Na última semana, a Federação Internacional de Atletismo divulgou a lista dos 16 revezamentos que estarão em cada prova em Pequim. O Brasil conseguiu classificação pelo ranking no 4x100m rasos para ambos os sexos e no 4x400m no feminino. Volto a lembrar que não intendo o que acontece com o revezamento 4x400m masculino do Brasil que não se classificou para as últimas três olimpíadas mas tem tempos muitos bons. Quem quiser mais detalhes do 4x400m masculino veja no item "Quem não se classificou"
Hoje, iremos falar do revezamento 4x400m feminino, que conseguiu a vaga graças a 13ª posição obtida no ranking mundial que consta os dois melhores tempos dos países nos últimos 18 meses. O melhor tempo da seleção neste intervalo foi de 3min28s89, muito próximo do recorde brasileiro da prova, feito quando o time foi medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de 2003. O tempo de 3min28s89 foi conquistado com a quinta posição no Pan do Rio de Janeiro. O outro tempo brasileiro no ranking foi feito no Campeonato Sul-americano com 3min29s11.
O revezamento brasileiro foi 12º nos Jogos Olímpicos de Atenas e tentará agora chegar na final olímpica. O time, que foi décimo quarto no último mundial, precisará melhorá bastante se quiser chegar ao objetivo de ficar entre os oito melhores times do planeta. Ano passado, foi necessário o tempo de 3min27s14 para conseguir passar para a final e em Pequim esse tempo deve abaixar ainda mais um pouco, ficando por volta dos 3min26s.
A seleção ainda não está definida mas um dos nomes já é certo. Maria Laura Almirão, que conseguiu índice para a prova individual dos 400m, representará o Brasil pela segunda vez nas olimpíadas. Ela abriu o revezamento em Atenas e deverá fazer o mesmo em Pequim. Se conseguir correr para baixo dos 52s será um grande feito e ajudará muito a seleção.
Outra atleta que deve voltar a disputar uma olimpíada no revezamento é Lucimar Teodoro, que tem o índice para a prova dos 400m com barreira. Ela ficou com o bronze no Troféu Brasil de atletismo com o tempo de 52s50.
Essas duas atletas são muito prováveis na equipe, ficando a dúvida para a terceira e a quarta vagas.
Josiane Tito, corredora dos 800m que ficou em quinto no Pan, deve ser a terceira atleta repetida na equipe. Ela, que disputou também o último mundial no revezamento,foi quarta no Troféu Brasil com 52s80 e se melhorar um pouco seu tempo pode deixar o Brasil em condições de disputar uma vaga na final.
Emilly Pinheiro foi vice campeã do Troféu Brasil ao marcear 52s81 e é muito provável que componha a equipe. Geisa Coutinho, que disputou a prova dos 400m e o revezamento em Atenas, não vem tendo um bom ano e possivelmente ficará de fora da equipe. Mas pode ser lembrada pela sua experiência.
A incansável Maria Magnólia, dona do recorde sul-americano desde o início da década de 1990, com 50s82, foi reserva na última olimpíada, mas aos 44 anos já nao disputa mais a prova. Mas vale a pena ser aplaudida.
Com uma ajuda no tempo da saída livre, todas as meninas têm chances reais de baixar a marca de 52s e com isso o time chegar com o tempo abaixo de 3min27s, podendo assim lutar por uma vaga na final. Serão 16 equipes e as oito melhores passam para a segunda e última fase.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Uma décima terceira posição ficou abaixo do esperado para as mulheres do revezamento 4x400m rasos. Maria Almirão abriu o revezamento muito forte, cansou nos últimos metros e entregou apenas na sétima posição. As brasileiras restantes deixaram o time em sexto com 3min30s, dois segundos acima do melhor tempo delas, que também não iria classificá-las para a final.