Guilherme ficou longe da vaga para Pequim

Quando ano passado o Brasil conquistou a medalha de bronze no badminton, parecia que o esporte iria começar a tomar um novo rumo no Brasil, com mais divulgação e dinheiro. Porém, não foi o que aconteceu e os atletas brasileiros acabaram se mantendo nas posições no ranking mundial e não conseguiram a primeira vaga olímpica da história do Brasil no badminton.


A Federação Brasileira de Badminton pagou viagens para Guilherme Pardo, o melhor brasileiro no ranking mundial, conseguir pontos no ranking mundial e ficar próximo dos 90 melhores do mundo, que conseguiriam a vaga para Pequim. Porém, o resultado foi desastroso. Em cinco torneios disputados pelo mundo, quatro derrotas na primeira fase e apenas uma vitória, no torneio do Peru, em que caiu logo na segunda rodada.

A prova da falta de apoio do badminton no Brasil foi a frase de Pardo após a medalha de bronze no torneio de duplas dos Jogos Pan-americanos do Rio, ano passado, ao lado de seu xará Guilherme Kumasaka. "Apareci em todas as TVs, os jornais e os sites".
A dupla venceu duas partidas até a derrota para os norte-americanos Howard Bach e Bob Malaythang na semifinal que não estragou a festa brasileira.

Atualmente, o badminton brasileiro tem a seu favor o fato de organizar um torneio de porte mediano internacional anualmente, no mês de outrubro, com sede em São Paulo. Além disso, o país sediou a Thomas cup este ano, a copa do mundo por equipes, em que o país não passou da primeira fase.
O melhor brasileiro no ranking mundial no momento é exatamente Guilherme Pardo, que está na posição de número 136. Lucas Araujo é o segundo melhor, em 273º enquanto Paulo Von Scalo é 292º.

A dupla brasileira Guilherme Pardo e Guilherme Kumasaka está na posição de número 113 e tem o melhor ranking dentre os brasileiros em todas as categorias, incluindo o feminino, que não passa de um 239º lugar de Mariana Arimori.
Espero que no próximo ciclo olímpico o Brasil consiga bons resultados no circuito internacional, principalmente quando joga em casa do torneio de São Paulo, e adquira assim uma posição razoável no ranking para poder brigar por vagas olímpicas

Frank quer repetir o Pan

Poucos irão esquecer da brilhante medalha de ouro conquistada pelo maratonista Frank Caldeira no último dia dos Jogos Pan-americanos do Rio, ano passado, quando ele fez uma corrida de recuperação invejável debaixo das fortes chuvas que caíam sobre a Cidade Maravilhosa e ultrapassou os atletas guatemaltecos que dispararam na frente a partir da metade da prova.

Agora, para Pequim, ele quer repetir a atuação e brigar por um pódio olímpico.
O Brasil teve seis atletas com Índice A na prova para os Jogos Olímpicos de Pequim e, como cada país pode levar no máximo três atletas por prova, os donos da vaga são Marilson Gomes dos Santos (2:08:37), José Teles de Souza (2:12:23) e Caldeira.
Caldeira fez o índice em abril deste ano , quando foi o 18º colocado na Maratona de Paris, com 2h12min38, seu recorde pessoal, que tirou da terceira posição da lista o herói olímpico Vanderlei Cordeiro, que acabou de fora de sua quarta olimpíada, já que esteve presente nos Jogos de 1996, 2000 e 2004.

Em termos de maratona, o tempo não é o principal objetivo. Afinal, cada prova tem seu percurso, com suas facilidades e dificuldades, o que faz com que o atleta que tenha o melhor tempo da temporada não tenha um favoritismo do mesmo tamanho de quem fez o melhor salto do ano no salto em distância.
Frank tem, de acordo com o site da Federação Internacional de Atletismo Armador, apenas o 134º melhor tempo do ano. Porém, na frente dele existe 37 quenianos e apenas três deles podem disputar os Jogos Olímpicos.
A prova em Pequim terá cerca de 100 atletas, todos com chances de bom resultados, afinal a maratona é uma prova impossível de fazer qualquer previsão. Frank com certeza não está entre os favoritos, mas está num "segundo pelotão" dentro dos que tem chances reais de surpreender e ficar entre os primeiros colocados. A poluição da capital chinesa, assim como a de São Paulo, é muito grande, o que faz com que Frank tenha um ligeira vantagem em relação aos europeus e africanos, não acostumados com a fumaçã e a sujeira do ar de Pequim.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Frank Caldeira esteve no primeiro pelotão nos primeiros minutos de prova, mas não conseguiu manter um bom rítmo de competição, abandonou antes da metade da prova. Não chegou a andar entre os melhores depois dos primeiros quilometros.

Bruno Lins tenta se superar

O jovem Bruno Lins surpreendeu no início do ano ao chegar ao índice A da prova para os Jogos Olímpicos, no mês de fevereiro. Em São Paulo, no Torneio da Federação Paulista de Atletismo, Bruno Lins venceu com 20.47, superando em 0s02 o índice para a prova.

Além de obter a qualificação olímpica, também bateu seu recorde pessoal. Bruno tinha sua melhor marca de 21.05, alcançados em Belém.

Bruno ainda disputou no início do mês os meetings de La Paz e Cochabamba, conseguindo repetir em um deles o índice olímpico. Correndo a prova 20s47 em Cochabamba, ele foi muito ajudado pela altitude, que costuma fazer com que os tempos dos atletas sejam melhorados. Em La Paz, ele fez o tempo de 20s67, ficando na segunda posição.

Porém, nos meetings brasileiros, ele não conseguiu nenhum resultado expressivo, não chegando a nenhum pódio, mas com tempos bons. No Rio, ele acabou desclassificado enquanto em São Paulo, ele venceu sua série com o tempo de 20s73 e ficou na quinta posição no geral. Em Belém, local em que havia feito sua melhor marca em 2007, correu para 20s50, chegando em quarto e repetindo o índice A.

Se correr o seu "normal", a classificação para as quartas de finais dos Jogos Olímpico é praticamente garantida. Serão cerca de 80 atletas na prova e 32 vão para as quartas de finais. É bem provável que um atleta com 20s80 se classifique para segunda fase. Para conseguir vaga dentre os 16 melhores, um tempo próximo dos 20s45 deve garantir vaga ao atleta nas semi finais, fazendo com que Bruno precise fazer seu melhor se quiser sobreviver para terceira fase.
Atualização Bruno ficou com o vice campeonato no Troféu Brasil de atletismo marcando o tempo de 20s69, apenas 0s01 atrás de Sandro Vianna. Os dois competirão a prova em Pequim.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Bruno Lins acabou não correndo para seu melhor, fazendo a marca de 21s15, caindo logo na primeira rodada dos 200m rasos. Ele terminou em quinto em sua série, quando apenas os três primeiros se classificavam para as quartas de finais.
No geral, o corredor ficou em 44º lugar, longe de uma vaga entre os 32 melhores. Se tivesse corrido para 20s47 ,seu melhor tempo, teria brigado por uma vaga para as semi finais e teria passado da primeira rodada sem maiores dificuldades.

Quase 4hs marchando

Não, não é nenhum militar que se classificou para as olimpíadas. Mário José dos Santos Júnior conseguiu o índice A para correr a prova dos 50km da marcha atlética e será o único brasileiro na prova nos Jogos Olímpicos de Pequim, já que os dias estipulados para o índice da prova acabaram.


O índice veio na disputa da copa do mundo de marcha, em que ele completou os 50.000m da prova em 3h58min30, ficando na vigésima sétima posição da prova que reuniu os melhores do mundo na categoria. marca também se constitui em novo recorde brasileiro - o anterior pertencia desde 2003 ao catarinense Sergio Galdino, que tinha 3:58:58. Ele melhorou em seis minutos neste ano suas marcas, já que ele detinha até 2007 o melhor tempo de 4h06min56. Porém, sua melhor marca até então era 3h58min59, atingidos em 2003 em Porto Alegre.

Ele disputou os Jogos Olímpicos de Atenas nesta mesma prova e fechou o percurso na 40ª posição com o tempo de 4h20min43. Nos Jogos pan-americanos do Rio, aconteceu a maior decepção de sua carreira, ao ser desclassificado por tirar os dois pés do chão durante a prova. Nesta mesma prova, ele foi prata no Pan de Santo Domingo 2003.

Aos 28 anos, ele busca conseguir melhorar o 40º lugar conseguido em Atenas 2004 ou até mesmo superar a 14ª posição, melhor posição de um machador brasileiro na história do maior evento esportivo do mundo.
A posição obtida na copa do mundo demosntra que ele está em muito melhor forma que chegou à Atenas, quando ele sequer havia disputado a Copa do Mundo de 2004. Suas chances de superar a posição obtida em Atenas são grandes.
NOS JOGOS OLÍMPICOS

Mário José dos Santos Júnior suportou a mais de quatro horas de prova em Pequim, chegou na 41 posição entre os 48 que chegaram e os quase 60 que largaram.
O atleta não cumpriu seu objetivo inicial de melhorar a 40ª colocação em Atenas-2004.Mário manteve ritmo constante, marcando 24 minutos para cada cinco 5 km, e passou a ganhar posições a partir do quilômetro 20, quando estava em 51º lugar. "Matei uns 50 dragões para terminar a prova", disse o brasileiro, que se revelou contente com o resultado obtido em Pequim.

O melhor da melhor prova


Quem viu o Troféu Maria Lenk, disputado no último mês no Rio de Janeiro, com certeza não esquecerá da prova dos 100m peito, em que quatro atletas brasileiros conseguiram o índice A para a participação em Pequim, feito inédito na história da natação brasileira.

E quem foi o melhor dos quatro foi Henrique Barbosa, principal peitista brasileiro e que representará nossa seleção no revezamento 4x100m medley, candidato à medalha em Pequim e que será analisado melhor pelo blog nas próximas semanas.

Henrique iniciou o ano sendo dono do recorde sul-americano da prova com 1min01s56, feitos no Troféu Maria Lenk de 2007, marca que já o garantiu em Pequim 2008. Quando saiu das piscinas naquela ocasião, achava que já estava classificado para Pequim, já que não era esperado que quatro atletas chegassem a difícil marca de 1min01s57 estipuladas para disputar a prova nas olimpíadas. Enganado estava ele e a prova evoluiu de uma maneira no país que ele teve que nadar para 1min00s79 nas eliminatórias dos 100m peito no Troféu Maria Lenk de 2008 para garantir seu lugar na delegação brasileira. A marca obtida lhe rende a 13ª posição no ranking da prova deste ano, o que o faz ser um dos favoritos a ser um dos 16 semi finalistas da prova.

Sua evolução é clara. No Pan do Rio, ele ficou na quarta posição com o tempo de 1min01s83. No sul-americano de 2008, em março deste ano, ele fez a marca de 1min01s44, batendo o recorde sul-americano da prova. Depois, nova melhora no Troféu Maria Lenk e a marca que o faz estar entre os melhores do mundo na prova.
Ele ainda se mostrou muito veloz nas provas dos 50m, em que ele tem o tempo de 28s10, que o coloca entre os 20 melhores do mundo também nesta prova, que não é olímpica.

Para fazermos uma comparação com os tempos do mundial de 2007, o tempo de 1min01s69 foi a marca do último classificado para as semi finais. Para ficar com uma vaga entre os oito melhores, foi necessário fazer 1min01s11. Porém, com a onda dos novos maiôs que melhoram em 2% os tempos, aliados com a frequente melhora de tempos quando o assunto é Jogos Olímpicos, é capaz que uma final olímpica tenha participação de oito nadadores com tempos abaixo de 1min, o que até seis anos atrás nunca havia acontecido para nenhum atleta. Com isso, 1min00s80 deve dar uma vaga nas semi finais , o que faz com que se, nadar para seu melhor tempo, a classificação de Henrique para as semi finais seja obtida. Uma final, já é mais complicado, precisando melhorar mais de meio segundo. Para medalhar, precisa de muito...cerca de 1s5.
Atualização Henrique conseguiu um excelente tempo de 1min01s04 na final do Torneio Golden Bear Swim Meet em Zagreg na Croácia, mostrando que em Pequim estará no auge de sua forma.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Henrique acabou com 1min01s11 sua prova dos 100m peito, sem ter melhorado sua marca e fora das semi finais. Terminou em 23º lugar, não conseguindo vaga nas semi finais. Se tivesse nadado para seu melhor tempo, teria uma vaga entre os 16 melhores .Não fez uma boa olimpíada.

Brasil Olímpico- Uma prestação de contas à sociedade

A ESPN Brasil fez uma espetacular programa sobre a situação política do esporte olímpico brasileiro no momento, coletando opiniões dos mais variados lados da moeda, dirigentes, ex-atletas, atletas, jornalistas sobre a atual política do Comitê Olímpico Brasileiro sob o esporte brasileiro.

Entrevistando jornalistas conceituados como Juca Kfouri, ex-atletas como Luis Lima, dirigentes como o presidente do COB Carlos Arthur Nuzman e o ministro dos esportes Orlando Silva Jr, além do presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Vital Severino Neto, o programa se tornou muito corajoso ao jogar na cara de nossos cartolas esportivos as dúbias contas das entidades brasileiras, o que fez com que Vital Severino Neto abandonasse a conversa com o reporter do programa.
Aconselho aos leitores a procurar na programação no site da emissora quando que o programa será reapresentado, pois vale a pena ser visto e revisto.

Porém, vi alguns defeitos no programa. Neste, os atletas foram esquecidos. Em nenhum momento foi citado o nome de algum integrante da delegação olímpica brasileira em Pequim. E o atleta tem que ser o centro das atenções quando o assunto é esporte e não os dirigentes.
Claro, não se pode deixar passar em branco as falcatruas de nossos cartolas brasileiros, mas que não esqueça também nossos heróis. Porque lembrar que o presidente da CBAt( Confederação brasileira de Atletismo) é o mais antigo dos manda chuvas das confederações de esportes olímpicos mas não citar nenhum dos atletas que participaram das competições nestes 20 anos de gestão de Roberto Gesta Melo?

Tudo bem, era um programa para investigar para onde vai todo o dinheiro que o Governo dá ao esporte, mas nenhum atleta ser citado em quase 2hs de programa é complicado. Espero que os competentes repórteres da ESPN Brasil façam em breve um "dossiê" se tratando apenas dos atletas brasileiros, noticiando os treinos diários de nossos esportistas que são esquecidos durante três anos e lembrados durante o período Pré Pan-americano e pré olímpico, para depois estrarem nos ostracismo novamente por um triênio.

Sandro vem surpreendendo nos 200m

Sandro Viana está cada vez mais rápido, tanto para ajudar o time do revezamento 4x100m rasos como para as provas individuais dos 100m e 200m rasos. Nos 100m, a vaga ainda não está garantida pois muitos atletas vêm fazendo o índice A mas nos 200m, o passaporte está quase confirmado, já que fez o excelente tempo de 20s32.

Sandro se credenciou a ser um possível finalista olímpico depois do tempo de 20s32 feitos na cidade de São Paulo, durante o Gran Prix. Com este tempo, o atleta que completa 31 anos este ano, conseguiria a oitava vaga na final da prova no mundial de Osaka, ano passado. Neste torneio, ele correu para 20s47 e se classificou para as quartas de finais da competição. Porém, nesta fase, correu para 20s68 e ficou na quinta posição em sua série, menos de um décimo da vaga nas semi finais.

Classificado para a disputa dos 100 m rasos no Pan do Rio, Sandro Viana preferiu se poupar para os 200 m, sua especialidade. Conseguiu um quarto lugar nas semi finais da prova , mas foi desclassificado por ter saído de sua raia. No dia seguinte, a recompensa: Sandro fechou o revezamento 4 x 100 m do Brasil, que chegou ao tricampeonato pan-americano. Com o tempo de 38s81, o quarteto nacional deixou Canadá e Estados Unidos para trás.
O atleta, que começou a correr somente aos 24 anos, disputou a final do universíade ano passado, mas ficou na oitava posição com um tempo superior a 21s.

Este ano, parecer ser o ano de Sandro. Ele melhorou seu tempo de 20s47, feitos na altitude de Cochabamaba ano passado, correndo à 700m de altitude em São Paulo em 20s32, podendo assim brigar por uma vaga entre os melhores do mundo.
Se correr o seu "normal", a classificação para as quartas de finais é praticamente garantida. Serão cerca de 80 atletas na prova e 32 vão para as quartas de finais. Para conseguir vaga dentre os 16 melhores, um tempo próximo dos 20s45 deve garantir vaga ao atleta nas semi finais. Este tempo foi batido uma vez pelo atleta, mas abaixo de 20s50 ele já correu mais de 5 vezes, o que coloca como potencial semi finalista.
Para final, terá que correr para seu melhor tempo se quiser a classificação, o que é difícil, já que, ao contrário da natação, é complicado um corredor fazer seu melhor tempo. Vide que, nos últimos Jogos Olímpicos, apenas um atleta brasileiro correu para seu melhor.

Atualização No Troféu Brasil de atletismo, ele demonstrou sua supremacia no Brasil na prova ao vencer com 20s68, apenas 0s01 a frente de Bruno Lins.

NOS JOGOS OLÍMPICOS

Sandro Viana não correu bem a prova dos 200m, mesmo tendo se classificado para as quartas de finais. Em sua primeira aparição na prova em Pequim, ficou em quarto em sua série com o tempo de 20s84 e conseguiu a classificação dentre os 32 melhores por tempo, já que apenas os três primeiros de cada série foram para a segunda rodada somados com os oito melhores tempos dos não classificados.
Na segunda fase, correu para 21s07, ficando na sétima posição em sua série e em 30º no geral. Se tivesse corrido perto dos 20s32, seu melhor tempo, teria conquistado a vaga nas semi finais e brigaria por uma vaga na final.

O revezamento que não vai

Dos seis revezamentos da natação dos Jogos Olímpicos de Pequim apenas um não tem mais chances de se classificar, o 4x200m livre feminino, exatamente o único que chegou na final olímpica em Atenas, ficando na sétima posição.

Enquanto os revezamentos masculinos garantiram vaga nas olimpíadas graças aos resultados obtidos no mundial de 2007, os femininos tiveram que fazer tomadas de tempo para conseguir ser um dos quatro melhores tempos do mundo dentre os países que não ficaram entre os 12 melhores do mundial do ano passado.

O 4x100m livre e medley do Brasil tem, hoje, o terceiro melhor tempo dentre os países ainda não classificados e muito provavelmente estarão nadando em Pequim 2008, mesmo com os tempos feitos com Rebeca Gusmão no Pan sendo excluídos da lista( O 4x100m livre não foi melhor que o Pan, 3min43s13 contra 3min42s56).

Já o 4x200m livre só irá para Pequim por um milagre. A seleção é a sétima do ranking dentre os países que não se classificaram e só irá para os Jogos Olímpicos se três seleções desistirem de disputar a prova, o que realmente é muito difícil de acontecer.

Não dá para intender o desempenho apenas razoável da equipe nas seletivas olímpicas. O país que contém quatro nadadoras capazes de nadar na casa dos 2min00 não conseguir fazer um tempo melhor que 8min13s47, feitos quando o Brasil ficou com o bronze nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro ano passado.
No Troféu Maria Lenk, Joanna Maranhão, Tatiana Lemos, Monique Ferreira e Paula Baracho ficaram um centésimo do tempo do Pan mas ainda muito, muito distante dos 8min06s32 da Polônia, atualmente último país classificado.

Nesta seletiva, a tomada de tempo foi feita no último dia pela parte da tarde, o que fez com que as nadadoras nadassem muito cansadas. Tatiana tinha nadado somente naquele dia duas vezes a prova dos 100m livre, ambas com o objetivo da marca olímpica, o que fez com que ela estivesse muito cansada e nadar apenas para 2min04s48.

Joanna Maranhão, que nadou as provas dos 200m e 400m medley 200m costas, 200m borboleta no torneio, nadou mais de 2s acima de seu melhor tempo, o mesmo acontecendo com Monique Ferreira, que ficou quase 3s acima de seu recorde sul-americano, conquistado no início do ano.

O recorde sul-americano da prova foi batido na final olímpica com o tempo de 8min05s47, que poderia ser normalmente repetido com as atletas que o Brasil tem e desta forma a equipe poderia estar em Pequim. Monique poderia nadar na casa dos 2min00s, assim como a versátil Joanna e a veloz Tatiana Lemos. Apenas Paula Baracho não tem tempos tão bons, mas se nadasse com 2min01s, o país poderia fazer os 8min06s que a classficaria para Pequim.

Esta prova pode servir de exemplo para o Brasil que possivelmente conseguirá uma final olímpica em um dos revezamentos femininos em Pequim. Caso chegue lá, não pode acontecer o mesmo que aconteceu com o 4x200m e a equipe estagnar, não conseguindo nunca mais nadar perto do tempo feito nas olimpíadas. Tem de haver continuidade!

Enquetes já feitas

Até o momento, o blog Brasil em Pequim já sete enquetes e o público parece muito otimista
A primeira perguntou "Quantas medalhas o Brasil trará em Pequim?". A pesquisa ficou durante duas semanas recebendo votos. A opção "mais de 20" ficou em primeiro lugar com 12 dos 30 votos. Em segundo ficou "de 15 à 20" com 9 votos e em terceiro empatado "5 à 10", 10 à 12" e "12 à 15" com três votos cada.Os números foram estratégicos, já que em Atenas- 2004 foram 10 medalhas, em Sydney-2000 12 e em Atlanta-1996 15.
Minha opinião - Patriotismo a parte, acredito na opção mais de 20 medalhas.

A segunda enquete perguntou" Quem será a SURPRESA da delegação brasileira? Dentre os 54 votos recebidos durante duas semanas de permanência no blog, Fabiana Murrer recebeu 12, o que significa 12%. Em segundo lugar ficou o handebol feminino com 9 votos seguido de Lais Souza da ginástica com oito votos e o basquete feminino(Que ainda não se classificou, mas deve assegurar a vaga) com seis. O revezamento masculino 4x100m medley da natação recebeu 5 votos enquanto a lutadora Debora Nunes ficou com quatro, o mesmo número do ciclista brasileiro Luciano Pagliarini(Que também não garantiu sua vaga na equipe brasileira). Com três votos ficaram André Sá e Marcelo Melo do tênis e Sarah Meneses do judô.
Minha opinião - A dupla de tênis André Sá e Marcelo Melo vai surpreender muito em Pequim e acredito também que o revezamento 4x100m medley já não será mais uma surpresa e sim uma confirmação.

A terceira pergunta foi Qual será a posição do Brasil no quadro de medalhas?Ganhou a opção "Entre os 5 primeiros" com 33% dos votos, somando 24 cliques. Em segundo ficou "Entre 10º e 15º" com 21 votos, 29%. Logo após apareceu "Entre 6º e 10º" com 15 votos, 20%. As demais opções foram pouco lembradas:"Entre 21º e 24º" recebeu 5 votos, atingindo 6% enquanto "16º(Igual à 2004)" e "52º(Mesma de 2000)" obtiveram dois votos. Por último, "Entre 17º e 20º", 25º(Igual à 1996 e 1992) e "Abaixo de 25º" com um voto cada.
Minha opinião- Entre 10º e 15º lugar. Um lugar entre os top ten acho um pouco distante ainda já que passar EUA, China, Rússia, Austrália, Alemanha, Grã Bretanha, França, Itália é muito, muito difícil. Um pouco menos difícil seria passar Japão, Coréia do Sul e Ucrânia, o que já tiraria o Brasil dos 10 melhores. Acredito na 12ª posição, na frente inclusive de Cuba.

Na quarta enquete, sobre o judô o público se mostrou ainda mais otimista. Ao ser perguntado quantas medalhas o judô trará de Pequim, a opção vencedora foi "3 medalhas" com 10 votos, 23% do total. Logo atrás veio "13 medalhas" com 9 votos, 21% do total. Para sete leitores, ou 16% dos votantes, o Brasil trará " 4 medalhas" enquanto para seis leitores o Brasil vai trazer "5 medalhas" e para outros seis serão "6 medalhas" . A opção de "nenhuma medalha" foi lembrada duas vezes enquanto "1 medalha" ou "2 medalhas" tiveram votação de apenas um leitor cada.
Minha opinião- Acredito que os três campeões mundiais que temos irão "ao menos" subir ao pódio em Pequim. Penso ainda que pelo menos uma medalha virá no feminino, acredito mais em Edinanci, mas não seria surpresa alguma se viesse com Mayra, Sarah, Érika ou Kétlin. Apostaria em quatro medalhas.

Na quinta enquete, o otimismo continuou. Ao ser perguntado quantas medalhas a natação brasileira ganhará em Pequim, a opção de 6 medalhas liderou com 21 votos, 43% do total. Na segunda posição ficou três medalhas com 9 votos, 18% do total. Uma medalha ficou em terceiro com 6 votos, 12% do total, seguido por 5 medalhas e 2 medalhas com 4 votos, 8%. 4 medalhas e nenhuma medalha tiveram 2 votos.
Minha opinião- A natação tem chances reais de oito medalhas em Pequim. Porém, acredito em ""apenas"" duas. Thiago Pereira terá os 200m e os 400m medley para tentar o pódio individual mas acredito que ele ficará na quarta posição em ambas as provas. Kaio Márcio está priorizando os 200m borboleta e tem chances de medalha, apesar de achar que ele ficará em quinto ou sexto. Poliana Okimoto é a única mulher com chances de pódio, nas maratonas aquáticas, mas creio numa quinta posição dela. César Cielo eu acredito que subirá no pódio nos 50m livre e ficará próximo nos 100m livre. Outra medalha que estou apostando é no revezamento 4x100m medley, que vem em forte evolução. O 4x200m livre acredito que ficará em quinto ou em sexto, mas com chances de pódio.

A sexta enquete foi "Depois de dois ouros no mundial do ano passado, quantas medalhas trará a Vela brasileira?. A opção vitoriosa foi "2 medalhas", com 10 dos 44 votos. Em segundo lugar ficou "3 medalhas" com oito votos, seguido por "1 medalha" com 6 votos e "5 medalhas" com dois votos. As opções 'Nenhuma" e "cinco medalhas' receberam um voto cada.
Minha opinião- Duas medalhas. Apostaria em pódio de Bimba, na RS:X e da dupla brasileira da Star Robert Sheidt e Bruno Prada. Porém, sei que a dupla feminina da 470 e a masculina da 49er brigarão pelo pódio, mas se fosse para apostar, colocaria-os na quinta ou sexta posição.

A sétima enquete foi "Quantas medalhas o atletismo trará de Pequim?" e novamente o otimismo rolou solto. Com 54% dos 46 votos votos ficou "5 medalhas". As opções "2 medalhas" e "3 medalhas" receram sete votos cada uma enquanto "uma medalha" teve 4 votos. "4 Medalhas" teve dois votos e "uma medalha" recebeu um voto.
Minha opinião- Três medalhas. Acredito que a maior chance de medalha do Brasil seja no salto em distância com Maurrem Maggi, que vem saltando muito esse ano. Outra medalha que eu acho que vai vir é no triplo masculino com Jadel. Uma terceira medalha viria no revezamento 4x100, que bateu na trave no mundial do ano passado. Acredito que outros têm chances reais de medalha, como Marilson Gomez na maratona, Fabiana Murrer no salto com vara e em alguém que a imprensa não tem olhado mas eu espero muito dele, Fabiano Peçanha nos 800m.

A oitava enquete foi a que menos tempo ficou no ar mas a que mais recebeu votos. Em apenas 8 dias, a pergunta "Quem deveria ser o porta bandeira da delegação brasileira" recebeu 182 votos. A vencedora foi Jade Barbosa, que recebeu 25% dos votos, pouco a frente de Thiago Pereira que teve 21%. O jogador de volei Giba ficou em terceiro com 11%, pouco a frente da jogadora de futebol Marta, que recebeu 10%. Com 8% ficou o ginasta Diego Hipólito, seguido pelo técnico Bernardinho, com 5%, e do mesa tenista Hugo Hoyama com 4%. A levantadora Fofão e o judoca Thiago Camilo receberam 2% dos votos, pouco à frente de Maurrem Maggi, o jogador de volei de praia Ricardo e o triplista Jadel Gregório. A opção outro teve 3% dos votos.
Minha opnião Minha opnião era que o técnico Bernardinho deveria ser o porta bandeira da seleção por tudo que ele representa para a história do esporte nacional. Primeiro, como jogador nos anos 1984, quando foi vice campeão olímpico, depois pelo que fez na seleção feminina de volei, levando o time para dois bronzes olímpicos e por último, claro, o fato de comandar o vencedor time que venceu tudo nos últimos sete anos de volei masculino.

Na enquete que ficou mais tempo no ar, cerca de 20 dias, perguntei quantas medalhas o volei de praia do Brasil ira ganhar em Pequim. A opcao Quatro, foi a mais votada com 56 votos, 39% do total. Em seguida, ficou a opcao dois, com 37 votos, uma a mais que a opcao tres. Apenas seis votos para uma medalha e sete para nenhuma
Minha opiniao: Acho que quatro medalhas e muito dificil do Brasil levar. Alem de tem que da sorte no sorteio, as duplas brasileiras ja foram melhores em outras vezes e mesmo assim nunca chegaram a quatro podio. Acredito em dois, um em cada sexo.

Keila também no triplo

Há alguns dias analisamos as chances de Keila no salto em distância, em que a atleta é grande candidata para uma final olímpica e, se melhorar alguns centímetros, chega ao pódio. Hoje, analisaremos as chances dela no salto triplo.


Ela ainda precisa confirmar sua ida para os Jogos de Pequim, fazendo o índice olímpico B, que é de 14m, neste ano. Esta marca não é um grande desafio para a atleta que já ultrapassou essa marca diversas vezes.

Ano passado, ela conseguiu chegar à final do mundial, saltando 14m40, ficando na nona posição do torneio. Além da prata no Pan, ela ainda conseguiu a incrível marca de 14m57 em um torneio em São Paulo, o que coloca ela como uma das principais candidatas a ficar entre as 10 melhores.


Este ano, ela abriu mão do triplo em diversas competições, deixando o salto em distância como prioridade. Porém, ela ainda buscará a vaga no triplo, em que suas chances são tão grandes quanto em sua prova mais famosa.

Para conseguir uma final olímpica, ela precisará saltar cerca de 14m30, marca atingida mais de cinco vezes na carreira. Este resultado, se alcançado, poderá fazê-la com que seja a primeira brasileira a chegar em duas finais na mesma olimpíada. Uma medalha, entretanto, é um sonho bastante difícil, precisando saltar 15m para chegar. No mundial do ano passado, um salto de 14m28 deu lugar a última atleta na final enquanto a marca de 15m04 deu a medalha de bronze.

A prova do triplo será disputada antes da do salto distância, o que pode fazer com que esta prova lhe dê confiança para sua competição principal. Keila terá logo no primeiro dia do atletismo as eliminatórias em que precisará saltar bem, não precisa nem ser seu melhor, para chegar na final.

Jovem baiano em ação

Com apenas 18 anos, o baiano Alan do Carmo conseguiu a vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim nas maratonas aquáticas, que terá sua primeira aparição no programa do maior evento esportivo do mundo.


A classificação veio na terceira chance de garantir vaga. Na primeira, os Jogos Pan-americanos do Rio, ele precisaria conquistar a medalha de ouro para conseguir a vaga, algo que não aconteceu. Ele ficou com uma medalha de bronze, de forma brilhante, conseguindo subir ao pódio.

Na segunda chance, o mundial de Sevilha, ele ficou na 36ª posição na prova em que apenas os 10 melhores e mais um de cada continente se classificavam. A péssima atuação foi resultado das geladas águas de Sevilha na primavera européia.

No evento teste de Pequim, que dava 10 vagas aos nadadores, ele conseguiu uma brilhante sexta posição com a marca de 1h59min13s8 e assegurou seu passaporte para China.

Além do bronze nos Jogos Pan-americanos, o baiano tem grandes resultados em etapas da copa do mundo, além do título sul-americano conquistado em São Paulo no início do ano. Na travessia internacional de Santos, primeira etapa de 2008, Allan conseguiu a medalha de bronze chegando à frente de uma série de atletas importantes, inclusive dos medalhistas pan-americanos.
No mundial de 2007, foi o melhor atleta das Américas, ficando na 17ª posição enquanto na Copa do mundo de Sevilha ficou na sexta posição.

Em Pequim, serão 25 atletas disputanto a prova e Allan não estará apenas fazendo número. Uma medalha ainda está um pouco distante ao jovem atleta, mas com certeza um lugar entre os 10 primeiros ele pode conquistar, sendo até um dos favoritos a conseguir esse resultado.

Atualização Fez uma prova regular na etapa de Setubal, Portugal, e terminou na sexta posição da prova que reuniu seis atletas olímpicos.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Alan do Carmo competiu bem, ficou sempre no primeiro pelotão e terminou a prova na 14ª posição menos de 15s atrás dos líderes.