Joanna nada prova que não é sua especialidade

Joanna Maranhão conseguiu resultados incríveis nas provas dos 400m e 200m medley, sendo finalista em Atenas na primeira e semi finalista na segunda. Além disso, nos 200m livre ela fez o melhor tempo da América do sul durante um revezamento, quando deixou a seleção na sétima posição na final olímpica. Ou seja, Joanna caiu seis vezes na água em Atenas e bateu recorde brasileiro oito vezes: Duas vezes nos 400m medley, duas vezes nos 200m medley, duas vezes nos revezamento4x200m livre e outras duas vezes nos 200m livre, mas não pode ser considerado recorde pois ela não foi a primeira a saltar da equipe.


Porém, não é nenhuma destas provas que Joanna Maranhão está mais empolgada para a disputa dos Jogos Olímpicos. Com índice A nos 400m medley, Joanna viajará para Pequim e poderá disputar outras duas provas, os 200m medley e os 200m borboleta, pois alcançou o índice B e nenhuma atleta brasileira chegou ao índice A. Além disso, tem tempo também para nadar os 200m costas, prova em que bateu o recorde brasileiro no troféu Maria Lenk mas dificilmente nadará esta prova. Lembrando que apenas atletas que nadaram para o índice A em alguma prova pode nadar competições com índice B.

Os 200m borboleta é uma surpresa para Joanna. Prova terciária em seu treinamento até o início deste ano, ela conseguiu resultados excelentes no mês de abril, durante o Gran Prix de alto. Nadou duas vezes para marca 2min10s, fazendo o índice A da prova, mas não foi contabilizado pois não fazia parte de uma seletiva oficial da CBDA. Porém, a marca de 2min10s54 é o novo recorde sul-americano da prova.

No troféu Maria Lenk, ela venceu a prova com o tempo de 2min11s93 e ficou feliz com seu tempo. " O tempo de 2m11s está excelente aqui no Maria Lenk porque já nadei várias provas e tem o desgaste natural dos dias de competição. Mas quero nadar esta prova muito bem em Pequim porque acho que, embora eu não tenha muita experiência nela, tenho mais chances de disputar uma final. Sei que ainda tenho o que melhorar para baixar de 2m10s – explicou.

Ela acredita que o tempo de 2min08s00 colocaria ela na final olímpica, o que faz com que precise baixar "apenas" dois segundos seu tempo feito em abril. Como é uma prova que treina pouco, as condições de chegar ao tempo pretendido é enorme. Porém, é mais provável que a final olímpica chegue com um tempo melhor, já que com o reboliço dos maiôs, os tempos estão cada vez mais baixos.
Exemplo disso é comparar as finais do mundial do ano passado com os tempos obtidos até o momento no ano. Em Melbourne, a atleta que conseguiu a oitava vaga para final foi de 2min09s21 e este ano 13 atletas já nadaram abaixo de 2min08s00.
No circuito Mare Nostrum, em junho, ela ficou próxima de seu melhor tempo, nadando a prova em 2min11s35 e fechou na quinta posição. (ATUALIZADO DIA 11 DE JUNHO)

Joanna, pelo treinamento que terá até Pequim, deverá nadar a prova em 2min08s00 nas olimpíadas mas esse tempo deve lhe dar no máximo uma semi final. E olhe lá...Mas força para Joana, uma atleta que nada com extrema competência os 200m livre, 200m borboleta, 200m costas, 200m peito, 200m medley, 400m medley. QUE ATLETA QUE TEMOS!
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Joana não conseguiu melhorar seu tempo nos 200m borboleta e não chegou na esperada semi final da prova. Nadando essa prova a pouco tempo, ela nadou na casa de 2min10s64, um pouco cima de seu recorde sul-americano, mas não conseguiu a vaga nas semi finais, ficando na 22ª posição. Depois de fazer tempos muito bons nos 200m e 400m medley, ela decepcionou exatamente na prova que mais se esperava dela.

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