Jornalista futebolístico

A imprensa brasileira tem brilhantes jornalistas futebolísticos. Em questão de segundos posso citar mais de dez. Na minha opnião o melhor é Juca Kfouri. Além de um brilhante intendor do assunto, é politizado e escreve muito bem, tanto em suas colunas nos jornais como seus livros.
Respeito, aplaudo e por que não dizer que é meu ídolo dentre os comentaristas de futebol.
F-U-T-E-B-O-L

É aí que entra outro problema da imprensa brasileira. Os jornalistas esportivos realmente são pouquíssimos. O maior de todos, Àlvaro José, que consegue entender da maioria dos esportes e não coloca o futebol em primeiro tempo. Ao contrário de Orlando Duarte que, é apaixonado por esportes, mas tem seu "carro-chefe" o futebol.

A coisa que mais me irrita é que na época de olimpíada e de Jogos Pan-americanos todos esses Jornalistas futebolísticos fingem entender de todos os esportes olímpicos. Flávio Prado é o primeiro a abrir a boca para reclamar da participação do Brasil em Jogos Olímpicos. Mas que moral ele tem para criticar o Robert Sheidt, como o fez nas olimpíadas de 2000 depois que o brasileiro perdeu o ouro na última regata.
Juca Kfouri me reclama em seu blog da uol da participação do Brasil no mundial do atletismo. Só pelo fato de o Brasil ter levado "apenas' uma prata. Mas ele não se deu ao menos o trabalho de ver que o Brasil chegou em oito finais, no melhor resultado da história do país em termos qualitativos.

Juca e Flavio foram meus inspiradores no futebol, minha primeira paixão esportiva. Via Cartão Verde, da TV Cultura, aos domingos e os dois me "incentivaram" de alguma forma à tentar ser jornalista na minah vida. Agora, eles só entendem de futebol em termos de esporte. Não intendem NADA de olimpíada e durante 15 dias opniam em todas as modalidades em todos os esportes.

Juca ainda comenta sobre a "política" do COB. Sempre critica o presidente atual do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, que tem uma brilhante participação na história do esporte brasileiro, jogando na seleção de volei e posteriormente dirigindo a Confederação Brasileira do esporte em que o consagrou.
Tudo bem que Nuzman não é a melhor pessoa do mundo, tem seus defeitos mas Juca criticá-lo é demais. Nuzman assumiu o poder do esporte olímpico brasileiro em 1995 e com sua política de profissionalização do esporte conseguiu levar o Brasil a 37 medalhas em três jogos Olímpicos. Conseguiu a Lei Piva, que dá cerca de R$ 40mi anualmente ao esporte além da Lei de Incentivo ao Esporte.

O Brasil necessita de jornalistas que dediquem seu tempo a esportes olímpicos, e mesmo os não olímpicos. Por que temos tantas revistas especializadas em futebol(Que, em época de Pan e olimpíadas, curiosamente viram revistas ESPORTIVAS), e não temos uma, sequer uma revista esportiva, sobre todos esportes. Claro, tem revistas especializadas em ciclismo, automobilismo, triatlo, surf...Mas nenhuma em esportes em geral. É isso que falta nas nossas bancas de jornais.

Em agosto, vamos ver os jornalistas de futebol, se mostrando entender de ciclismo, natação e atletismo. Agora, nenhum deles acompanha o dia a dia dos nosso heróis olímpicos durante quatro anos. Só querem o filé...
Mas, volto a dizer que são, em geral, grandes jornalistas de futebol, grandes pessoas e, muitas vezes, com brilhantes noções de política. Mas quanto aos esportes em geral...

Brasil perdeu a vaga no tapetão na canoagem

O Brasil não conseguiu a vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim na canoagem slalom por muito pouco. Longe da modalidade em Jogos Olímpicos desde 2000, o Brasil terá que assitir a competição pela TV.


O Brasil sediou o mundial da competição em setembro do ano passado, na primeira chance de garantir vaga olímpica.
Os resultados obtidos pelos brasileiros no Mundial de Slalom que aconteceu em Foz do Iguaçu mostra que a aposta na construção do Canal Itaipu, foi acertada. Com quatro atletas classificados às semifinais, o Brasil teve seu melhor desempenho na história. No Mundial de 2002 e 2006, o Brasil não classificou nenhum atleta às semifinais, já em 2003, Gustavo Selbach (k1) e Cássio Petry (C1) e em 2005, Cassio Petry (C1) e Felipe Santin (C1), conquistaram vaga na semi.
Esse ano, Cássio Petry e Felipe Santin repetiram o feito de 2005 e ainda melhoraram na classificação final ficando em 26 e 30, respectivamente. Além disso o Brasil comemorou classificações inéditas às semifinais no C2, com Petry e Bruno Machado (30), e no k1 feminino com Milene Wolf (30). "A evolução está acontecendo porque contamos com uma das melhores pistas do mundo para treinar.

No pré olímpico continental, o Brasil teve uma breve alegria mas o Canadá "tirou o doce" da nossa boca.

Poliana Aparecida de Paula havia terminado em terceiro lugar no K1 do Pré-Olímpico da América, atrás apenas das norte-americanas Heather Corrie e Zuzana Vanha. Porém a canadense Jessica Groeneveld alegou ter sido atrapalhada em sua descida, protestou junto à organização, o pedido foi aceito e ela teve direito a uma nova tentativa.Nesta chance, Jessica conseguiu o tempo de 2min09s14 sem sofrer punições e acabou batendo a brasileira na somatória das duas descidas do dia por apenas 3s26. Como os EUA haviam obtido a vaga olímpica no Mundial realizado em Foz do Iguaçu no ano passado, o lugar continental ficou com o Canadá.

Na versão masculina do K1, o Brasil também esteve bem próximo da vaga, mas fracassou com o nono lugar de Gustavo Selbach, com o tempo total de 3min13s50.O chileno Pablo McCandless se garantiu em Pequim, ao terminar em oitavo, com 3min09s12, atrás apenas de representantes dos EUA e do Canadá, que já tinham seus atletas garantidos.

Já nas provas de C1 e C2, ambas no masculino, as duas vagas em jogo na cidade de Charlotte ficaram com os EUA. No C1, o melhor brasileiro foi Filipi Santin de Souza, com 3min59s58, em oitavo lugar, bem distante do norte-americano Benn Fraker.Na disputa do C2, a parceria Cassio Petry e Bruno Machado terminou o Pré-Olímpico na sexta colocação, com 5min43s62. A vaga ficou com Austin Crane e Scott McCleskey, que completaram as duas descidas em 3min36s44.

Porém, o país mostra evolução e dá para crer em bons resultados no próximos mundiais e que para 2012 o Brasil belisque algumas vagas.

Do medley para os costas

Lucas Salatta era um grande especialista em medley, tanto que conseguiu inclusive vaga aos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 nos 400m medley, na qual ficou em 19º lugar. Porém, em um novo ciclo olímpico, Lucas, agora com 24 anos, disputará a prova dos 200m costas em Pequim, além de ter a vaga no revezamento 4x200m livre do Brasil.


A inexperiência foi apontada pelo coordenador-técnico da equipe, Ricardo de Moura, como principal fator que atrapalhou seu desempenho dele em Atenas. Agora, mais maduro ele já pensa numa final olímpica individual, além da medalha no revezamento.

O índice olímpico veio com a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos, quando nadou a prova em 1min59s51. Neste torneio, ele nadou também os 200m borboleta não chegando na final, além de ter conquistado o ouro nos 4x200m.
No Troféu Maria Lenk, ele venceu a prova, abaixando seu melhor tempo na prova, fazendo 1min58s81, o que o coloca como um dos possíveis finalistas da prova em Pequim. "O tempo que tenho hoje estou entre os 15 do mundo e se conseguir melhorar a marca posso ficar entre os oito"
relatou Lucas, que sonha com a final olímpica.

Ano passado, no mundial de Melbourne, o último classificado para as semi finais foi de 2min01s22 e o oitavo tempo classificado para a final foi de 1min59s52. Porém, como todos sabem os tempos da natação estão melhorando quase que mensalmente.

No quadro geral do ano passado, vendo todos os tempos do ano, o tempo feito por Lucas seria o 16º do mundo. Neste ano, já aconteceram algumas seletivas olímpicas além do fortíssimo campeonato europeu e o tempo de Lucas é o décimo quarto.

A medalha é um sonho muito distante, já que teria que nadar perto de 1min55s para brigar pela medalha. Agora, uma final olímpica não está tão distante enquanto uma semi final será uma consequencia caso ele continue melhorando seus tempos gradativamente.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Lucas Salatta não nadou nada bem, fez 1min59s91, ficou na 23ª posição dos 200m costas e ficou fora das semi finais. Caso tivesse nadado seu melhor tempo, na casa de 1min58s, teria conquistado a vaga nas semi finais e poderia até ter chance de chegar na final. Uma pena.

A gigante Priscilla

Continuando a série de especiais sobre quem não se classificou para os Jogos Olímpicos de Pequim, hoje falaremos sobre a judoca pesada Priscila Marques.

Experiente, a judoca que disputou os Jogos Olímpicos de 2000 e foi eliminada nas quartas de finais, ficou de fora das olimpíadas pela segunda vez seguida. Ela estava em situação delicada para o pan-americano de judô, últimos dos nove torneios que somaram pontos para o ranking continental que dá três vagas para as Américas no feminino em cada categoria.

Ela, bronze nos Jogos Pan-americanos de 1999 e 2007, precisava vencer o torneio e torcer para que suas principais adversárias não passassem das quartas de finais. As adversárias coloaboraram, mas ela caiu diante da porto riquenha nas quartas de finais e fechou a competição na sétima posição, distante do objetivo traçado.

Há meses, sabe-se que todas as categorias olímpicas estariam classificadas atletas brasileiros, excessão feita ao peso pesado. Priscilla se contundiu neste ciclo olímpico o que dificultou a somatória de pontos nos torneios classificatórios para as olimpíadas.

Guerreira, nunca fugiu da responsabilidade e assume, desde o Pan do Rio, que a classificação olímpica dela só viria com resultados ainda melhores do que os conquistados. Em abril, ficou com o vice campeonato no torneio de ranqueamento, mas em maio desperdiçou a última chance de chegar à Pequim.

Ela, titular absoluta da categoria desde 1998, completou seu décimo ano na seleção aos 30 anos de idade. No começo do ano conseguiu resultados regulares nas copas do mundo na Europa, mas que a garantiu como titular da seleção brasileira.
Seu principal resultado iria ser no mundial de 1999, quando vencia a disputa pelo bronze no mundial da categoria absoluto. Porém, passou mal e vomitou no tatame, tendo que abandonar a luta apesar de estar vencendo.

Priscilla é guerreira e espero que ela não abandone o esporte depois deste revés na sua brilhante carreira

Nova ideia

Antes de anunciar minha ideia, queria dizer que continuo sem o teclado com configuracoes de acentos em Portugues. Agora, farei meu primeiro texto de atletas que nao conseguiram classificacao para os Jogos de Pequim

Tive essa ideia ao ver o novato Thales Cerdeira nao conseguir o indice olimpico nos 200m peito durante o trofeu Maria Lenk, ultima chance dos nadadores conquistarem indice. Campeao sul-americano dos 100m peito na categoria juvenil, o jovem atleta ainda tem chances de chegar ao indice nos 200m medley, mas esta mais longe do que estava no peito.

Cerdeira ficou muito perto de conseguir o índice olímpico para os 200 metros peito. Ele fez 2m14s51 e ficou a apenas 82 centésimos do tempo necessário, que é de 2m13s69. A prova tera provavelmente Henrique Barbosa, que nao tem o indice na prova, mas como ira para Pequim nos 100m peito, podera nadar os 200m tambem. Thiago Pereira, campeao brasileiro, tem a marca mas preferiu abrir mao da prova.
Vou fazer um panorama geral das provas da natacao em que o Brasil nao conseguiu a classificacao para Pequim. Lembrando que restam tres dias de campeonato brasileiro e os atletas ainda buscam os indices para Pequim, entao abaixo estao as provas que ja aconteceram.
Nos 1500 livre masculino, o Brasil nao tem o tempo melhorado desde 1998, quando Luiz Lima chegou na final do mundial de Peth, na Australia. O tempo de 15min17s nao e nem ameacado pelos brasileiros, que recentemente tiveram um surpiro. O jovem Lucas Kanieski fez 15min28s73 na Copa Latina e, alem do indice para o mundial junior, fez o melhor tempo dos ultimos anos do Brasil na prova. Porem, os atletas ainda estao muito distantes do ideal, ja que o indice olimpico e 15min08. No mundial junior o Brasil tera dois atletas.

Os 800m feminino vive situacao parecida, longe de indices olimpicos. Poliana Okimoto, brasileira que esta classificada para Pequim nas maratonas aquaticas, e a campea brasileira mas nao tem tempos proximos dos 8min35s que estipula o indice olimpico. Outra maratonista brasileira, Ana Marcela Cunha, nadara o mundial junior em julho, com o tempo abaixo dos 8min53s.

Os 200m peito feminino ainda esta longe dos melhores do proprio continente. Tatiane Sakemi, especialista nos 100m peito, nao tem nem o recorde sul-americano da prova. Ela tem 2min33s17, um segundo acima do tempo da argentina gustina Digiovanni, que vigora como melhor desde 2003. O indice olimpico esta distante, e 2min28s, e oindice para o mundial junior tambem nao ficou proximo de nenhum atleta. Ao contrario dos 100m peito, a prova esta estagnada no Brasil.

Para amanha, espero nao ter que escrever nesta coluna sobre os 400m medley, tanto no masculino como no feminino, mas creio que vou ter. A ultima chance para obtencao do indice sera manha pela manha e Monique Ferreira precisa melhorar seu tempo em 2s, o mesmo acontencendo com Armando Negreiros. Alem disso, o revezamento 4x100m medley feminino tera de bater o recorde sul-americano em mais de 6s se quiser brigar pela vaga olimpica. Dificil, mas nao impossivel.
Amanha, se Deus quiser, teremos os acentos


A coluna quem nao se classificou sera diario, assim como as chances de cada um dos brasileiros em Pequim. Nao podemos esquecer de quem lutou, abriu mao de tudo, treinou bastante mas por um detalhe ficou de fora dos Jogos. Ou mesmo se nao foi por um detalhe, se ficou distante, tambem tera de ser louvado por levar nas costas sozinho uma prova ou mesmo uma modalidade.

Surpreendente nos 100m borboleta

Quando se iniciaram as disputas das eliminatorias dos 100m borboleta, todos esperavam o indice olimpico de Gabriella Silva, primeira nadadora do Brasil a conseguir nadar abaixo do um minuto na prova. Mas, quem surpreendeu e conseguiu o indice primeiro foi Deynara de Paula, que bateu por alguns segundos o recorde sul-americano da prova.

Ela, que perdeu na serie seguinte o recorde para Gabriella, nadou a prova em 59s30, cinco centesimos mais rapido do que o indice estipulado pela Federacao Internacional de Natacao e atingiu a marca para Pequim.

No dia seguinte, ela conseguiu nadar a final novamente a baixo do um minuto mas nao melhorou seu tempo, marcando 59s81. Ainda no Trofeu Maria Lenk, ela nadou a prova dos 50m borboleta e novamente fez a melhor marca do continente, mas teve seu recorde quebrado minutos depois por Gabrielle. A marca de 27s03 foi quase um segundo melhor do que seu antigo melhor tempo, mostrando que para o Maria Lenk ela veio com tudo

Aos 18 anos, ela surpreendeu o Brasil ao conseguir a vaga e comemorou bastante. Quando confirmou os 59s30 no placar eletrônico, Daynara começou a gritar de felicidade. "Não acredito, não acredito", repetia. O recorde obtido pela nadadora paulista, no entanto, durou pouco.

Ano passado, ela perdeu a vaga nos Jogos Pan-americanos para Daiene Dias, na prova dos 100m borboleta. Ela tinha 1min01s83, tempo pior que o de Daiane que tinha um tempo mais de meio segundo melhor. Na final, nadou para cima de 1min02s e ficou sem a vaga no Pan.

Para Pequim, entretanto, ela tem que melhorar seu tempo. Apesar de, apenas no Trofeu Maria Lenk, ter melhorado mais de um segundo sua marca, ela ainda precisa abaixar seu tempo para buscar uma vaga nas semi finais da prova. No mundial de 2007, a decima sexta vaga fez o tempo de 1min00s50, um segundo acima do tempo atual de Deynara. Porem, os tempos estao melhorando muito e, para se ter uma nocao, este ano 33 atletas ja fizeram abaixo do tempo da brasileira.

Potencial, a jovem atleta tem. Agora resta fazer uma otima preparacao para Pequim, em busca de la melhorar seu tempo, nadando abaixo de 59s. Com este tempo, brigara por um lugar entre as 16 melhores.
O problema vai ser manter esse ritmo ate Pequim, ja que toda sua preparacao foi feita para o Trofeu Maria Lenk e nao para os Jogos de Pequim.

Peco a compreensao de todos por nao ter colocado acentos nas palavras, pois estou num computador nao configurado com a lingua portuguesa.
Na etapa de Roma do circuito Mare Nostrum, ela conseguiu o melhor tempo da carreira ao marcar 59s20 e ficar com a prata no importante torneio europeu
(Atualizado em 10 de junho)
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Deynara de Paula não nadou para seu melhor e fez 59s45 e foi desclassificada da prova. Ficou na 34ª posição do geral, 0s25 acima de seu melhor tempo.

Jovem revelação do Brasil

A nadadora brasileira Ana Marcela Cunha conseguiu, aos 15 anos, a vaga olímpica para a prova dos 10km das maratonas aquáticas. Ela ficou na décima colocação no campeonato mundial de Sevilha, semana passada, e assegurou a última das vagas destribuídas neste torneio.

" Ainda não caiu a ficha! Treinei tanto, planejei tanto...mas a prova foi boa. Em maratonas aquáticas é normal o contato físico, na chegada levei uma pernada na boca e abriu um pouco o lábio. Mas está tudo bem. Faz parte – brincou a atleta que levou na batida de mão a décima posição e quase perdeu a vaga.

Ana é a segunda atleta da seleção faz dois anos e vem disputando competições internacionais importantes e desde então vem mostrando forte evolução. Venceu astravessias do Forte e de Ilhéus, mostrando realmente ser a segunda melhor atleta do país, atrás apenas de Poliana Okimoto.

Em âmbitos internacionais, ela disputou os Jogos Pan-americanos do Rio, ano passado,em que chegou na sétima colocação e o mundial de Desportos Aquáticos, no qual fechou a prova em 26º lugar. No sul-americano, ficou em segundo atrás da experiente chilena kristel Kobrich . Entretanto, no mundial em que conseguiu a vaga olímpica, Marcela ficou bem à frente da adversária.

Com 14 anos, ela disputou o mundial de 2006, ficou boa parte da prova entre as três primeiras colocadas e fechou em décimo primeiro. Até os Jogos Olímpicos, ela disputará o mundial junior, na prova dos 800m de piscina, no mês de julho.

A nadadora, tem tudo para ficar entre as 10 melhores nos Jogos Olímpicos de Pequim. Com ela, nadará 24 atletas, e Ana vem evoluindo cada vez e, se conseguir acompanhar sua comaptriota Poliana Okimoto, poderá brigar pelos primeiros lugares. A medalha é um sonho distante para a jovem atletas, mas um lugar entre as 10 primeiras é altamente possível.

Atualização Num evento que reuniu 8 das 25 atletas olímpicas na prova, em Setubal Portugal, Ana Marcella venceu a prova que contou com a campeã mundial.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Com 16 anos, a brasileira disputou os Jogos Olímpicos como gente grande, sempre nadando no primeiro pelotão, mas um pouco mais atrás. Em uma prova estratégica, ela esteve sempre entre as 12 primeiras, mas nunca entre as oito.
Nos últimos 2km, entretanto, ela assumiu o risco e foi para cima das líderes, assumindo a terceira posição ao lado de outras quatro atletas, entre elas a brasileira Poliana Okimoto. Quando estava em terceiro, tentou ultrapassar as líderes e assimir a ponta, mas foi fechada pelas nadadoras britânicas.Nisso, ela se desconcentrou, perdeu o vácuo das adversárias e ficou um pouco para trás, chegando na importantíssima quinta posição cerca de cinco segundos da medalha.

Por que a palavra "Apenas"?

Na participação olímpica de todos os países, existem os que se destacam entre os primeiros colocados de suas categorias, os que vão no pelotão mediano e os que ficam mais atrás. O Brasil, claro, não é diferente e em diversos esportes os brasileiros viajam para os Jogos Olímpicos em busca de não ficar entre os últimos colocados.

Porém, a imprensa brasileira não percebe isso. Minha maior indignação é com a palavra "apenas', usada em todos os telejornais, jornais escritos, internet, rádio e se bobear até em telegrama. O jornalista informa que, por um exemplo, o vencedor da prova do ciclismo montain bike foi o francês "fulano de tal", a prata foi para o alemão "ciclano" e o bronze ficou com o inglês "beutrano". O brasileiro "José Silva" ficou APENAS na 33ª posição.

POR QUE, eu pergunto infinitas vezes POR QUE usar a palavra APENAS? Só pelo fato dele não ter conseguido a medalha ou nem ter chegado perto disso? Nessas horas, todos esquecem que ele lutou muito, superou a falta de investimento no esporte do Brasil, trocou sua família por treinos diários e chegou numa honrosa 33ª colocação entre 50 atletas. E o jornalista, que nunca ouviu falar dele e tem que fingir que sabe quem o ciclista é, faz uma cara de decepcionado como se estivesse pensando " É, o Brasil sempre atrás dos Europeus".
Ah,faça- me o favor

Usei o exemplo do montain bike, com a 33ª posição entre 50 atletas porque foi o que aconteceu nos Jogos Olímpicos de Atenas quando o brasileiro Evandro Cruz chegou nesta posição na prova. Fiquei indignado pois ninguém disse, em nenhuma das TVs, que o brasileiro já tinha desistido dos Jogos e só se classificou para as Olimpíadas depois da abertura, pois abriu uma vaga entre os classificados para a prova.
Para ele, que teve a decepção de ficar fora dos Jogos e ganhou a vaga aos 47 do segundo tempo, ter disputado a competição e ficado em 33º não deve ter nada de "apenas".
Aliás, qualquer atleta brasileiro, excessão feita ao futebol masculino, não deve ser tratado com a palavra "apenas".

Outra controvérsia da imprensa brasileira acontece principalmente na natação. Quando atletas brasileiros competem no Brasil e são top de linha, exemplo de César Cielo, Kaio Márcio e Thiago Pereira, as notícias das vitórias deles nos campeonatos brasileiros são sempre assim: Fulano vence a prova dos 200m livre MAS NÃO BATE RECORDE.
Até aí tudo bem, a expectativa é sempre que eles melhorem.
Agora, quando um brasileiro que não consegue chegar as finais em olimpíadas e mundias mas ainda sim bate o recorde sul-americano a notícia é assim: Fulano está eliminado da prova dos 200m livre. Ao invés de seguir o que fazem com os top de linha: "Fulano não se classifica mas ainda sim bate recorde sul-americano". Essa última nunca foi noticiada pela imprensa. Nunca

A imprensa brasileira, até mesmo os canais esportivos especialiazados, não dão valor para os atletas que não chegam às finais enquanto o público brasileiro vangloria apenas os medalhistas, excluindo até mesmo os que chegaram perto do pódio.

Por isso, para Pequim vou tentar contar o número de vezes que a palavra "apenas" é citada injustamente na imprensa brasileira. Com certeza, o número vai ser parecido com o números de atletas do Brasil que não chegarem entre os primeiros colocados.
Absurdo!

Chance real de medalha no mar

A nadadora Poliana Okimoto chegará em Pequim como uma das possíveis medalhistas na prova dos 10km das maratonas aquáticas, estreante em Jogos Olímpicos. Oriunda das piscinas, a atleta encontrou nos mares a possibilidade de brilhar na olimpíada. A vaga veio no último final de semana com a sexta posição na Maratona Aquática de Sevilha, que dava vaga aos Jogos para as 10 primeiras classificadas.


Seu primeiro grande resultado na prova foi o vice campeonato no mundial de maratonas aquáticas, disputado em Nápoles em 2006. Ela ficou com a prata tanto nos 5km, prova não olímpica, como nos 10km.

Em 2007, terminou em terceiro no ranking mundial da prova, que reune os resultados conquistados no circuito internacional. Venceu as provas de Shantou e Hong Kong além do quarto lugar no México, a prova que fechou a temporada e envolveu todos os grandes nomes da categoria. Conseguiu a medalha de bronze na Espanha

Nos Jogos Pan-americanos, a confiança pela medalha de ouro era grande, por isso até a prova foi programada para ser a primeira à entregar medalhas no evento, para o Brasil sentir o gostinho de ficar em primeiro no quadro de medalhas. Porém, o vice campeonato, perdendo apenas para a americana Chloe Sutton.

No mundial de Desportes Aquáticos, em Melbourne, ela ficou em oitavo lugar, porém apenas oito segundo atrás da vencedora, o que a coloca como uma das favoritas à subir no pódio em Pequim.
A prova de maratonas sempre poderá trazer uma surpresa, já que depende muito do dia do atleta e do fôlego que terá nos metros finais, quando realmente a prova é decidida. Poucos segundos separam as 10 primeiras colocadas nas principais provas.

Um lugar entre as 10 primeiras é muito provável, uma briga pelo pódio muito dentro do alcance de Poliana mas a medalha não está tão perto. Ela não estaria entre as três favoritas da prova, mas com certeza seu nome é lembrado entre as 6 do mundo.

Amanhã, as chances de Ana Marcela Cunha.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Poliana Okimoto fez uma prova estratégica muito boa em Pequim, sempre entre as 10 primeiras mas nunca liderando a prova, desta forma sempre no vácuo das atletas.
Nos últimos 2km, assumiu a terceira posição junto com outras três nadadoras, sempre no pé das duas primeiras colocadas. No último km, quando parecia que ela iria dar o último sprint para a medalha, ela, ao lado da outra brasileira na prova Ana Marcela Cunha, deixaram a atleta russa ultrapássa-la e assim perder o vácuo que tinha desde o início da prova.
Esse único erro de estratégia tirou a chance da medalha da Poliana, que no fim terminou na sétima posição, menos de 6s atrás das medalhistas.
"Foi a melhor prova da minha vida"- resumiu Poliana, que era uma das cotadas para medalha.

O mais experiente da seleção

O boxe brasileiro decepcionou no último ciclo olímpico. Conquistou apenas dois bronzes nos Jogos Pan-americanos de 2003 e levou só cinco pugilistas para Atenas, quando conquistou apenas uma vitória. Agora, em um novo ciclo olímpico, o esporte passou perto de uma medalha no mundial de 2005 com Washington Silva, levou oito medalhas no Pan do Rio e classificou seis pugilistas para Pequim, o mesmo número de Sydney 2000.

Os resultados obtidos deixa a esperança de algumas vitórias, sempre dependendo do sorteio, já que o boxe é na base do mata-mata sem repescagem. Washington Silva e Myke Carvalho estiveram em Atenas, perderam na primeira luta, e agora, mais experientes, são os principais lutadores da equipe. Um total de seis vitórias seria um resultado espetacular em comparação com as últimas edições, em que o país conseguiu somente duas vitórias, em 2000, e uma em 2004. O sonho de repetir Daniel Bispo, que chegou até as quartas de finais em Atlanta, é real mas o sonho de repetir a única medalha do boxe, de Servílio de Oliveira em 1968, é muito distante.
O pugilista Myke Carvalho chegará em Pequim como o mais rodado dos brasileiros que se classificaram no boxe, ao lado de Washington Silva. Aos 25 anos, ele disputará em agosto sua segunda olimpíada na categoria até 64kg.

Em Atenas, foi eliminado pelo porto-riquenho Alexander de Jesus, por 39 a 24. "Fiquei deslumbrado com a quantidade de pessoas, o tamanho daquilo tudo. Subi no ringue e minhas pernas não paravam de tremer", confessou depois de ser eliminado na primeira rodada por um pugilista que ele sabia que podia vencer.


Myke tem a chance de melhorar sua história olímpica em Pequim. No Pré-Olímpico da Guatemala, Myke teve bom começo e chegou invicto ao combate contra o dominicano Manuel Diaz, que lhe tomou um lugar na final. O brasileiro vencia o combate, mas foi penalizado por segurar o rival no segundo final. Na repescagem, Myke não desanimou e derrotou o argentino Gumersindo Carrasco por 3-2 para ficar com a medalha de bronze e a sexta vaga do país para a China.

No primeiro pré olímpico, em Trinidad Tobago, caiu diante do americano Javier Molina , uma das promessas do boxe americano. No mundial da categoria, ano passado, ele venceu a primeira luta diante do holandês John Roovers por 26x8, mas caiu na fase seguinte contra o húngaro Giulya Kate. Seu melhor mundial foi em 2005, quando venceu na estréia um atleta de Hong Kong por nocaute e passou na segunda fase pelo dinamarquês Farhan Abdulla por 27x12 até perder para azerbaijano Maharramov Emili por 29x18.


Em 2006,venceu o forte torneio na Venezuela e no mesmo ano conseguiu talvez sua maior vitória na carreira. Myke Carvalho venceu por pontos o cubano Carlos Banteur, que na época tinha mais de 200 lutas. Foi campeão mundial juvenil em 2004 e medalha de prata da Copa do Mundo de Adultos 2005.

No Pan do Rio, ano passado, foi medalha de bronze mas ficou bem próximo da final, quando perdeu para o americano Karl Dargan nas semi finais por um ponto.
No torneio de boxe da Romênia, em junho, Myke conseguiu duas boas vitórias e ficou com a medalha de bronze ao ser vencido nas semifinais por 22:12 por Aleksander Ivanov, da Rússia.

Para Pequim, as chances de medalhas são reduzidas. Mas, ao lembrar de algumas vitórias nos últimos anos, pode-se esperar algo além de uma vitória. Com ajuda do sorteio, pode sonhar com uma vaga nas quartas de finais(são 28 pugilistas na categoria) e ali ninguém é favorito contra ninguém. Sua experiência pode colocá-lo como um candidato a surpreender em Pequim. Não para medalha, mas para um excelente resultado.
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NOS JOGOS OLÍMPICOS
Myke deu sorte no sorteio, caiu contra um lutador das Ilhas Maurício na primeira rodada, mas não lutou bem e, talvez, tenha sido a única decepção do boxe nacional em Pequim.
A luta foi equilibrada desde o início, sempre com muita movimentação. Apesar de começar perdendo, Myke conseguiu equilibrar o combate e se alternou na frente do placar. Colin fechou o primeiro assalto com 6 a 5 em seu favor. Com a guarda baixa na maior parte do tempo, Myke permitiu que o rival abrisse distância na segunda parcial, terminada em 8 a 6, e na terceira, com 13 a 8. Apesar de expressar reação no quarto e último round, o brasileiro se precipitou e não conseguiu ficar à frente no placar, encerrado em 15 a 11 pelo adversário.

Everton tenta surpreender, como fez no Pan

Everton Lopes conseguiu a classificação para os Jogos Olímpicos de Pequim na categoria até 60kg com a vitória no pré olímpico das Américas na Guatemala. Depois de cair nas semi finais da categoria até 60kg na primeira chance, em Trinidad Tobago, quando caiu diante do cubano Yordanis Ugas, campeão mundial de 2005, ele conseguiu a vaga na segunda oportunidade.

Sem dar chances aos rivais, ele ganhou quatro lutas no Pré-Olímpico da Guatemala para carimbar o passaporte. Na estréia, Lopes superou o costa-riquenho Carlos Sanchez por 26 a 8. Na seqüência, ele passou pelo dominicano Ricardo Garcia (14 a 3) e pelo venezuelano Jesus Cuadro (8 a 2).
Everton foi um dos dois brasileiros nos Jogos Pan-americanos de 2007, que chegaram na final do Jogos Pan-americanos. O algoz na decisão foi justamente Ugas, que o venceu sem dificuldades. No ano passado, disputou o mundial da categoria mas perdeu na primeira rodada, apesar de fazer uma luta parelha com o mongol Uranchimeg Erdene.

Na tradicional Copa Independência, no início do ano, ficou com a medalha de ouro ao derrotar por 11:4 o dominicano Jonathan Batista. Teve um grande resultado no mundial junior de 2006, quando chegou até as quartas de finais.
Para Pequim, sua categoria terá 28 atletas. De der sorte no sorteio, consegue vitórias na chave. Ele venceu dois atletas que conseguiram vaga pelas Américas durante o pré olímpico. Se enfrentar boxeadores europeus ou cubanos, complica. Caso contrário, conseguirá vitórias.
Torneio Internacional de Boxe Golden Belt, na Romênia, o atleta ficou com a medalha de bronze depois de duas boas vitórias e derrota nas semi finais para o russo Vladimir Sarukhanyan por 33:20.
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NOS JOGOS OLÍMPICOS
Everton Lopez fez uma polêmica luta contra o lutador do Quirquistão Asylbek Talasbaev e acabou eliminado no primeiro combate, por 9x7.
O adversário do brasileiro abriu 2x1 no primeiro round e terminou vencendo por 6x2 o segundo dos quatro assaltos. A partir daí, Talasbaev passou a fugir do combate, claramente abrindo mão de lutar para manter sua vantagem. O boxe, ao contrário do judô, demora muito para punir o atleta que foge da luta, o que fez com que o brasileiro ficassem sem chances de reverter o placar. No fim 9x7. Dava para ganhar.