em torno de 18 a 20º C e seco. Exatamente o contrário daqui, que estava úmido e quente", justificou Teles.

Foi a última chance do beisibol e do softbol

O beisibol e o softbol(Versão do beisibol para mulheres) sairão do programa dos Jogos Olímpicos a partir de Londres 2012 e por isso as seleções masculina e feminina tiveram a última chance de se qualificar para uma olimpíada, mas ficaram muito distantes do êxito.


O beisibol é um esporte emergente no país. A seleção teve o auge no ano de 2003, quando conseguiu um quinto lugar nos Jogos Pan-americanos de Santo Domingo, obtendo vitórias contra seleções consideradas mais fortes e tradicionais como República Dominicana e Panamá, atingindo assim a última vaga do continente para o mundial.
No mesmo ano, no mundial, a seleção teve uma participação empolgante, terminando na sétima posição e ficando muito perto de derrotar os poderosos cubanos nas quartas de finais. Estávamos vencendo até a última entrada, quando levamos duas corridas e caímos diante dos favoritos.

No pré olímpico do mesmo ano, o Brasil decepcionou. No Panamá, o Brasil perdeu da Colômbia, foi humilhado pelo time da casa (11 a 1) e deixou a competição com apenas uma vitória -sobre a Nicarágua, antes de ser derrotado pelos cubanos. Ficou fora de Atenas.

A campanha para Pequim foi menos empolgante. O beisibol perdeu visibilidade no país(já tinha pouca) e a seleção não rendeu bem. No pré olímpico continental, disputado em 2006, a seleção venceu apenas uma partida, contra a Venezuela, e ficou sem chances de disputar as olímpiadas.
No Pan, uma enorme confusão com o local de disputas, a Cidade do Rock, mostrou o descaso das autoridades com a modalidade. A situação do campo estava tão precária que não teve torneio de consolação por conta das chuvas e da falta de iluminação. A seleção venceu a Nicarágua por 1x0 e foi derrotado pelos dominicanos por 14x2 e pelos americanos por 7x4.

Se o beisibol já era muito pouco citado na mídia quando era esporte olímpico imagina agora sem participar no único evento em que a mídia brasileira abre os olhos para os esportes "amadores".
Podemos dizer que a exclusão do beisibol foi justa.Nos Jogos de Atenas 2004, os estádios de beisebol ficaram vazios e foi escassa a divulgação da modalidade, mas os conflitos com as poderosas ligas norte-americanas estimularam o processo de exclusão. Nas Olimpíadas de Barcelona 1992, primeira edição que contou com o beisebol, a partir da qual apenas Cuba e os Estados Unidos conseguiram títulos olímpicos.

O Softbol brasileiro é menos divulgado que o beisibol. Disputado só pelas mulheres, o esporte sequer mandou delegação para o pré olímpico das Américas, disputado em agosto de 2005 no qual o Brasil não passou da primeira fase.

Dois anos depois, no Rio, a seleção disputou os Jogos Pan-americanos, competição na qual sonhava com o bronze. Terminou apenas na sétima posição, vencendo um jogo, contra Porto Rico, e perdendo para Canadá, Cuba e EUA.
O futuro do esporte brasileiro, apesar de não ser olímpico, parece em boas mãos. A seleção é atual campeã sul-americana sub-20, posição melhor do que a terceira obtida pela equipe adulta nos Jogos sul-americanos de 2006.
É esperar para ver. Ao menos, um consolo para o Brasil em Pequim.A paulista Mika Someya foi convocada para defender a equipe japonesa de softbol feminino na Olimpíada.

Talvez esses esportes não mereçam voltar ao quadro olímpico. Não por demérito próprio mas sim por outros esportes, como Karatê, futsal, squash serem mais empolgantes e democráticos perante ao mundo.
Mas, não podemos esquecer destes esportes nos próximos anos, acompanhando mundiais, pan-americanos etc...

Jessé tenta apagar o Pan

O saltador em altura Jessé Farias detém o recorde brasileiro do salto em altura com 2m30, atingidos em Porto Alegre em 2006 e repetido semana passado no GP Internacional de Uberlândia, que rendeu a ele o índice A para os Jogos Olímpicos, colocando-o pela segunda vez no evento.


Em 2004, Jessé ficou muito perto da classificação para a final olímpica. Saltando 2m25, precisava conseguir ultrapassar o sarrafo aos 2m28 para conseguir chegar aos 12 melhores, e isso significava melhorar em 1cm sua melhor marca, que era o então recorde brasileiro da prova.

O sarrafo que havia o ajudado nos 2m25, quando balançou mas não caiu, o "traiu" quando saltou 2m28, e o sarrafo balançou, balançou e desabou, assim como o sonho de uma final em Atenas.


A presença de Jessé Farias nas Olimpíadas de Atenas foi um prêmio para o técnico russo Robert Zotko. Pena que o treinador não pode ver seu pupilo saltando em Atenas. Zotko morreu em fevereiro, antes mesmo de Jessé obter sua vaga nos Jogos.

Em 2007, teve um péssimo desempenho no Pan. Saltando 6cm a menos de sua melhor marca, ficou na quarta posição, com a marca de 2m24. "Fui mal, 2,24 m não é uma marca boa", lamentou Farias. "Errei na técnica. Estava treinando muito bem, e tinha até conseguido repetir os 2,30 m, mas cometi falhas na corrida."
Porém, depois foi ao mundial de Osaka e conseguiu chegar a final, ficando na 13ª posição da prova saltando apenas 2m21 na final. Nas eliminatórias, havia saltado 2m29, falhando apenas duas vezes em seis saltos.

Para medalhar, deve melhorar sua marca para 2m35, em 5 cm. Uma final olímpica deve rondar perto dos 2m29 que foi em Atenas. No mundial de 2007, entretanto, a marca de 2m26 já rendia a final, o que faz com que Jessé não precisse necessariamente atingir sua melhor marca para chegar à final.
No mundial do ano passado, os três medalhistas ficaram no 2m35, o que faz com que Jessé não fique tão longe do pódio. É difícil, muito...Mas não impossível.
Atualização Jessé fez uma ótimo Troféu Brasil de atletismo, ao vencer a prova saltando 2m28, batendo o recorde do campeonato e fazendo novamente uma marca próxima a seu recorde.

índices olímpicos difíceis. Um passo a frente ou atrás?

A natação e o atletismo são os dois esportes que mais destribuem medalhas nas olimpíadas. Em Pequim, serão 32 ouros na natação(outros dois nas maratonas aquáticas) e 47 no atletismo.
Com excessão dos revezamentos, os atletas nestes esportes conquistam sua vaga olímpica ao ultrapassar a marca mínima exigida pelas Federações Internacionais dos respectivos esportes e não ao vencerem torneios pré olímpicos, mundiais ou qualquer coisa do gênero, como acontece na grande maioria das modalidades.

Os índices são internacionais e, dentro do país, cada confederação pode criar seus índices ou seguir os da Federação Internacional. Nos casos de países de ponta, em que em todas as provas mais de três atletas( no caso do atletismo) e dois(no caso da natação), conseguem as marcas estipuladas, são feitas seletivas em que os vencedores estão automaticamente na olimpíada. Isto é arriscado e o país pode perder atletas importantes, como Maurice Greene e Michael Johnson que se machucaram durante as seletivas dos 200m rasos para Sydney e mesmo com os melhores tempos não disputaram essa prova. Para 2004, Ian Thorpe queimou a largada dos 400m da seletiva australiana mas o vencedor, Craig Stevens, foi "obrigado" a desistir da prova, dando vaga ao posterior vencedor da prova em Atenas.

As Confederações brasileiras divergem quanto às vagas para Pequim. O atletismo permite que o atleta que atinja o índice B( Mais fraco que deixa apenas um atleta por país em cada prova) viaje para as olimpíadas de Pequim enquanto a natação aceita apenas atletas com índice A, tirando dos Jogos Olímpicos Monique Ferreira, Lucas Kanieski , Tatiane Sakemi dentre outros que conseguiram apenas índices Bs.

O atletismo experimentou deixar apenas atletas com índices A participar dos Jogos de Sydney, e não foi feliz. Com apenas 18 atletas,(Em Atlanta foram 42 e em Atenas 38) conseguiu apenas uma medalha olímpica e desperdiçou alguns bons resultados, como da velocista Lucimar Aparecida de Moura que havia batido o recorde brasileiro meses antes, mas não atingira o índice A olímpico. Com as marcas nos 100m e 200m, ela ficaria com o bronze nos 100m e ficaria em sétimo nos 200m. Claro, as marcas da brasileira foram obtidas na altitude, oque facilita as provas de velocidade, mas ela tinha claras condições de chegar ao menos ás semi finais.

Para Atenas, e também para Pequim a CBAt(Confederação Brasileira de ATletismo), aceitou os atletas com índice B, o que colocou o Brasil em diversas provas em 2000 não esteve, principalmente no feminino. Em 2000, apenas três mulheres estavam na delegação enquanto quatro anos depois elas eram 18. Em Atenas, as meninas do Brasil conseguiram grandes resultados nos revezamentos, que caso seguissem os índices Bs estariam classificados para Sydney. Aliás, em 2000, nenhuma das três brasileiras foi bem, não chegando à nenhuma final.

Então, é importante que a CBAt dê aos atletas a opurtunidade de disputar os Jogos Olímpicos mesmo sem grandes chances de medalhas. Além de visibilidade, visto que as TVs estarão transmitindo a prova do Arremesso de dardo, por exemplo, em que Luciana Mendes tem a marca B mas dificilmente chegará ao índice mais difícil, e todos aqui no Brasil verão Luciana, saberão que o esporte aqui também existe e, por que não, algumas crianças não queirão imitar a atleta brasileira.
O atletismo é um esporte em que as melhores marcas do mundo não são sempre melhoradas, visto que muitos recordes mundiais tem mais de 20 anos de história. Para se ter uma noção, apenas oito recordes olímpicos do atletismo foram batidos em 47 provas disputadas em Atenas 2004. Isso mostra que, os atletas com índice B têm chances reais de final olímpica caso repitam suas marcas. Um exemplo é a lançadora Luciana Mendes que se repetisse o índice B no mundial de 2007, que reuniu todas as melhores atletas do mundo, ficaria a menos de 1m da vaga na final.
Uma razão que influenciou no fraco resultado do atletismo e outras modalidades foi o grande intervalo entre o momento da conquista de um índice olímpico a competição. Para Pequim, o atleta que conseguiu índice A em 2007 terá que fazer o índice olímpico B em 2008, para provar que continua numa boa fase.

Já a natação, os recordes são melhorados ano pós ano. Uma marca que deu medalha em 1996 para Gustavo Borges nos 200m livre, 1min48s08, não daria sequer uma final no mundial de 2007. Então, o índice B estipulado pela FINA( Federação Internacional de Natação).
Desta forma, um atleta com índice B, como Tatiane Sakemi nos 100m peito, precisaria melhorar cerca de 3s sua marca para conseguir chegar na final. Então, faz muito bem a CBDA( Confederação Brasileira de Depostos Aquáticos) de não dar a vaga para atletas que não tenham chegado ao índice A.
Porém, a CBDA deve deixar os atletas com índice B em algumas provas mas que tenham índice A em outra disputar essas provas. Exemplo: Henrique Barbosa atingiu o índice A na prova dos 100m peito e garantiu a vaga em Pequim por esse tempo. Mas, a prova dos 200m peito é disputada depos da prova dos 100m, e Henrique tem o índice B nesta prova, podendo, de acordo com a FINA, nadar esta prova e talvez obter um bom resultado, sem a pressão de sua melhor prova ou mesmo para chegar ao revezamento 4x100m medley ainda mais preparado. Agora, resta saber se a CBDA deixará ele cair na água sem o índice A. Em Sydney e Atenas os nadadores puderam cair na água, agora para Pequim nada foi confirmado.
Vamos Esperar

Portanto, ao contrário de muitos jornalistas ESPORTIVOS, concordo com a CBAt em deixar atletas com marcas teoricamente mais fracas disputar as olimpíadas, seja pela visibilidade, seja pela experiência do atleta ou mesmo pelo fato e ter chances reais de uma final olímpica.
E quanto a natação, concordo plenamente, em não levar atletas com índice B pois, além das provas de natação já serem muito mais conhecidas no Brasil que as do atletismo, o país acabará participando de todas as provas nos Jogos, já que provavelmente atletas com índices B em algumas provas e A em outra caírão na água em provas que não sejam sua especialiadade.

Atletas com índices mas sem vaga

As eliminatórias do 100m peito do Troféu Maria Lenk semana passada foram, provavelmente, as provas de maior nível técnico da história da natação nacional.

Apenas Henrique Barbosa possuia o índice olímpico até o início da competição. Ele tinha o recorde sul-americano da prova com 1min01s44, feitos no campeonato sul-americano de Desportes Aquáticos, no Pinheiros, em março.

Henrique, Eduardo Fischer e Felipe França, do Pinheiros, e Felipe Lima, da Unisanta, nadaram abaixo do 1min01s70, marca estipulada pela FINA para nadar a prova em Pequim.

Na segunda série, Fischer marcou 1m01s49 e mal teve tempo de comemorar, pois na bateria seguinte Felipe Lima baixaria o tempo sul-americano de Henrique para 1m01s21. Sua vibração também foi breve já que na quarta e última série, Henrique na raia quatro e Felipe França, na cinco, cravaram respectivamente 1m00s77 e 1m01s17.

Dos quatro peitistas brasileiros, apenas França não nadou com o maiô revolucionário que tem trazido tanta discussão na natação mundial.
Eduardo Fischer e Felipe Lima são os primeiros nadadores da história do Brasil ao ficar de fora de uma olimpíada tendo alcançado o índice A da FINA.
Caso existisse um revezamento 4x100m peito, o Brasil seria medalha de ouro. É ó único país, por enquanto, que fez quatro índices olímpicos na prova, segundo o site da FINA.

Fischer tentava classificação para sua terceira olimpíada. Seu melhor resultado foi a semi final dos 100m peito nos Jogos Olímpicos de Atenas e na mesma edição, ficou na 15ª posição no revezamento 4x100m medley. Ele é o único peitista brasileiro com medalha em mundiais, com o bronze no de piscina curta de 2002, em Moscou e tem no currículo duas medalhas pan-americanas, bronze nos 100m peito e prata no 4x100m medley em Santo Domingo 2003.

Vinha de sucessivas lesões nos últimos anos e conseguiu o índice olímpico depois de ficar fora da seleção brasileira nos últimos grandes torneios, inclusive o Pan-americano do Rio.

Torço para que ele continue na natação pois por muitos anos levou o nado peito "nas costas"( com o perdão do trocadilho).


Já Felipe Lima, aos 23 anos, não pode baixar a cabeça pois tem um grande tempo nos 100m peito e tem tudo para fazer um ciclo olímpico brilhante, com finais em mundiais e medalhas pan-americanas. Tem o recorde sul-americano dos 50m peito com 27s58 obtido no Troféu Maria Lenk, tempo distante apenas quatro décimos do recorde mundial.

Se melhorar a virada, pode se tornar um dos grandes nadadores do mundo para o mundial de 2009.

Levanta sacode a poeira e dá a volta por cima!

A melhor marchadora do Brasil

O Brasil, por enquanto, levará apenas uma marchadora para os Jogos Olímpicos de Pequim, e o nome dela é Tânia Spindler. Ela, somente este ano, já melhorou o recorde brasileiro por duas vezes e conseguiu no último fim de semana, na Copa do Mundo de Marcha, o índice A para os Jogos Olímpicos de Pequim.

Ela tem uma história interessante. Para conseguir se classificar para o Pan do Rio, ela contou com uma ajuda do futebol. Desanimada com a ausência de retorno financeiro com o atletismo, a atleta decidiu, no final de 2006, abandonar o esporte.

Ficou 46 dias parada e engordou 6 kg. Até receber uma "cobrança" do primo Jader, o Baré, centro-avante do Gamba Osaka, do Japão. "Como o Mundial de atletismo vai ser em Osaka, ele disse que a gente ia se encontrar lá", conta a marchadora. "Quando eu disse que não ia, ele não aceitou. Perguntou o que eu precisava para voltar a treinar. Eu disse que precisava de tênis. Como ele é patrocinado por uma marca, me deu logo dois. Agora, eu só uso tênis importado", comemora. "A gente começou no esporte mais ou menos na mesma época e sempre disse que, quando um desanimasse, o outro ajudaria.

Agora ele me ajudou não apenas na parte financeira, mas me deu apoio psicológico, que é o mais importante", completa. Motivada pelo primo bem-sucedido, Tânia decidiu que buscaria um lugar no Pan.
Este ano, no campeonato sul-americano, não foi muito bem terminando na oitava posição. Antes, na Copa Brasil, tinha ficado apenas 1min12s do índice B para os Jogos, até então não alcançado por nenhuma brasileira.

Na etapa de Sexto da Itália do circuito mundial de marcha, Tânia bateu o recorde brasileiro da prova ao ficar em sexto lugar com o tempo de 1min34s39, melhorando o tempo de Alessandra Picagevicz, que participou dos Jogos de Atenas 2004, e conseguiu índice B para Pequim. Porém, quando o país tem uma atleta com índice A, o país só poderá levar atletas, no máximo três, que superarem a marca A. Com índice B, apenas um atleta por país. Antes, em Portugal, ela havia chegado em 15º com o tempo de 1h36min06.
Tânia está melhorando gradativamente seus tempos e chegará em Pequim no auge de sua forma.
No mundial de Osaka, ano passado, terminou a prova em 30º. Com as mesmas adversárias, as melhores do mundo, na Copa do mundo fim de semana passado, foi 23ª.
Em Atenas, Alessandra Picagevicz ficou na 48ª posição, colocação que poderá facilmente ser superada na fase vivida por Tânia. Tânia, quarta colocada no Pan do Rio, poderá ainda ter a companhia de outras brasileiras, caso consigam correr para 1h33min30. Cisiane Lopez chegou perto e a Alessandra tenta vaga na sua segunda olimpíada.

O nível da marcha feminina no Brasil ainda é baixo, mas estamos perto de conseguir levar três atletas para competição.
Atualização Tânia ficou na segunda posição no Troféu Brasil de atletismo, na prova disputada na Av Politécnica, em São Paulo. Ela cravou 1h42min24, longe de seu melhor tempo, mas ainda competitiva.

Gustavo não ficou Calado

Com o perdão do trocadilho, Gustavo Calado ficou perto dos Jogos Olímpicos de Pequim na prova dos 200m borboleta, mas acabou sem o índice na prova em que Kaio Márcio de Almeida tem chances reais de medalha em Pequim. Ele é a estrela da coluna sobre quem não se classificou para Pequim, que é diária e exalta aqueles que, apesar de não conseguirem vaga nas olimpíadas, são grandes heróis esportivos.


Gustavo Calado, que mora e treina nos EUA, disputou torneios esse ano com resultados "apenas" razoáveis, e chegou ao Troféu Maria Lenk sem muitas expectativas de índice. Gustavo é versátil, nada as provas de nado livre, borboleta, costas e medley.

Nos EUA, ele nadou 2min01s nos 200m borboleta. Chegou no Troféu Maria Lenk e ficou com a medalha de bronze na prova mais forte da história dos 200m borboleta no Brasil. Com parciais de 26:39, 56:57, 1:27:06 e tempo final 1:58:10, ele ficou 0s43 do índice olímpico A da prova e ficou de fora da delegação. Das eliminatórias, ele melhorou mais de meio segundo.


Outro que bateu na trave no Troféu Maria Lenk foi André Schultz. Outro atleta versátil, nadou para muito perto do índice nos 200m medley e nos 200m costas.

Nos quatro estilos, ele fez, nas eliminatórias, a marca de 2min02s52, a 1s12 do índice olímpico. Ficou bem mais distante do que na prova dos costas. Ninguém entendeu ainda sua péssima saída na prova em que ficou a apenas 0s18 das olimpíadas.

André Schultz saiu decidido para o índice olímpico e esteve na sua mão por quase que 90% da prova. Saiu forte nos 50 27:07, nos 100 57:77, e só perderia se fizesse mais de 31:70 nos últimos 50 metros. E fez! O índice olímpico ficou a 18 centésimos de Schultz que terminou em 2º com 1:59:90. No dia anterior, tinha nadado para 2min00s08, melhorando quase três segundos seu melhor tempo.
Resta aos dois voltarem para os EUA e intensificarem seus treinamentos para o mundial do ano que vem, que é a próxima competição importante do calendário mundial. Volto a repetir que as olimpíadas são o evento mais importante do mundo, mas não o único. Existe diversas competições em que eles podem, e devem, melhorar suas marcas.

Segundos em horas

Em mais uma das séries de reportagens sobre quem não se classificou para Pequim, vamos contar a íncrivel forma com que os brasileiros Cláudio Santos e Cisiane Lopez ficaram de fora dos Jogos Olímpicos de Pequim.


Ambos já tinham o índice B para Pequim, mas como Sérgio Galdino e Tânia Spindler tinham marcas melhores, eles estavam fora da equipe de marcha atlética do Brasil, que só poderia levar um atleta com índice B para os Jogos. No caso de alcançado o índice A, poderiam ser três em cada prova.

Na Copa do Mundo de Marcha, no último fim de semana, os líderes do ranking brasileiro Sérgio Galdino, nos 50km masculino, e Tânia Spindler, nos 20km feminino, conseguiram o índice A com os tempos de 3min58s30 e 1h33s23 respectivamente, chegando na 26ª e 24ª posições respectivamente, com os recordes brasileiros nas duas provas.
Logo atrás, chegaram Cláudio e Cisiane. Acompanhei a prova pela internet no domingo de manhã, e a página era atualizada a cada 5km de prova. Os brasileiros andaram junto com seus compatriotas durante toda a prova, perdendo segundos preciosos apenas no final da corrida.

Cláudio fez o melhor tempo da sua vida ao fechar os 50km em 31º lugar com 4h00min24s, apenas 24s do índice A olímpico. VINTE E QUATRO segundos da vagas nas olimpíadas, numa prova de 4hs. Íncrivel. Mas Cláudio terá de superar o contra tempo e se preparar para outras provas ainda este ano. Afinal, olimpíada é o principal torneio do mundo, mas não é o único objetivo. Aos 30 anos de idade, ele ainda tem outro ciclo olímpico, com corridas importantes e campeonatos mundiais.

Cisiane correu a prova inteira ao lado de Tânia. Somente no final, Spindler abriu uma pequena vantagem, o insuficiente para que uma atleta entrasse no meio das duas brasileiras. Foram 21s que separaram as atletas e apenas 14s que deixaram a atleta de 24 anos sem a vaga em Pequim. CATORZE segundos em uma prova de uma hora e meia. Outro pecado que deixou um atleta fora de Pequim.
Que Pena.
Porém, Cisiane ainda pode conquistar o índice, se melhorar esses 14 segundos até o dia 20 de julho. Cláudio não tem mais chances

Vamos acompanhar o desempenho dos quase olímpicos para que no próximo ciclo olímpico eles consigam a vaga. Mas, vale lembrar que olimpíadas não são tudo. Eles terão muitas competições importantes neste meio tempo e, como estão evoluindo cada vez mais, devem continuar se destacando no cenário não apenas nacional como mundial.

Tentando outra final olímpica

Gabriel Mangabeira é um nadador discreto. Apesar de versátil, finalista olímpico ele está sempre "em segundo plano" quando o assunto é natação. Um motivo é que Kaio Márcio se encontra em situação melhor que ele no nado borboleta. Outro é que ele não tem tempo o suficiente para brigar por uma medalha, ""somente"" para chegar numa final pela segunda vez seguida.


Mangabeira era especialista nos 100m costas e nos 200m medley mas a partir da vaga não obtida para os Jogos Olímpicos de Sydney ele mudou de especialidade, mudando para os 100m borboleta.

Nos Jogos Pan-americanos de 2003, ficou na sétima posição nos 100m borboleta, na casa dos 54s, o que o colocaria longe de qualquer bom resultado em Atenas. Havia sido um mês antes o 39º nos 100m borboleta do mundial e o 45º nos 100m costas.

O índice para Atenas veio com o tempo de 53s49 obtido no Troféu José Finkel, em maio de 2004. Nos Jogos Olímpicos, se superou, bateu o recorde sul-americano da prova com 52s46 e ficou na sexta posição de uma das provas mais fortes da competição.

Depois, veio mais um ciclo olímpico. Foi 13º nos 100m borboleta do mundial de 2005, provando que não havia perdido a forma, mesmo 0s5 de seu melhor tempo. No mundial de 2007, ficou muito próximo do índice olímpico para Pequim e ficou na 17ª posição.

O tempo que o classificou para Pequim veio no Pan do Rio. Fez 52s43 para ficar com a prata atrás apenas de Kaio Márcio numa das finais mais importantes da natação no Pan, com uma das três dobradinhas do Brasil. Com este tempo, ele conseguiu abaixar sua marca de Atenas pela primeira vez.
De lá para cá, seu melhor tempo foi na semana passada no Maria Lenk, quando nas eliminatórias nadou para 52s82.

Para repetir uma final olímpica, Mangabeira terá que tentar nadar abaixo de 52s pois a prova é uma das mais fortes do mundo, com a participação de Michael Phelps, Ian Crocker e muitos outros.

Se fizer o tempo de 52s baixo, provavelmente conseguirá uma vaga entre os 16 melhores, mas voltar a ficar entre os oito melhores do mundo somente com uma considerável melhora.

Neste ano, até o momento, apenas cinco atletas nadaram para baixo de 52s. Porém, a tendência é esse número aumentar muito, não só pelo fato de alguns atletas dos EUA não terem nadado esta prova ainda este ano, mas também por causa do super maiô, que Gabriel poderá utilizar em Pequim. Para efeito de comparação, no mundial de 2007, a 16ª vaga das semi finais ficou com o tempo de 52s79. A oitava vaga na final foi conquistada com o tempo 52s26.
Ou seja, melhorar bastante seu tempo é único modo de conseguir mais uma final olímpica. A medalha provavelmente será na casa dos 51s baixo. É difícil uma final, uma medalha quase impossível. Mas temos que acreditar nele, que em Atenas se superou de uma forma íncrivel.

No campeonato da Croacia, em julho, ele conseguiu a melhor marca da carreira com 52s01 e entrara em Pequim como um possivel finalista.

NOS JOGOS OLÍMPICOS

Gabriel Mangabeira, infelizmente, não nadou seu melhor e ficou de fora das semi finais. Ele, que nadou numa série muito forte, fez 52s28, melhor do que o tempo que lhe deu a sexta posição em Atenas, mas acabou em 23º. Tinha chances reais de uma semi final e até mesmo de uma final, mas nadou 0s27 acima de seu melhor tempo. O tempo que rendeu uma semi final foi de 52s05.

Palpitomêtro

yclAqui, colocarei a posição que acho que os brasileiros vão terminar em cada uma das provas realizadas. Tentando ao máximo excluir o patriotismo, me basearei em resultados obtidos nos últimos anos para colocar a mais provável posição de nossos heróis. Claro, o "chute" reinará nessa coluna. Tento ser o menos patriota e o mais realista possível.
E para isso, quero que comentem as posições dos brasileiros, se acreditam em resultados melhores ou piores. Comentem por favor
Está página é atualizada diariamente.
Clique no nome do atleta para ir diretamente à pagina de sua análise e os atletas que não tiverem palpites nem o link ainda não foram analisados pelo blog.

Atletismo
Luciamara Silvestre- Heptatlo - 22º
Luciana Resende- Lançamento de dardo - 19º
José Alessandro Bagio - Marcha 20km- 26º
Fábio Gomez- Salto em vara- 11º
Jefferson Sabino- Salto triplo- 16º
Marily dos Santos- Maratona- 45º
Giselle Lima- salto triplo- 25º
Tânia Spindler- Marcha 20km - 21º
Jessé Farias - Salto em Altura- 9º
José Telles- Maratona- 23ª posição
Anselmo Gomez - 110m com barreiras- 16ª posição
Fabiana Peçanha- 800m rasos- 11ª posição
Keila Costa - Salto em distância- 10ª posição
Vicente Lenílson - 100m rasos- 20ª posição
Zenaide Vieira 3000m com obstáculos- 20ª posição
Kleberson Davide - 800m rasos- 11ª posição
Keila Costa - Salto Triplo- 11 posição
Sandro Viana - 200m rasos- 16ª posição
Mario José - Marcha 50km- 21ª posição
Bruno Lins - 200m rasos- 28ª posição
Frank Caldeira Maratona - 30ª posição
Marilson Gomez Maratona - 5ª posição
José Carlos Moreira - 100m rasos- 25ª posição
Hudson Souza - 1500m rasos- 10ª posição
Sandro Vianna 100m rasos- 32ª posição
Mahau Saguimati 400m com barreiras - 19ª posição
Carlos Chinin - Decatlo * - 11ª posição
Lucimar Teodoro- 400m com barreira - 23 posicao
Lucimar Moura- 100m rasos - 21ª colocação
Maria Laura Almirão - 400m rasos * - 29 posicao
Maila Machado - 100m com barreira * 19 posicao
Elisângela Adriano - Lançamento de disco * 16 posicao
Fernando Almeida - 400m rasos - 33ª posição
Marílson Gomes - 10.000m (O atleta ainda não sabe de correrá esta prova)
Mauro Vinícius- Salto em distância - 17 colocacao
Evelyn dos Santos- 200m rasos 26 posicao
Fabiana Murrer- Salto com vara - quarta posicao
Maurrem Maggi- Salto em distância - Medalha de bronze
Jadel Gregório - Salto triplo - Medalha de bronze
Revezamento 4x100m rasos masculino - quinta posicao
Revezamento 4x100m rasos feminino 11 posicao femininohref="http://brasilempequim2008.blogspot.com/2008/07/revezamento-tenta-uma-final.html">Revezamento 4x400m rasos feminino 10º colocado


Basquete
Equipe feminina 4ª posição

Boxe
Paulo Carvalho- até 48kg- Eliminado na segunda luta
Robenílson de Jesus- Até 51kg- Eliminado na primeira luta
Robson Conceição- Até 54kg- Eliminado na primeira luta
Everton Lopes - Até 60kg- Eliminado na segunda luta
Myke Carvalho- Até 64kg- Eliminado na segunda luta
Washington Silva- Até 81kg- Eliminado nas quartas de finais

Canoagem
Niválter dos Santos - C-1 - 17ª colocação
Poliana Aparecido - Canoagem slalom 16ª posição
Ciclismo
Jaqueline Mourão - Montain Bike- 14º
Janildes Fernandes - Estrada - 45ª posição
Murilo Fischer - Estrada - 50ª posição
Luciano Pagliarini - Estrada - 71ª posição
Murilo Fischer - Prova contra relógio 34ª posição
Rubens Donizeti - Montain Bike- 21 lugar

Esgrima
João Souza- Florete- Eliminado na primeira luta
Renzo Agresta- Sabre- Eliminado nas quartas de finais

Futebol
Feminino medalha de prata
Futebol masculino - Medalha de prata

Ginástica artística
Equipes feminino- 6ª posição
Individual Geral- Jade Barbosa medalha de prata, Lais Sousa 17º
Salto- Jade Barbosa medalha de bronze, Lais Sousa 8ª
Solo- Jade Barbosa 14ª, Daiane 16ª, Danielle Hipolito 19ª
Trave- Jade Barbosa 8ª, Danielle Hipólito 24ª, Lais Sousa 28ª
Barras Paralelas- Danielle hopólito 23ª, Jade Barbosa 26ª
Individual geral masculino- Diego Hipólito 29º
Solo- Diego Ouro
Salto Diego 6º

Ginástica Rítmica
Equipes- Oitavo lugar

Handebol
masculino- Décimo lugar
Feminino- sexto lugar

Hipismo
Saltos por equipe -5ª posição
Individual- Rodrigo Pessoa 5º, Doda 9º
CCE por equipes: 7ª posição
Individual- Saulo Tristão 17º, Andre Paro 31º
Adestramento por equipes- 10º
Individual- Rogério Clementino 32º

Judô
Denílson Lourenço- Até 60kg, 9ª posição- 2 vitórias
João Derly - Até 66kg, medalha de ouro
Leandro Guilheiro Até 73kg, 7ª posição - 3 vitórias
Thiago Camilo até 81kg, medalha de ouro
Eduardo Santos até 90kg, eliminado na segunda luta
Luciano Correa- Até 100kg, medalha de ouro
João Gabriel Acima de 100lg, 5º lugar- 3 vitórias

Sarah Meneses- Até 48kg- 7ª posição- 2 vitórias
Erika Miranda- Até 52kg- 5ª posição - 3 vitórias
Ketlyn Quadros- Até 57kg- 9ª posição- 1 vitória
Danielli Yuri- Até 63kg- Eliminada na primeira luta
Mayra Aguiar- Até 70kg- 5ª posição - 3 vitórias
Edinanci Silva Até 78kg- Medalha de bronze- 3 vitórias

Levantamento de peso
Wellisson Silva - 14 posicao

Luta Livre
Rosângela Conceição- até 72kg- 9ª posição 1 vitória duas derrotas

Maratonas Aquáticas
Poliana Okimoto- 5º lugar
Ana Marcela Cunha- 11ª colocada
Allan do Carmo - 13º colocado

Nado Sincronizado
Dueto feminino- 11º lugar

Natação
Deynara de Paula- 100m borboleta- 22ª posição
Lucas Salatta- 200m costas- 16ª posição
Fabiola Molina- 100m costas- 16ª posição
Gabriel Mangabeira- 100m borboleta- 13ª posição
Nicholas dos Santos- 50m livre- 14ª posição
Rodrigo Castro - 200m livre- 30ª posição
Guilherme Guido- 100m costas- 11ª colocação
Joana Maranhão - 200m borboleta- 20ª colocação
Henrique Barbosa - 100m peito - 13ª posição
Felipe França - 100m peito - 18ª posição
Gabriella Silva - 100m borboleta- 16ª posição
Flavia Delaroli - 50m livre- 14ª posição
Revezamento 4x200m livre masculino - 5ª posição
Henrique Barbosa 200m peito - 20ª posição
Revezamento 4x100m medley feminino - 9ª posição
Tatiana Lemos - 100m livre- 27ª posição
Revezamento 4x100m livre masculino - 7ª posição
Revezamento 4x100m livre feminino - 11 posicao
Monique Ferreira - 200m livre * - 33ª posição
Joana Maranhao - 400m medley- 14 posicao
Káio Márcio - 100m borboleta 7 posicao
Revezamento 4x100m medley masculino Medalha de bronze
César Cielo- 50m livre - Medalha de bronze
César Cielo- 100m livre - quinta posicao
Káio Márcio - 200m borboleta - Quinto lugar
Thiago Pereira - 200m medley- Quarta posicão
Thiago Pereira - 400m medley - 4 posicao
Tatiana Sakemi 100m peito * - 29 posicao


Pentatlo Moderno
Yane Marques- 15ª posição

Remo
Anderson Nocetti- Single Skiff 12º lugar
Fabiane Beltrame- Single Skiff 15º lugar
Thiago Gomes e Thiago Almeida- Double skiff peso leve- 12º lugar
Camila Carvalho e Luciana Granato - Double skiff peso leve- 18º lugar

Saltos Ornamentais
Cesar Castro- Trampolim- 8º colocado
Hugo Parisi- Plataforma- 11º colocado
Cassius Duran- Plataforma- 14º colocado
Juliana Veloso- Plataforma- 18ª colocada

Tawekondo
Debora Nunes- Eliminada na segunda luta
Márcio Wenceslau- Eliminado na segunda luta
Natália Falavignia- Quarta colocada

Tenis
Thomaz Bellucci - Simples- Eliminado na segunda rodada
Marcelo Melo e André Sá - duplas - Quarto colocado
Marcos Daniel - Simples - Eliminado na primeira rodada


Tenis de mesa
Equipes masculino- 14º lugar
Thiago Monteiro- Eliminado na terceira fase
Gustavo Tsuboi- Eliminado na primeira fase
Mariany Nonaka- Eliminada na primeira fase

Tiro
Julio Almeida- Pistola 10m- 9º lugar
Julio Almeida - Pistola rápida 25m- 20º lugar
Julio Almeida - Pistola 50m- 25ª posição
Stenio Yamamoto- Pistola rápida- 11º lugar

Tiro com arco
Luiz Gustavo- individual- 43 posicao

Triatlo
Mariana Ohata - 21ª posição
Reinaldo Colucci 13ª posição
Juraci Moreira - Triatlo- 17 posicao

Vela
Bimba- Classe RS:X Ouro
Robert Sheidt e Bruno Prada- Classe star- Ouro
André Fonseca e Rodrigo Duarte- classe 49er- 5º lugar
Fábio Pilar e Samuel Albrecht classe 470 16º lugar
Fernanda Oliveira e Isabela Swan classe 470- 7º lugar
Bruno Fontes- Laser- 9º lugar
Eduardo Couto- Finn- 11º lugar
Patricia Freitas- Classe rs:x- 23ª lugar

Volei de praia
Renata e Talita - Quarta Colocada
Ricardo e Emanuel - Medalha de ouro
Fabio Luiz e Marcio- Medalha de bronze
Larissa e Juliana - Medalha de bronze


Volei masculino- Medalha de ouro
Volei Feminino - Medalha de bronze

A eterna Fabíola

Fabíola Molina nadará em Pequim sua segunda olimpíada, aos 33 anos, e desta vez pretende ficar entre as 16 melhores, podendo até chegar à uma final.


Nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, ela ficou apenas 0s02 do índice olímpico dos 100m costas e o Brasil ficaria sem mulheres nos Jogos Olímpicos. Por unanimidade, a CBDA convidou Fabiola Molina para viajar e disputar os Jogos Olímpicos.

Lá, ela nadou os 100m borboleta, ficou em 24º, e os 100m costas, sua especialiadade, ficando a 0s25 de seu melhor tempo, não chegando às semi finais.

Ex- especialista no nado medley, ela se aprofundou na prova dos 100m costas a partir de 1999, depois de ter ficado em quarto lugar nos 400m medley dos Jogos Pan-americanos de Winnipeg, competição na qual o Brasil não ganhou medalha individuais com as mulheres.

Depois de um ano 2003 difícil, ela se recuperou aos poucos e passou a partir de 2006 melhorar seus tempos a cada competição em busca do índice olímpico, que é bastante forte, 1min01s75.
Ela ficou sem melhorar seus tempos desde 2000 e tinha a melhor marca de 1min02s92, conquistada numa abertura de revezamento 4x100m medley, o que faz com que a marca não fosse oficializada. Ela tinha que melhorar mais de 1s5 de seu melhor tempo e não conseguia um bom resultado desde as olimpíadas de 2000.

Casada com o nadador Diogo Yabe, ela bateu o recorde sul-americano da prova ao ficar com a medalha de prata nos Jogos pan-americanos nos 100m costas, com o tempo de 1min02s18.
No troféu Open, ano passado ainda, ela melhorou ainda mais sua marca mas conseguiu o índice somente no sul-americano em São Paulo, no mês de março com 1min01s40.

Ela aposta que irá conseguir nadar para abaixo de um minuto nas olimpíadas de Pequim. Com esse tempo, apesar do quebra- quebra de recordes mundiais, a colocaria numa final olímpica quase que com certeza. Porém, creio que o máximo dela deverá ser 1min00s50, o que a coloca como provável semi finalista olímpica e talvez uma final.
Este ano, até o momento, ela tem o 35º melhor do ano, mas com uma série de atletas dos EUA na frente e, em Pequim, serão apenas duas. Uma marca de 1min00s50 a colocaria como 14º do mundo no momento.

É possível uma semi final olímpica, mas a final é um sonho mais distante. Parabéns a atleta que participou do Pan de Havana em 1991 e está na seleção 17 anos depois, como possivelmente a melhor nadadora do país no momento


Atualização- Fabiola nadou uma competição na Croácia no mes de julho e se mostrou em forma. Ela ja havia ido muito bem nas eliminatorias (1:01:57) descansou na semifinal (1:03:84) para colocar tudo na final do Campeonato Nacional da Croacia e vencer os 100 costas com novo recorde sul-americano: 1:00:79.
Passou com 29:63 voltou com 31:16 superando o seu recorde estabelecido em marco passado no Sul-Americano de 1:01:40.
Talvez eu queime minha lingua quando ao 1min00s50. Espero queimar...

NOS JOGOS OLÍMPICOS

Fabíola Molina cravou 1min01s00, segunda melhor marca de sua vida, e ficou na 18ª posição, muito perto da vaga nas semi finais. Se tivesse feito seu melhor tempo, teria conseguindo uma vaga nas semi finais, o principal objetivo da brasileira.
Na abertura do revezamento 4x100m medley, entretanto, garantiu o recorde sul-americano tanto de sua prova, como do revezamento. Se tivesse nadado esse tempo nas eliminatorias, seria uma das semi finalistas.

Ouro no Pan, Diogo não estará em Pequim

Continuando a série de especiais sobre quem não conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos de Pequim, hoje lembraremos de Diogo Silva, do tawekondo.


Nas olimpíadas de Atenas, o esporte que mais surpreendeu em termos de resultados para o Brasil, foi o tawekondo que ficou com dois quartos lugares. Um deles foi de Diogo Silva, que teve três vítórias nos Jogos Olímpicos e acabou perdendo a medalha para o atleta da Coréia do Sul, numa luta que ele teve pontos não anotados pelos árbitros. A derrota foi de 12x7.


Na luta, ele entrou com uma luva preta dos Black Panthers (Panteras Negras, movimento de militantes negros norte-americanos no final da década de 60), que o juiz o fez tirar. O objetivo era protestar contra a falta de apoio do esporte no país."É uma luva dos Black Panthers, um sinal de protesto, da indignação. Por mais que a gente batalhe, nosso sacrifício não é recompensado. Foi meu protesto para que o Brasil veja a dificuldade que o esporte amador enfrenta. A gente merecia mais apoio do governo e dos empresários", desabafou o lutador.

Ele havia conseguido a medalha de bronze no mundial de Junior em 1998 e também nos Jogos Pan-americanos de 2003, em Santo Domingo. Diogo esteve a uma luta da final do Pan, quando foi derrotado pelo cubano Yosvani Perez em um confronto emocionante. Durante a luta, o brasileiro levou um chute no rosto que lhe abriu o supercílio e, sangrando, não conseguiu evitar que o cubano vencesse por 3 a 2.

No pan do Rio, ano passado, ele conseguiu a primeira medalha de ouro do Brasil no evento, no segundo dia de competições. Ele venceu o peruano Peter Lopez na final e emocionou o país no lugar mais alto do pódio.
Sempre polêmico, Diogo criticou a política da confederação brasileira e o baixo salário recebido, e sempre atrasado, pelos atletas.

No pré olímpico das Américas que distribuiu três vagas aos lutadores na categoria deDiogo, ele caiu na primeira rodada justamente contra o peruano que havia vencido na final do Pan.

Diogo pretende em 2008 dar maior atenção à exploração da imagem, participando de palestras e propagandas. Porém, sequer passa por sua cabeça deixar o taekwondo de lado. Apesar de ter apenas 25 anos, ele pretende estender a carreira no máximo até a Olimpíada de Londres em 2012.
Enquanto não estiver em ação, o lutador promete dar continuidade a sua batalha particular. "Assumi um compromisso comigo mesmo de só deixar o esporte quando mudar o gerenciamento do taekwondo", afirma Diogo, que se inspira no judoca Aurélio Miguel para cumprir seu objetivo.

Ainda justificou sua eliminação olímpica: "O assédio estava grande após o Pan e tive dificuldades para treinar. Comecei a fazer muitos trabalhos fora do esporte, palestra, comercial, programas de televisão e seminários dentro do taekwondo mesmo. Mas como eram em diferentes regiões do país, perdia muito treino por estar viajando", afirmou.

Diogo tem um grande potencial e tem tudo para lutar bem nos mundiais de 2009 e 2011 e conseguir a vaga para 2012