A canoagem brasileira viajará para os Jogos Olímpicos com apenas um representante, Niválter dos Santos, na canoa individual. Pela primeira vez desde 1992, Sebastian Cuattrin não conseguiu uma vaga olímpica, o que mostra que a canoagem, principalmente caiaque, precisa de renovação. E urgentemente. Já a canoa, categoria de Nivalter, existe uma evolução e ano passado a equipe brasileira ficou, na somatória dos pontos, na 14ª pósição entre as 42 nações.
A vaga foi conquistada no pré olímpico continental da modalidade, disputado há 10 dias no Canadá.
A vaga de Nivalter veio num critério técnico, pois apenas o vencedor da prova do C1 500m se classificaria para Pequim, prova esta vencida pelo cubano Aldo Pruna. Como o Canadá venceu as provas do C2 1000m e C2 500m, e os canadenses apenas poderiam se classificar no C2 500m a vaga iria para o segundo lugar da prova do C2 1000m. Resultado: a vaga iria para o mexicano Everardo Cristobal, segundo colocado desta prova (C2 1000m), mas o México já havia se classificado no Campeonato Mundial ano passado em Duisburg, na Alemanha. Com isso a vaga do mexicano Everardo Cristobal foi para o segundo lugar do C1 500m, justamente a posição que Nivalter havia conquistado. Foi confuso, mas deu a única vaga do esporte para o Brasil.
Entre seus títulos, oito ouros e duas pratas no Campeonato Brasileiro, um ouro, duas pratas e um bronze desde 2006 no Sul-Americano de canoagem e o inédito nono lugar do Mundial da modalidade obtido no México em 2006.
No Pan, Nivalter Santos ganhou a medalha de bronze na categoria C-1 500 m da canoagem. Com o tempo de 1min58s488, ele ficou atrás apenas do Mexicano José Quirino e do cubano Aldo Pruna, que ganharam ouro e prata respectivamente. No C-1 1000 m, ele terminou na quarta posição na regata final.
No mundial do ano passado, no C1 1000m Masculino Nivalter Santos chegou em sexto nas semifinais com o tempo de 4:40.897 e garantiu seu lugar na Final C da classe, mesma final obtida no c1 500m. Ele ficou em quarto nas duas finais, ficando no geral na 22ª posição.
Uma posição importante pois no mundial, todos os países europeu estão presentes e nos Jogos Olímpicos, apenas oito vagas vão para o velho continente. Ou seja, com menos europeus presentes em Pequim, a chance de melhorar essa 22ª posição é bem grande. Serão cerca de 25 barcos na competição em Pequim e é bem possível que, mesmo que a vaga tenha vindo só na prova dos 500m, ele dispute também a prova dos 1000m.
Chegar às semi finais já seria um bom resultado. Dos cerca de 25 barcos que disputarão a prova, 18 estarão nas semi finais, sendo possível uma semi final. Uma final, já fica bem difícil para o brasileiro.
Ele disputou a etapa da Alemanha da Copa do Mundo e conseguiu um resultado muito bom, mostrando bastante evolução. Se classificou para a final com o oitavo melhor tempo e ficou na oitava posição na competição que reuniu grandes atletas do mundo todo na prova do C1- 500.
“A final foi disputadíssima. Os nove finalistas, que estarão todos em Pequim, terminaram a prova com pouco mais de três segundos de diferença entre eles, demonstrando que a briga entre os melhores do mundo nas olimpíadas estará muito acirrada”, salientou Pedro Sena, técnico da canoa brasileira.
Depois, na etapa da Polônia da Copa do Mundo, ele mostrou que sua evolução é evidente. Na prova do C1 500m, garantiu o quinto lugar na Final A, com o tempo de 1m50s725.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Niválter se mostrou um ótimo velocista em Pequim, mas sem condicionamento de conseguir brigar por alguma vaga na final. No C-1 1000m, que não é sua especialidade, foi para as semi finais depois de começar muito bem passando em primeiro nos primeiros 250m, porém não segurou o rítmo e ficou em 17º no geral. No c1-500m, com uma largada espetacular, Niválter não conseguiu manter o rítmo e também ficou longe da final. Se treinar mais sua resistência poderá ser um dos melhores do mundo, já que é um canoísta de muita explosão e força.
0 comentários:
Postar um comentário