Venceu a menos ruim

A categoria até 63kg feminina teve uma disputa pela vaga no mínimo curiosa. A titular Danielli yuri, prata no pan, venceu apenas uma de suas lutas nas etapas da copa do mundo e saiu assumindo que havia lutado muito mal. Porém, mesmo assim, conseguiu a vaga brasileira na categoria, já que a reserva Vania Ishii, veterana de duas olimpíadas e campeã dos Jogos pan-americanos de 99, perdeu na primeira rodada das duas copas do mundo.


No pan, Dani ficou com a prata. Na decisão da competição, a paulista perdeu para a supercampeã Driullis Gonzalez, de Cuba.A atleta caribenha tem uma medalha de bronze em Barcelona (1992) e Atenas (2004), uma de prata em Sydney (2000) e ouro em Atlanta (1996).

Para os Jogos, a medalha ainda está meio distante, vide que no mundial a atleta não passou da segunda luta, mas com um pouco de sorte no sorteio, pode brigar para ficar entre as 7 primeiras. Claro que uma medalha não é descartada, já que são apenas 22 judocas na categoria, mas está bem difícil.
Na Copa do mundo de Belo Horizonte, perdeu para uma atleta de Portugal, que não está entre as melhores do mundo, o que nos faz mostrar ainda mais que a categoria ainda não está do mesmo nível do restante da delegação.
No Pan-americano senior, em Miame, ela ficou com a prata. Yuri não teve sorte contra a multi-campeã cubana Driulis Gonzalez. Gonzalez derrotou a brasileira por ippon (osaekomi) depois de luta equilibrada. Dani venceu nas eliminatórias Diana Velasco (COL) e Ysis Barreto (VEN). O Brasil ficou atrás da Argentina no ranking pan-americano da categoria. Na copa do mundo de Moscou, ela perdeu na primeira luta.
(Atualizado em maio)
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Amanhã, as chances do Brasil na categoria até 90kg
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Danielli Yuri parecia não acreditar quando o placar de sua estréia apontava um waza-ri a favor diante da favorita sul-coreana Jayoung Kong. A pontuação foi conquistada depois de um belo golpe no início da luta.
Eu devia ter tido mais paciência, administrado mais. Mas quando joguei a coreana, fiquei assustada com a facilidade com que consegui e resolvi ir para cima. Só precisava de mais um waza-ari para ganhar. Foi meu erro. Fui para cima e me embananei toda", conta

O melhor judoca do mundo

Thiago Camilo conseguiu aos 19 anos de idade uma medalha de prata, nos Jogos Olímpicos de 2000, na categoria até 73kg. Humilde, logo declarou que não era o novo Aurélio Miguel. E estava certo, passou muitos anos no ostracismo, sem conseguir vaga na equipe titular e com sucessivas contusões. Seu irmão Luis Camilo foi ouro no Pan de 2003, competição em que Thiago sequer participou.

Aos poucos, o judoca amadureceu e teve um ano de 2007 perfeito. Campeão pan-americano com três ippons em três lutas que, somadas, não deram dois minutos. No mundial, foi melhor ainda, vencendo suas sete lutas por ippon e considerado o melhor atleta dentre todas as categorias.

Sua classificação entretanto não estava assegurada para os Jogos pois foi campeão mundial em sua categoria, até 81kg, mas disputou o Pan na categoria até 90kg. Isso foi contra os critérios da CBJ, que havia divulgado que atletas que chegassem a final do mundial e fossem campeão pan-americano DA MESMA CATEGORIA, não precisariam disputar a seletiva(Foi o caso de João Derly mas não o de Luciano Correa, que apesar do ouro no mundial foi bronze nos Jogos pan-americanos).

Por isso, Thiago disputou as etapas da copa do mundo deste ano pressionado pelo reserva Flavio Canto, que vinha de contusão nos Jogos pan-americanos, quando lutou na categoria em que Thiago foi campeão mundial. Canto acabou perdendo suas duas lutas nas etapas da copa do mundo e Thiago não teve de se esforçar tanto pela vaga, mas mesmo assim conseguiu um bronze nas etapas deste ano. Pouco para quem teve um 2007 perfeito, muito para que foi para Europa visando apenas a vaga olímpica.

Thiago deu "sorte" que neste ano as seletivas brasileiras não foram em enfrentamentos diretos e sim por analises de resultados. O judoca não consegue nunca lutar bem contra Flavio Canto, que tem um fortíssimo judô no chão, em que Thiago não tem tanta categoria. Nas seletivas para Atenas, os dois lutaram e estavam empatados em 1 a 1 nas duas seletivas anteriores, e tinham empates nas duas lutas do último dia de seletivas. O combate só foi definido a dois segundos do final da terceira luta, quando os juízes deram uma punição a Tiago e Flávio venceu por wazari.

Apesar disso, é favorito ao ouro na categoria e tem tudo para agarrar o lugar mais alto do pódio que lhe escapou em 2000.

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Amanhã, as chances de Daniele na categoria até 63kg feminina
NOS JOGOS OLÍMPICOS
A medalha de bronze não teve um sabor tão bom quanto a de prata de 2000, mas é uma medalha olímpica e foi muito valorizada pelo judoca brasileiro.
Ele estreou contra o japonês Takashi Ono e parecia que vinha com tudo. Com pouco tempo de luta, já tinha um wa-zari de vantagem, pontuação administrada pelo brasileiro até o fim da luta.
No segundo combate, venceu sem grandes dificuldades o iraniano Hamed Malek por ippon.
Nas quartas de finais, sofreu o revés que lhe tirou a chance de ouro. O alemão Ole Bischof deu dois waza-ris no brasileiro, que resultou num ippon, numa luta em que Tiago esteve irreconhecível.
A briga pelo bronze se iniciou com o campeão pan-americano da categoria no ano passado, o americano Travis Stevens. Tiago manteve melhor pegada e postura, suficientes para forçar duas punições a Stevens e depois conquistar mais um koka. Apesar disso, ele não evitou queda por yuko, que deixou a luta mais acirrada. No fim, falou mais alto a experiência do paulista, que segurou o resultado até o fim.
A vaga na luta pelo bronze veio com triunfo sobre o britânico Euan Burton, em que Camilo já mostrou uma linguagem corporal diferente. "Foi tudo muito complicado para mim. Tinha como objetivo buscar o ouro. Foi muito difícil entrar na competição novamente, me motivar outra vez", revelou o judoca, após a conquista.
Mesmo com problemas na pegada, Camilo pontuou no segundo minuto do combate, obtendo waza-ari
Na luta que lhe valeu o bronze, venceu por ippon e deu a 15ª medalha da história do judô brasileiro.

A mulher que derrubou Zangrando

Daniele Zangrando é uma das mais importantes judocas da história do Brasil. Foi á dois Jogos Olímpicos e foi a primeira mulher medalhista num mundial, com o bronze no campeonato junior de 1995. Depois do ouro no Pan do ano passado, se credenciou para a vaga olímpica e tinha ela quase como certa se não fosse Ketleyn Quadros .


A reserva da categoria até 57kg fez duas etapas muito boas da copa do mundo, no início deste ano e conseguiu um quinto e um nono lugares, enquanto Zangrando não ganhou nenhuma luta. Pior, perdeu para adversárias fáceis, como a equatoriana Diana Villanciano, já que competia com muitas dores.
Na etapa de Paris, a mais importante e mais difícil, Quadros ficou na quinta posição. venceu a campeã olímpica, a alemã Yvone Boenish, e ficou muito perto da medalha. Já na etapa seguinte, venceu uma luta na repescagem e ficou na nona posição.

Ketlyn terá que contar com sorte no sorteio para conseguir uma medalha olímpica, que não está tão longe visto que ela bateu a atual medalhista de ouro, durante a etapa de Paris. Favorita ela não é. mas pode surpreender pelo fato de apenas 24 atletas competir na categoria, o que a coloca á apenas duas vitórias das semi finais, caso estreie com bye.

Na Copa do Mundo de Belo Horizonte, ela mostou que é inexperiente ao perder lutas ganhas e ficar apenas com a medalha de prata. Mesmo vencendo a final por Wa-zari, ela acabou sendo imobilizada pela portuguesa e precisa melhor muito no quesito administrar a luta.
"Eu sei que preciso estar atenta. Pelo menos o erro veio na hora certa"- Disse, chorando, depois de perder a luta . Ela tem muita técnica, com diversidade de golpes, mas se coloca em perigo em algumas situações. Precisa achar seu equilíbrio emocional.
Precisa de experiência, mas suas chances são reais
No Pan-americano senior, foi medalha de bronze. A peso leve perdeu para a experiente Yurisleidys Lupetey (CUB) na primeira rodada. Na repescagem, passou por Joliane Melancon (CAN) e Cândida Ramirez (GUA). O bronze veio no combate contra Ange Jean Baptiste (HAI), vencido por ippon pela brasileira. Na copa do mundo de Moscou, ficou com a quinta posição.
(Atualizado em Maio)

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Amanhã, as chances de Thiago Camilo, na categoria até 81kg

NOS JOGOS OLÍMPICOS

Ketlyn lutou como gente grande nos Jogos Olímpicos e conseguiu a primeira medalha de uma mulher em esportes individuais da história do Brasil. Depois de uma vitória na chave principal, caiu na segunda rodada, mas foi para repescagem, em que venceu três lutas e conseguiu uma das medalhas de bronze.

Na primeira luta, superou a experiente sul-coreana Sin-Young Kang por um yuko. Depois caiu diante da holandesa Deborah Gravenstijn e teve de torcer por mais uma vitória da adversária, que a conseguiu, e foi para a repescagem.Com melhor postura que a rival, ela soube anular bem os ataques da holandesa durantes os dois primeiros minutos da luta. No começo do terceiro minuto, porém, Ketleyn levou um koka de contra-golpe e ficou atrás no placar. A brasileira ainda aumentou a pressão sobre Gravenstijn, mas não foi o suficiente para conseguir a projeção ou uma punição à adversária.
Na repescagem, venceu a espanhola Isabel Fernandez campeã olímpica de 2000, na luta mais complicada para a brasileira. A luta foi para o golden score, e faltando alguns segundos para o fim da luta, os árbitros anunciaram a punição para uma das atletas. Quanto todos achavam que a brasileira iria ser eliminada, os juízes acertadamente deram a punição para a espanhola, que vinah fugindo do combate, e a brasileira ganhou forças para seguir na luta pelo bronze.
Sua melhor luta veio diante da japonesa Aiko Sato, quando com um belo ippon, a venceu na final da repescagem, ficando a uma vitória do bronze.
Desde o início do combate, a brasileira conseguiu melhor pegada e dominou a rival. No segundo minuto, ela forçou uma punição à australiana por falta de combatividade e ficou na frente do placar.
Com o decorrer da disputa, a brasiliense permaneceu dominando a adversária. No fim, Pekli precisou se abrir e conseguiu devolver a punição para Ketleyn, levando o duelo para o golden score. Em melhor forma, a atleta do clube Minas Tênis ficou com a medalha após derrubar a rival por ippon com belo contra-golpe.

Leandro tentará repetir Atenas

O brasileiro Leandro Guilheiro tentará sua segunda medalha olímpica na categoria até 73kg nos Jogos Olímpicos de Pequim. Ele venceu seis lutas e perdeu apenas uma em Atenas e conseguiu chegar á terceira posição.


Porém, o ciclo olímpico foi difícil para ele. O campeão mundial junior de 2002 bateu na trave no mundial de Egito em 2005. Leandro Guilheiro deixou escapar, por segundos, sua medalha no mundial. Após vencer as três primeiras lutas (contra Tajiquistão, Grécia e Kazaquistão), o peso leve foi derrotado por Henri Schoeman, da Holanda, nas quartas-de-final. Guilheiro vencia por koka quando acabou falhando na aplicação de um golpe, o que resultou em um yuko para o holandês ao zerar o cronômetro. Na repescagem, passou pelo suíço David Papaux, mas acabou eliminado por koka (shido) pelo espanhol Kiyoshi Uematsu, a quem vencera em sua luta de estréia no caminho do bronze olímpico em Atenas 2004.
Em 2007, se contundiu durante os Jogos pan-americanos do Rio, quando ficou com a prata e saiu decepcionado: "Estou envergonhado". A lágrima no pódio enquanto ouvia o hino americano disse tudo. Ele, no mundial, competiu ainda com dores e ficou na nona posição.

O ano de 2008 começou melhor do que 2007 terminou. Numa dura disputa com Victor Penalber ele conseguiu a vaga olímpica graças á medalha de bronze conquistada na etapa de Hamburgo quando perdeu na segunda luta e venceu quatro combates na repescagem para conseguir o bronze. Na outra etapa, ele caiu na segunda luta.

Para os Jogos olímpicos, ele não deixa de ser um canditado á medalha, mas não chega como favorito. Deverá passar algumas lutas e terá dificuldades nas lutas seguintes. O sorteio pode ser uma faca de dois gumes. Se cair numa chave fácil e acabar sendo eliminado, não poderá voltar á repescagem e se cair numa difícil provavelmente poderá voltar para a disputa do bronze caso seja eliminado, mas terá chances maiores de não passar das primeiras lutas.Em 2004, eram 34 judocas na categoria, a maior da modalidade.

Na copa do mundo de Moscou, em maio, mostrou mais uma vez que pode ser medalhista. Ficou com o bronze passando na primeira luta pelo iraniano Ali Malomat por koka. Depois, venceu por wazari Mansur Isaev, da Rússia. No terceiro combate, vitória por ippon sobre o ucraniano Petro Kuzmin. Nas semifinais, Leandro sofreu a única derrota na Super Copa do Mundo de Moscou, sendo superado por wazari pelo japonês Masahiko Otsuka.
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Amanhã, uma análise das chances de Ketlyn Quadros, que tirou a vaga da super campeã Daniela Zangrando.

NOS JOGOS OLÍMPICOS
E Leandro Guilheiro repetiu Atenas. Com uma campanha muito similar a de quatro anos atrás, ele repetiu a medalha de bronze para o Brasil.
Foram duas vitórias nas duas primeiras lutas. Na primeira, diante de um argentino, começou atrás, parecia não muito bem, mas conseguiu a virada. Na segunda, já mais ativo, conseguiu a vitória por ippon.
Nas quartas de finais, perdeu no golden score para o campeão mundial, Ki Chun Wang, da Coréia do Sul, e foi para a repescagem ,precisando de três vitórias para conquistar o bronze.
Na primeira luta, venceu Shokir Miminov, do Uzbequistão, por ippon. Na segunda luta, venceu o ucraniano Gennadii Bilodid por punição e foi para disputa pelo bronze, na qual deu um ippon com menos de 30s de luta, conquistando o segundo bronze de sua carreira.

Para apagar a confusão do Pan


A judoca brasileira Erika Miranda ficou conhecida quando ficou com a medalha de prata nos Jogos Pan-americanos de 2007 no Rio, quando frente a cubana Sheila Espinosa ela acabou injustiçada pelos juízes e sua técnica, Rosicléia Campos ficou indignada, assim como a torcida, que vaiou e provocada pelo técnico cubano, jogou objetos na arena. Somado a isso, uma grande briga entre membros da delegação brasileira e cubana aconteceu, envolvendo até Aurélio Miguel, campeão olímpico de 1988 e bronze em 1996.


Erika garantiu sua vaga nos Jogos de Pequim quando ficou na quinta posição do campeonato mundial, disputado no Rio em 2007. Ela caiu somente nas semi finais. Sempre muito ofensiva, a mineira de 20 anos passou rápido em sua primeira luta, com um ippon em 19s sobre a eslovênia Petra Nareks. Em sua segunda luta, Érika teve muito trabalho contra a coreana Kyung Ok Kim, que se defendeu muito bem. Apesar da desvantagem a 20s do fim, a brasileira não desanimou e partiu para cima, pressionando Kyung Kim, forçando que ela cometesse um falso ataque, o que garantiu a virada e a passagem de Érika nas semifinais.

Apesar de ter lutado sempre no ataque, na semifinal, Érika Miranda entrou respeitando bastante a sua adversária, a bicampeã européia Telma Monteiro, de Portugal. Preocupada com a catada de perna da adversária, Érika mostrou muita passividade, sofrendo diversas punições, que lhe custaram a luta pelo ouro. Na disputa pelo bronze, Érika voltou a mostrar ofensividade, mas desta vez acabou surpreendida pela japonesa Yuka Nishida, que com uma queda conseguiu um ippon logo no início da luta.

Os resultados no início do ano na copa do mundo, quando não chegou a disputar o pódio, acabou apagando um pouco a felicidade pelos resultados obtidos em 2007. Mas, pode ter sido bom, para tirar das costas de Erika a responsabilidade de conseguir a primeira medalha olímpica da história do judô feminino.
"Foi importante ter garantido a vaga antes. Mas quando eu fui para a Europa, pensando em treinar para as Olimpíadas, vi que estava completamente marcada. As estrangeiras sabiam exatamente o que eu ia fazer", diz Érika.
Quando voltei da Europa (neste ano), comecei a treinar para mudar meu estilo. Foi importante ter percebido que estava marcada antes das Olimpíadas. Assim, posso tentar surpreender na China", diz a atleta. "Eu não relaxei quando consegui a classificação. Continuei treinando. Foi bom, porque não tinha a pressão por conseguir a vaga. Você trabalha mais com mais conforto".
Serão 24 atletas nesta categoria, o que pode fazer com que o sorteio das chaves seja decisivo para as pretenções de Erika na competição, que acontecerá no segundo dia de competições dos Jogos Olímpicos.
Na Copa do Mundo de Belo Horizonte, lutou muito bem e conquistou a medalha de ouro, vencendo na final a reserva da seleção cuabana Leslie Gimenez. Não tinha adversárias à altura mas conseguiu grandes combates.
No pan-americano Senior, ela ficou com a prata. Erika a ganhou suas lutas contra Tatiana Lucumi (COL) e Yagnelys Mestre (CUB), indo à final diante de Flor Velasquez, na qual perdeu e ficou com a prata. Venceu a cubana, líder do ranking pan-americano, mas acabou perdendo para a vice líder.
Na copa do mundo de Moscou, a brasileira ficou na sétima posição com apenas uma vitória.
(Atualizado em maio)
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Amanhã, as chances do Brasil na categoria até 73kg masculina
NOS JOGOS OLÍMPICOS
A judoca Erika Miranda acabou cortada da delegação a menos de uma semana dos Jogos Olímpicos, devido a uma contusão que vinha a perseguindo a meses. Sem reservas em Pequim, quem treinava com os titulares eram os judocas juvenis, a equipe ficou muito próxima de não ter uma atleta na categoria, já que a CBJ demorou três dias para confirmar a presença da reserva Vanessa Fernandez.
Depois de uma longa viagem e com fuso-horário trocado, a atleta chegou faltando menos de dois dias para sua luta. Logo na estréia, sentiu o cansaço e foi eliminada pela dominicana María García. Desde o início, a atleta paulista teve dificuldades com a pegada da adversária e não conseguiu se impor no combate. Após as duas judocas serem advertidas por falta de combatividade, Garcia forçou nova punição a Andressa. Com um minuto para o término da luta, a brasileira continuou com problemas para encaixar os golpes e não evitou a derrota.

Único bi entre o ciclo olímpico

João Derly era tido como revelação do judô. Foi campeão mundial juvenil em 2000, foi bronze no universíade de 2001 e em 2002 ganhou três medalhas de ouro nas etapas da copa do mundo. Chegou aos Jogos pan-americanos de 2003 na Republica Dominicana como grande favorito ao ouro. Perdeu duas lutas seguidas e sequer disputou o bronze. Estava afundado depois de ter sido pego no exame antidopping no fim de 2002 para uso de diuréticos.


Em 2005 ele resnasceu. Foi campeão pan-americano e conseguiu ser o primeiro brasileiro a ser campeão mundial, ficando com o ouro no mundial de Cairo, no Egito. No ano de 2006, ganhou ouro na copa do mundo de Paris e no ano passado se sagrou campeão mundial da categoria até 66kg além de ter conseguido a medalha de ouro nos Jogos pan-americanos.

O ano de 2008 começou difícil para ele, que já com a vaga olímpica, não teve bons resultados não passando para as finais em nenhuma das etapas que disputou da copa do mundo. Talvez a empolgação dos resultados de 2007 tenham deixado Derly eufórico e o erro veio na hora certa, como bem disse o técnico da seleção Luis Shinohara após os resultados na super copa do mundo de Paris.

O que importa é que João não deixa de ser o homem a ser batido nos Jogos Olímpicos de Pequim na categoria até 66kg e na categoria que será disputada logo no segundo dia dos Jogos, 10 de agosto, poderá colocar o Brasil no topo do quadro de medalhas!
É o grande favorito ao ouro olímpico, até por ser o único homem a vencer os mundiais de 2005 e 2007 no judô!
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Amanhã, as chances de Erika Miranda da categoria até 52kg
NOS JOGOS OLÍMPICOS
João Derly acabou lutando de forma muito pragmática nos Jogos Olímpicos e deixou Pequim com apenas uma vitória. Na primeira rodada, vinha perdendo a primeira luta para o sul-coreano Joojin Kim, um dos favoritos para a medalha, e conseguiu virar com um koka faltando pouco mais de 1 minuto para o fim.
Uma luta polêmica aconteceu na segunda rodada, entre o brasileiro e o português Pedro Dias. Dias ganhou um koka devido a uma punição no mínimo estranha ao brasileiro. Depois, com o brasileiro partindo para a luta, João deu um waza-ri no adversário, mas a pontuação acabou indo estranhamente para o adversário, que no olhar dos árbitros, deu um contra-golpe. Depois, o português foi eliminado e deixou João fora da repescagem.
No dia seguinte, houve uma declaração do judoca portugês ao Jornal português A BOLA, dizendo que Derly havia o traído, saindo com sua namorada numa visita a São Paulo. Depois, o boato foi desmentido, mas causou uma polêmica.