Mesmo com ano ruim, brasileiros conseguem vaga


A disputa pela segunda vaga brasileira no volei de praia masculino para os Jogos Olimpicos de Atenas foi acirradissima e no fim que se deu melhor foi a dupla formada por Fabio Luiz e Marcio, que se manteram na frente dos adversarios apesar de nao terem tido uma boa temporada de 2008.

A dupla atua junta no circuito mundial desde 2005, quando formaram uma das melhores equipes do mundo e foram campeoes mundiais. Naquele ano, venceram tres etapas do circuito mundial e acabaram como uma das melhores duplas do planeta. 2006 venceram quatro etapas, terminando em segundo lugar e 2007 tiveram um ano regular e terminaram em setimo lugar. Em 2008, porem, estiveram muito perto de perder a vaga para outra dupla brasileira, Pedro e Harley.

A vaga foi confirmada no Aberto de Marselha, ha duas semanas, ao vencerem os compatriotas Pedro Solberg e Harley, na semifinal por 2x0. Foram cinco encontros entre as duas equipes pelo mundial, e Márcio e Fábio Luiz tinham vencido apenas na decisão da medalha de bronze do Aberto de Espinho, no ano passado. Só neste ano tinham sido duas derrotas: uma em Xangai e outra em Barcelona.
Um dia após obter a classificação olímpica em disputa acirrada com Pedro Solberg/Harley, a dupla brasileira garantiu o ouro da etapa de Marselha do Circuito Mundial de vôlei de praia com uma vitória convincente sobre os chineses Xu e Wu por 2 sets a 0 (duplo 21-16).

O triunfo em Marselha pode significar o recomeço de um time que vinha em péssima fase ao longo da temporada. Até agora, Márcio e Fábio Luiz não haviam subido ao pódio nenhuma vez no Circuito Mundial e só haviam conquistado um bronze no Nacional, em fevereiro, na etapa de Florianópolis. Desde então, acumularam uma sucessão de falhas e viram sua chance de chegar a Pequim cada vez mais ameaçada pelos emergentes Pedro e Harley. A tão sonhada vaga, porém, veio no último sábado, justamente com uma vitória sobre os rivais compatriotas nas semifinais na França.

Coincidentemente, enquanto Márcio e Fábio iniciam uma breve ascensão, Harley e Solberg experimentam uma leve queda. Neste domingo, os brasileiros levaram uma virada dos desconhecidos alemães Matysik e Uhmann na disputa pelo bronze, perderam por 2 sets a 1 (16-21, 21-17 e 16-14) e ficaram fora do pódio francês.

A dupla Márcio e Fábio Luiz, ficou no grupo D das Olimpíadas e enfrentará a dupla russa Barsouk/Kolodinsky (parceria do Brasil venceu quatro de sete jogos), a austríaca Doppler/Gartmayer (seis vitórias e uma derrota de Márcio e Fábio Luiz) e a italiana Lione/Amore.
Se a dupla ficar em primeiro ou segundo lugar, se classifica automaticamente para a proxima fase. Se for terceira colocada, se classifica diretamente para as oitavas de finais caso fiquem entre os dois melhores terceiros colocados dos seis grupos. Se forem os piores terceiros, disputam uma especie de repescagem para ver quem sao os dois outros terceiros colocados para completar os 16 das oitavas de finais.

Supresa nos 200m rasos


Continuando aqui do Canada e sem acentos na Lingua Portuguesa, vou falar das chances da unica brasileira que ira disputar a prova dos 200m em Pequim, Ewelyn Carolina. Ela nao fez o melhor tempo do Brasil na temporada, mas fez o indice B e garantiu a vaga nas olimpiadas por ter ganho o Trofeu Brasil, no ultimo mes de junho.

O tempo da brasileira foi de 23s08, dois centesimos pior que o feito por Wanda Gomez em Bogota, no mes de maio. Porem, como nenhuma das duas atletas atingiram o indice A, quem ficaria com a vaga seria quem vencesse o Trofeu Brasil, e essa honra coube a Ewelyn, que nos ultimos metros ultrapassou a veterana atleta brasileira Rosemar Coelho Neto, que tambem queria a vaga.

A velocista tem a corrida no sangue, herança dos pais Nelsinho Santos e Sheila de Oliveira, ex-velocistas que defenderam o Brasil em Jogos Olímpicos e campeonatos mundiais.
“Evelyn promete dar o seu máximo em Pequim, buscando um bom tempo, na casa de 22s50, que poderia levá-la a uma semifinal”, disse o pai. Promessa da nova geração do atletismo, a velocista, de 23 anos, sofreu um baque na carreira em 2005. No final daquele ano, passou por uma cirurgia no joelho esquerdo e perdeu 80% da cartilagem na região.

Se correr mesmo para o tempo de 22s50, ela batera o recorde sul-americano que pertence desde 1999 a Lucimar Moura, que fez 22s60 naquele ano.
Serao cerca de 60 atletas na prova e as 32 melhores passam para as quartas de finais. Ano passado, a ultima das 32 classificadas fez 23s96, mas acredito que essa marca sera de 23s30 nas olimpiadas, ja que o mundial alem de ser uma competicao menos importante contou com apenas 45 atletas. Uma classificacao para a segunda rodada e bem provavel para ela.
Agora, chegar as semi finais ja e um pouco mais complicado. Ano passado, no mundial, o ultimo dos 16 tempos foi de 23s03, o que obriga Ewelyn a fazer sua melhor marca se quiser seguir na competicao. Uma final seria maravilhoso, mas muito dificil, principalmente pelo fato de 6 dos oito lugares estarem praticamente garantidos, com tres atletas dos EUA e tres da Jamaica.

NOS JOGOS OLÍMPICOS
Ewelyn não conseguiu chegar perto de seu melhor tempo mas conseguiu passar da primeira fase mesmo sem ter ficado entre os três primeiros colocados na série. Ela foi um dos oito melhores tempos entre as não classificados, e foi para as quartas de finais, que reuniu as 32 melhores.
Lá, fez 23s35, ficou em sexto lugar na sua série e ficou 23º no geral. Se fizesse perto dos 23s, seu melhor tempo, iria para as semi finais.

Principal chance de ouro...Mas pode ser oitavo


Comecando minha ultima semana no Canada, vou embora quarta que vem, vou falar, ainda sem acentos na Lingua Portuguesa, sobre as chances do nadador Cesar Cielo na prova dos 50m livre, a mais rapida da natacao e provavelmente a mais imprevisivel.

Cesar apareceu para o mundo da velocidade aquatica quando marcou 22s45 no torneio Pan-Pacifico de 2006, um tempo muito bom, principalmente pelo fato do Brasil ter perdido seu principal velocista, Fernando Scherer, que se aposentou.
Porem, foi em 2007 que Cesar despontou como um grande candidato ao podio olimpico. O tempo que fez para ficar com a medalha de ouro nos 50m livre dos Jogos Pan-americanos, 21s84, foi o quarto melhor do ano passado e ficou como recorde sul-americano ate mes passado, quando Cesar nadou em Atlanta para 21s75.
No mundial do ano passado, Cesar disputou a final da prova e ficou na sexta posicao, porem bem perto do podio.
No comeco do ano, nadando pela sua universidade nos EUA, quebrou todos os recordes em piscinas de 25 jardas, sendo o melhor da historia do mundo nestas provas.

Esse ano, porem, o velocista viu seus principais rivais melhorando seus tempos, batendo diversas vezes o recorde mundial. Ate o momento, o brasileiro tem o oitavo melhor tempo da temporada, mas podemos dizer que e o sexto melhor dos classificados para os Jogos Olimpicos, ja que temos tres franceses e tres americanos a sua frente.
Uma classificacao para as semi finais, entre os 16 melhores, so nao vira se uma catastrofe acontecer. Cesar vem nadando constantemente na casa dos 22s baixo e algumas vezes baixou os 22s, tempos que lhe colocam com certeza entre os semi finalistas da prova.
Para a final, Cesar tambem deve se classificar. Com essa loucura de melhoras constantes de tempo da natacao, acredito que para estar na final, os nadadores terao de baixar dos 22s ou ate mesmo de 21s90.

Agora, na final, com oito competidores e apenas 50m de prova tudo pode acontecer. Talvez eu seja um pouco patriota demais, mas acredito numa medalha para ele. Pode ser ate de ouro...O que acho mais complicado, mas nada impossivel, pelo contrario, o mais possivel dos ouros da natacao brasileira.

NOS JOGOS OLÍMPICOS
QUE PROVA! QUE OLIMPÍADA! Pouquíssimos comentários especiais para se fazer sobre a brilhante atuação de ouro do brasileiro Cesar Cielo, que nadou apenas 0s02 do recorde mundial e ficou com a primeira posição na prova mais rápida da natação.
Ele passou para as semi finais com o segundo melhor tempo, tendo ficado com o recorde olímpico durante alguns minutos, já que na série seguinte teve seu 21s47 superado em um centésimo.
Nas semi finais, se classificou com o melhor tempo, desta vez com o recorde olímpico permanente.
Na final, nadou na melhor raia e liderando desde o início, venceu com 0s15 de vantagem sobre o medalha de prata, o que mostra que sua superioridade foi muito, muito grande. Venceu com 21s28 e se tornou o primeiro brasileiro campeão olímpico da natação!

Dupla favorita ao bi nas areias


A dupla brasileira de volei de praia Ricardo e Emanuel chegarao a Pequim como favoritos para conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olimpicos, repetindo o feito de quatro anos atras, em Atenas. Ainda sem acentos da Lingua Portuguesa, ja que estou no Canada, hoje vou analisar as reais chances da dupla brasileira.

Em cinco anos jogando juntos, eles conquistaram o Circuito Mundial cinco vezes, além de três títulos do Circuito Brasileiro. Porém, o título mais importante da dupla veio em 2004, nas Olimpíadas de Atenas. Com uma campanha perfeita (sete vitórias em sete jogos, com apenas três sets perdidos), Ricardo e Emanuel quebraram a sina brasileira e faturaram a medalha de ouro.

A dupla tupiniquim fechou o ranking mundial que classificou as 24 duplas para os Jogos Olimpicos levando em conta os resultados nos ultimos 12 meses na segunda posicao, atras dos americanos Rogers e Dalhauser.
Esse ano, a dupla coleciona os titulos nas etapas do circuito mundial de Berlim e da Polonia, o que o coloca como lideres do ranking de 2008. Eles ainda conquistaram o bronze em Praga alem da quarta posicao na Italia. Regularmente chegao ao podio nas competicoes importantes e conquistaram o bronze no mundial do ano passado, competicao que mais veleu pontos para o ranking mundial. O titulo, que eles conquistaram em 2003, escapou nas semi finais, quando perderam para Rogers-Dalhausser por 19-17 no terceiro set.

A pedra no sapato deles realmente sao os americanos, que pouco disputam o circuito mundial e por isso muitas vezes nao aparecem bem nos rankings mundiais.
A dupla esta junta desde 2002 e desda la ja conquistaram 29 etapas do circuito mundial, uma media de mais de quatro campeonatos por ano.

Um dos integrantes da dupla, Emanuel, ira disputar sua quarta olimpiada, em quatro em que o esporte apareceu no programa oficial. Emanuel decepcionou em 1996, caindo logo na primeira rodada, e em 2000 quando perdeu nas oitavas de finais. Em 2004, ao lado de Ricardo, saiu vencedor.
Ja Ricardo, e considerado o melhor jogador do planeta. Um gigante no ataque e no bloqueio, ira disputar sua terceira olimpiada depois de ser prata em 2000, ao lado de Ze Marco, e do ouro em 2004. Em 2000, conseguiu subir ao podio em 11 das 13 competicoes que disputou, mas perdeu a mais importante, a final olimpica para Blenton e Fonoimoana.

Eleito o melhor bloqueador do mundo em 2002 e melhor atacante em 2005 e 2006, Ricardo já ultrapassou a marca de 40 títulos em etapas do Circuito Mundial. A primeira medalha de ouro em Pan-Americanos veio justamente diante da torcida, em 2007, no Rio de Janeiro.

NOS JOGOS OLÍMPICOS
Os campeões olímpicos Ricardo e Emanuel fizeram sua estréia na competição contra os angolanos Fernandes e Morais e a vitória veio sem grandes dificuldades.O frágil time de Angola teve dificuldades com os ataques de Emanuel e, sem forçar o ritmo, os brasileiros abriram facilmente vantagem de dez pontos. Com um erro de ataque da dupla angolana, Ricardo e Emanuel fecharam a primeira parcial com uma folga ainda maior: 21 a 8.No segundo set, os angolanos conseguiram deixar o jogo um pouco mais equilibrado. No início da parcial, o placar marcava 4 a 4. No entanto, com uma série de bons saques, Emanuel abriu novamente uma boa vantagem para os brasileiros: 10 a 4.O panorama não mudou no restante do set. Apesar da desconcentração momentânea da dupla brasileira, os saques de Emanuel foram decisivos para a conquista do triunfo. Ricardo e Emanuel encerraram a primeira batalha rumo à medalha de ouro por 21 a 13.

Briga boa no salto em distancia


A CBAt, Confederacao brasileira de Atletismo, divulgou hoje a lista dos 45 convocados para os Jogos de pequim e alem dos revezamentos ainda faltava decidir a vaga do salto em distancia, em que dois atletas haviam chegado ao indice B e nenhum deles havia ganho o Trofeu Brasil de atletismo.
A vaga brasileira no salto em distancia ficou com Mauro Vinicius da silva, que fez duas vezes esse ano o indice B da prova, conseguindo melhores resultados que Erivaldo Ferreira, que saltou 8m05. Ja Mauro saltou 8m10 no ultimo fim de semana ao vencer o meeting da Italia, conseguindo assim seu recorde pessoal e garantindo de vez seu lugar na equipe brasileira. O indice B era de 8m05 enquanto a marca A era 8m20.

O salto em distancia voltar a ter um especialista na prova, ja que em 2004 o unico atleta brasileiro foi Jadel Gregorio, um dos melhores do mundo no salto triplo, mas que nao consegue resultados tao expressivos nesta categoria. Ele saltou 7m50m e ficou longe da final. Ne decade de 1990, tivemos Nelson Ferreira jr, que conseguiu marcas importantes e chegou a ser cotado para medalha em 1996, quando a revista Sport Illustred o colocou com terceiro colocado na prova. Ele, porem, decepcionou, assim como em Sydney, nao chegando ate a final.

A briga pela vaga brasileira no salto em distancia foi boa. Alem de Erivaldo, tinhamos tambem Rogerio Bispo na briga pela vaga. Ele, que disputou o Pan do ano passado mas nao foi bem, saltou 8m01 esse ano ficando muito proximo do indice. Ele saltou 8m17 ano passado e 8m21 em 2006, mas nao conseguiu a marca esse ano, ficando assim de fora das olimpiadas.

A marca de 8m10 feita por Mauro Vinicius o coloca como um postulante a final. Ano passado, no campeonato mundial de Osaka, o ultimo dos doze classificados para a final saltou 7m99, o que coloca o brasileiro como um possivel finalista. Esse ano, cerca de 20 atletas ja atingiram essa marca, o que mostra que a prova sera equilibrada.
Cerca de 40 atletas vao participar e todos terao tres tentativas para ficar entre os 12 melhores.

NOS JOGOS OLÍMPICOS

Mauro Vinícius saltou longe de seu melhor e não conquistou a vaga para a final do torneio. Prejudicado por ter queimado o primeiro salto, ele fez uma marca regular de 7m75 no segundo e acabou por queimar o terceiro, terminando na 25ª dentre os 41 atletas participantes da prova.
A marca dos 8m, alcançada duas vezes por Mauro em 2008, o colocaria na final, já que o último dos 12 classificados ficou com 7m94.
Ficou devendo...

Poucos falam, mas e chance real de medalha


Aqui do Canada, vo continuar as postagens sobre as chances de cada um dos brasileiros em cada uma das provas que serao disputadas em Pequim. Ainda sem acentos na Lingua Portuguesa, vou falar de uma chance real de medalha mas que poucos vem comentando, o revezamento 4x100m medley masculino da natacao.

O time sera formado por Kaio Marcio, no borboleta, Henrique Barbosa, no peito, Guilherme Guido, nos costas, e Cesar Cielo no craw, podendo ainda contar com reservas de fortissimo nivel para nadar as eliminatorias, como Gabriel Mangabeira e Thiago Pereira.
O tempo feito pelos brasileiros nos Jogos Pan-americanos do ano passado, 3min35s81 foi o quinto melhor de 2007 e foi obtido por Thiago Pereira, no costas, Kaio Marcio, borboleta, Henrique Barbosa, no peito, e Cesar Cielo no crawl.

Esse tempo, que e recorde sul-americano, pode ser melhorado e muito para Pequim. Nas olimpiadas, Guilherme Guido sera o primeiro a cair na agua ja que o revezamento e aberto com o nado de costas. No tempo do revezamento do Pan, Thiago Pereira nadou a prova para 56s25. O recorde sul-americano dos 100m costas, feito recentemente por Guido e de 54s32. Se Guido nadar para seu melhor, ja serao dois segundos ganhos em relacao ao tempo do Pan.

O segundo a cair na agua sera Kaio Marcio. Dono do oitavo melhor tempo de 2007 com 51s99, ele tem tudo para melhorar os 52s06 feitos na final do revezamento nos Jogos Pan-americanos. Isso porque, num revezamento, o atleta costuma ganhar entre seis e sete decimos ja que tem a saida livre. Kaio tem reais condicoes para nadar proximo dos 51s00 no revezamento, o que faria com que o time ganhasse mais um segundo em relacao ao tempo do Pan.

O terceiro a cair sera Henrique Barbosa. Ele que nadou para 1min00s79 esse ano, tempo que lhe deu o recorde sul-americano da prova, fez 1min00s52 no tempo do revezamento do Pan. Se nadar para seu melhor, conseguira fazer perto de 1min00s00, melhorando em cerca de meio segundo o tempo do revezamento do Pan.

A arma do Brasil sera o nado crawl. Cesar Cielo e um dos principais nomes da velocidade atual e nadou no Pan do ano passado para incriveis 47s80. Esse ano, bateu o recorde sul-americano da prova com 48s34. A parte do craw e a mais dificil de ser melhorada em relacao ao Pan, ja que Cesar nunca baixou de 48s. Porem, tudo pode se esperar dele!

Claro que tudo o que coloquei acima sao hipoteses. Mas e a unica forma de analisar o revezamento que se fizer seu melhor nadara perto dos 3min33s00, que acredito daria uma medalha ao Brasil. Esse ano, o tempo da Russia de 3min34s25 e o melhor. Mas poucas selecoes disputaram provas importantes neste revezamento.
Acredito que o ouro nao escapa dos EUA, que tem quatro nadadores que deverao ganhar medalhas nas provas individuais. Agora da prata ate o oitavo colocado sera uma briga intensa. Australia, Japao, Franca, Russia, Canada e Croacia tem chances reais de medalha.

Tentando colocar o patriotismo de lado e analisando friamente os tempos da prova, colocaria o Brasil como medalha de bronze da prova. Mas realmente muito complicada a analise.

NOS JOGOS OLÍMPICOS
Meu Deus que decepção. Tudo bem que Cesar Cielo tenha aberto mão de disputar as eliminatórias da prova, mas mesmo sem ele poderíamos conquistar a classificação, sem muitas dificuldades.
Porém, Guilherme Guido voltou a não nadar bem os 100m costas, assim como nosso nadador de peito. No borboleta, Káio Márcio não conseguiu recuperar e o Brasil fechou com 3min38s, três segundos acima do recorde sul-americano e na 13ª posição no geral. Uma decepção e uma chance de medalha jogada fora graças a má atuação dos atletas que não fizeram seu melhor nos Jogos Olímpicos. Uma pena.

E o obvio aconteceu...Mas podia nao acontecer


Desde setembro de 2007, quando o Brasil perdeu de virada um jogo que esteve em suas maos por tres quartos contra Argentina pelas semi finais do Torneio Pre Olimpico das Americas, que dava aos dois finalistas a vaga direta para Pequim, muito se falou do time de basquete masculino do Brasil...Mas na verdade pouco se fez.

O tecnico demorou para ser escolhido, somente em janeiro deste ano. Foram tres meses jogados fora. Assim que o tecnico foi escolhido, muito se falou novamente, se e melhor tecnico estrangeiro ou brasileiro, mas novamente pouco se fez...O Brasil nao fez nenhum amistoso, a Confederacao nao se esforcou para garantir a presenca dos principais jogadores do pais do Torneio Pre Olimpico de julho...E deu no que deu.

Pouco tempo antes do torneio, o time perdeu Nene, machucado. Leandrinho quis abrir mao do pre olimpico e ate hoje ninguem sabe porque. Varejao tambem nao foi...Mais da metade do time titular fora...Se com eles iria ser dificil, sem eles complicou ainda mais!

E novamente a confederacao pouco fez. Marcou dois amistosos contra a Venezuela, time que sequer se classificou para o pre olimpico mundial, dentro do Maracanazinho, com torcida e juiz a favor...Nada a ve com o pre olimpico mundial em que enfrentariamos as melhores selecoes do mundo.
Unica coisa boa da preparacao foi ter disputado o torneio com Croacia, Australia e Grecia dias antes do pre olimpico. O time se mostrou bem apesar das derrotas para os ja classificados australianos e para os grandes favoritos a uma das vagas, os gregos. Por incrivel que parece, vencemos a Croacia. E quem ficou com uma das vagas no pre olimpico? Exatamente a Croacia, que bateu os alemaes na semi final deste sabado.

Mesmo com todos esses contrapontos a vaga poderia ter vindo se tivessimos mais sorte no sorteio. Alem de enfrentarmos logo na primeira fase os donos da casa e que tem um timaco, pegamos nas quartas de finais os alemaes que, se tudo ocorrer dentro do esperado, consiguira uam vaga amanha na disputa do terceiro lugar do torneio.
Se tivessemos em outra chave, poderiamos jogar com a Croacia, como fez o Canada que jogou pifiamente na primeira fase, suando para ganhar da Croacia e perdendo para Eslovenia. Contra a Croacia nas quartas de finais, as coisas poderiam ser diferentes, assim como foram no torneio preparatorio para o pre olimpico...Mas o SE nao joga e o Brasil deu azar no sorteio, ficando de fora da terceira olimpiada seguida.

O tecnico Moncho e culpado? Nao, fez o que pode e com os jogadores que tinha nao poderia ter ido mais longe com o sorteio tao desfavoravel.
Os jogadores? Tambem nao. Aqui do Canada, percebi que eles se esforcaram muito, mas a tecnica nao e grande o bastante para batermos os melhores do mundo. Faltou Leandrinho, Nene e Varejao.
Marcelinho Machado? O unico tri campeao pan-americano do basquete brasileiro errou muito no jogo contra a Alemanha. Mas com certeza nao e o unico culpado como muitos estao falando...Ele tem seu credito na selecao, mas ja esta na hora de se aposentar.
A confederacao? COM CERTEZA...Depois do fracasso no mundial de 2006( Mais uma vez com sorteio dos grupos desfavoravel, vale lembrar) poderia ja ter demitido o tecnico Lula, que estava na selecao ha anos e colecionava desavencas com jogadores, e assim Moncho teria mais tempo para testar a equipe. Nao fez isso. O time perdeu o pre olimpico e o SENHOR GREGO, nao liberou o nome do novo tecnico ate o fim do ano, nao marcou amistosos, nao faz nada...Fora Grego!

FORA GREGO!

Quebrando tabu de 16 anos


O tiro com arco brasileiro voltara a fazer parte dos Jogos Olimpicos depois de tres olimpiadas de ausencia. O grande heroi da conquista foi Luiz Gustavo Trainin, que garantiu a vaga ao ficar com o bronze na Copa do Mundo de El Salvador, ano passado.

O nome dele, porem, so foi confirmado recentemente pela Confederacao Brasileira de Tiro com Arco, que ainda estava em busca em quem convocar. O grande nome do esporte no Brasil no momento e Leonardo Lacerda, um dos recordistas de medalha em Jogos Sul-americanos e que vem conseguindo resultados razoaveis em nivel mundial. Porem, a Confederacao optou por levar Luiz Gustavo.Com todos os meritos por sinal, ja que quem conseguiu a vaga foi ele.

Luiz Gustavo, entretanto, nao tem grandes resultados internacionais. No ranking mundial e o terceiro melhor brasileiro, atras de Leonardo Lacerda, numero 150, e Marcos Bortolotto, 162. O classificado para Pequim e o numero 164 do mundo, gracas aos pontos conquistados no pan-americano da Venezuela disputado semana passada, em que ficou em sexto, e pela posicao obtida no festival olimpico do ano passado quando garantiu a vaga.

Ele se interessou pelo esporte aos 14 anos, depois de ver um recorte de jornal, mas acabou deixando o sonho de lado para trabalhar.
Aos poucos, porém, juntou dinheiro e comprou o equipamento necessário para começar a treinar. Biólogo, ele dedicou os últimos meses para se aprimorar no clube gaúcho da Sogipa, de maneira a ser o dono da vaga que ele mesmo conquistou.

A prova individual do tiro com arco tera 64 atletas e tera uma disputa extra oficial um dia antes da abertura. Os 64 atletas farao uma sessao de tiros para definir o emparceramento para a competicao que e disputada em mata-mata.
E importante para o brasileiro conquistar uma boa posicao e fugir dos principais candidatos ao podio na primeira rodada. Melhor ainda seria se ele conseguisse ficar entre os 32 melhores e, desta forma, poder enfrentar um atleta na teoria pior que ele, o que facilitaria sua vida para passar para segunda fase.

NOS JOGOS OLÍMPICOS
Gustavo Trainini não passou de uma 61ª posição entre os 64 atletas no qualificatório do esporte.
Com apenas 304 e 306 flechas em suas duas sessões não conseguiu uma boa colocação, atrapalhando assim suas chances de seguir na competição, já que enfrentou na próxima fase um dos favoritos ao ouro.
Diante de Kyung- Mo Park, o brasileiro não fez seu melhor e acertou apenas 99 dos 120 pontos possíveis. Depois da prova, disse que ser normal é 112 ou 113, e que assim saíria feliz da prova. O sul-coreano foi bem melhor, fez 116 pontos e se classificou para a próxima fase.

O futuro da velocidade no Brasil


O revezamento 4x100m rasos feminino do Brasil ira disputar sua segunda olimpiada consecutiva e tentara chegar a final depois da nona posicao obtida em Atenas 2004.
Vale lembrar que permaneco no Canada, sem a possibilidade de usar a acentuacao propria da Lingua Portuguesa.

No mundial juvenil de atletismo, disputado semana passada, o revezamento brasileiro acabou com a medalha de bronze. O time foi formado por Rosângela Santos, Bárbara Leôncio, Bárbara de Oliveira e Luana Corrêa.
Destas, Rosangela Santos e o principal destaque e que fara parte do quarteto brasileiro em Pequim. Ela ficou em quarto lugar no campeonato mundial juvenil e correu esse ano algumas vezes abaixo do Indice B olimpico. So nao correra a prova individual pelo fato de Lucimar Aparecida ter feito o indice A ano passado e um indice B esse ano. Na minha opiniao, Rosangela vive melhor fase.

O resto da equipe, alem de Lucimar e Rosangela, deve ser Evelyn Carolina, que sera a representante brasileira nos 200m rasos, e Rosemar Coelho Neto.

O time sera definido no proximo dia 20, mas acredito que o quarteto que disputar a prova tera muito sucesso em Pequim. No ranking que definiu os 16 classificados para os Jogos de Pequim, o Brasil ficou na decima terceira posicao. Porem, muito em conta da falta de competicoes disputadas, ja que temos poucas chances de marcar um bom tempo.

No Gran Prix de Uberlandia com o bom tempo de 43s46, perto do recorde brasileiro e sul-americano que e de 42s97. O time tem potencial para bater esse recorde e tem tudo para conseguir uma final olimpica. Uma medalha ja e mais complicado ja que EUA e Jamaica estao nao um, mas alguns passos a frente que as adversarias. Dai, o bronze ficaria aberto para outras selecoes. O Brasil seria uma surpresa enorme, mas ainda imaginavel.
Porem, no mundial do ano passado o time ficou na ultima posicao, com o tempo de 44s64 e nos Jogos Pan-americanos, o time ficou longe do podio. O time ainda pode melhorar seu tempo de entrada, ja que vai disputar um campeonato na Colombia neste fim de semana, mas o foco sao os Jogos Olimpicos e uma posicao entre os oito melhores.