Para apagar a confusão do Pan


A judoca brasileira Erika Miranda ficou conhecida quando ficou com a medalha de prata nos Jogos Pan-americanos de 2007 no Rio, quando frente a cubana Sheila Espinosa ela acabou injustiçada pelos juízes e sua técnica, Rosicléia Campos ficou indignada, assim como a torcida, que vaiou e provocada pelo técnico cubano, jogou objetos na arena. Somado a isso, uma grande briga entre membros da delegação brasileira e cubana aconteceu, envolvendo até Aurélio Miguel, campeão olímpico de 1988 e bronze em 1996.


Erika garantiu sua vaga nos Jogos de Pequim quando ficou na quinta posição do campeonato mundial, disputado no Rio em 2007. Ela caiu somente nas semi finais. Sempre muito ofensiva, a mineira de 20 anos passou rápido em sua primeira luta, com um ippon em 19s sobre a eslovênia Petra Nareks. Em sua segunda luta, Érika teve muito trabalho contra a coreana Kyung Ok Kim, que se defendeu muito bem. Apesar da desvantagem a 20s do fim, a brasileira não desanimou e partiu para cima, pressionando Kyung Kim, forçando que ela cometesse um falso ataque, o que garantiu a virada e a passagem de Érika nas semifinais.

Apesar de ter lutado sempre no ataque, na semifinal, Érika Miranda entrou respeitando bastante a sua adversária, a bicampeã européia Telma Monteiro, de Portugal. Preocupada com a catada de perna da adversária, Érika mostrou muita passividade, sofrendo diversas punições, que lhe custaram a luta pelo ouro. Na disputa pelo bronze, Érika voltou a mostrar ofensividade, mas desta vez acabou surpreendida pela japonesa Yuka Nishida, que com uma queda conseguiu um ippon logo no início da luta.

Os resultados no início do ano na copa do mundo, quando não chegou a disputar o pódio, acabou apagando um pouco a felicidade pelos resultados obtidos em 2007. Mas, pode ter sido bom, para tirar das costas de Erika a responsabilidade de conseguir a primeira medalha olímpica da história do judô feminino.
"Foi importante ter garantido a vaga antes. Mas quando eu fui para a Europa, pensando em treinar para as Olimpíadas, vi que estava completamente marcada. As estrangeiras sabiam exatamente o que eu ia fazer", diz Érika.
Quando voltei da Europa (neste ano), comecei a treinar para mudar meu estilo. Foi importante ter percebido que estava marcada antes das Olimpíadas. Assim, posso tentar surpreender na China", diz a atleta. "Eu não relaxei quando consegui a classificação. Continuei treinando. Foi bom, porque não tinha a pressão por conseguir a vaga. Você trabalha mais com mais conforto".
Serão 24 atletas nesta categoria, o que pode fazer com que o sorteio das chaves seja decisivo para as pretenções de Erika na competição, que acontecerá no segundo dia de competições dos Jogos Olímpicos.
Na Copa do Mundo de Belo Horizonte, lutou muito bem e conquistou a medalha de ouro, vencendo na final a reserva da seleção cuabana Leslie Gimenez. Não tinha adversárias à altura mas conseguiu grandes combates.
No pan-americano Senior, ela ficou com a prata. Erika a ganhou suas lutas contra Tatiana Lucumi (COL) e Yagnelys Mestre (CUB), indo à final diante de Flor Velasquez, na qual perdeu e ficou com a prata. Venceu a cubana, líder do ranking pan-americano, mas acabou perdendo para a vice líder.
Na copa do mundo de Moscou, a brasileira ficou na sétima posição com apenas uma vitória.
(Atualizado em maio)
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NOS JOGOS OLÍMPICOS
A judoca Erika Miranda acabou cortada da delegação a menos de uma semana dos Jogos Olímpicos, devido a uma contusão que vinha a perseguindo a meses. Sem reservas em Pequim, quem treinava com os titulares eram os judocas juvenis, a equipe ficou muito próxima de não ter uma atleta na categoria, já que a CBJ demorou três dias para confirmar a presença da reserva Vanessa Fernandez.
Depois de uma longa viagem e com fuso-horário trocado, a atleta chegou faltando menos de dois dias para sua luta. Logo na estréia, sentiu o cansaço e foi eliminada pela dominicana María García. Desde o início, a atleta paulista teve dificuldades com a pegada da adversária e não conseguiu se impor no combate. Após as duas judocas serem advertidas por falta de combatividade, Garcia forçou nova punição a Andressa. Com um minuto para o término da luta, a brasileira continuou com problemas para encaixar os golpes e não evitou a derrota.

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