Chance real de medalha no mar

A nadadora Poliana Okimoto chegará em Pequim como uma das possíveis medalhistas na prova dos 10km das maratonas aquáticas, estreante em Jogos Olímpicos. Oriunda das piscinas, a atleta encontrou nos mares a possibilidade de brilhar na olimpíada. A vaga veio no último final de semana com a sexta posição na Maratona Aquática de Sevilha, que dava vaga aos Jogos para as 10 primeiras classificadas.


Seu primeiro grande resultado na prova foi o vice campeonato no mundial de maratonas aquáticas, disputado em Nápoles em 2006. Ela ficou com a prata tanto nos 5km, prova não olímpica, como nos 10km.

Em 2007, terminou em terceiro no ranking mundial da prova, que reune os resultados conquistados no circuito internacional. Venceu as provas de Shantou e Hong Kong além do quarto lugar no México, a prova que fechou a temporada e envolveu todos os grandes nomes da categoria. Conseguiu a medalha de bronze na Espanha

Nos Jogos Pan-americanos, a confiança pela medalha de ouro era grande, por isso até a prova foi programada para ser a primeira à entregar medalhas no evento, para o Brasil sentir o gostinho de ficar em primeiro no quadro de medalhas. Porém, o vice campeonato, perdendo apenas para a americana Chloe Sutton.

No mundial de Desportes Aquáticos, em Melbourne, ela ficou em oitavo lugar, porém apenas oito segundo atrás da vencedora, o que a coloca como uma das favoritas à subir no pódio em Pequim.
A prova de maratonas sempre poderá trazer uma surpresa, já que depende muito do dia do atleta e do fôlego que terá nos metros finais, quando realmente a prova é decidida. Poucos segundos separam as 10 primeiras colocadas nas principais provas.

Um lugar entre as 10 primeiras é muito provável, uma briga pelo pódio muito dentro do alcance de Poliana mas a medalha não está tão perto. Ela não estaria entre as três favoritas da prova, mas com certeza seu nome é lembrado entre as 6 do mundo.

Amanhã, as chances de Ana Marcela Cunha.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Poliana Okimoto fez uma prova estratégica muito boa em Pequim, sempre entre as 10 primeiras mas nunca liderando a prova, desta forma sempre no vácuo das atletas.
Nos últimos 2km, assumiu a terceira posição junto com outras três nadadoras, sempre no pé das duas primeiras colocadas. No último km, quando parecia que ela iria dar o último sprint para a medalha, ela, ao lado da outra brasileira na prova Ana Marcela Cunha, deixaram a atleta russa ultrapássa-la e assim perder o vácuo que tinha desde o início da prova.
Esse único erro de estratégia tirou a chance da medalha da Poliana, que no fim terminou na sétima posição, menos de 6s atrás das medalhistas.
"Foi a melhor prova da minha vida"- resumiu Poliana, que era uma das cotadas para medalha.

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