O revezamento que mais evoluiu

O Brasil está muito, muito perto de conseguir a vaga olímpica para o revezamento 4x100m medley feminino, o único que esteve de fora na última edição do evento, em Atenas. A provável vaga veio com o íncrivel tempo de 4min04s88 conseguidos no último Troféu Maria Lenk, garantindo assim o recorde sul-americano da competição.


A equipe esteve muito próxima de ficar de fora de Pequim depois do tempo de 4min09s conseguido nos Jogos Pan-americanos foi cancelado devido ao dopping de Rebeca Gusmão. Este tempo colocava o Brasil em quinto lugar dentre os países que não haviam conseguido se classificar durante o mundial. Os 12 melhores do campeonato garantiram vaga e as outras quatro equipes seriam a de melhor tempo nos anos de 2007 e 2008. No momento, o Brasil tem o terceiro tempo dentre os não classificados ainda e faltam apenas 8 dias para a definição das vagas.

O tempo marcado por Fabíola Molina, nos costas, Gabriella Silva, no borboleta, Tatiane Sakemi, no peito, e Tatiana Lemos, no livre, é o quinto melhor do mundo neste ano, o que credencia o time para uma final olímpica. A evolução do ano passado para este se mostrou em todos os estilos, mas principalmente no peito e borboleta, os mais deficientes até então.

Tatiane Sakemi fez uma parcial incrível de 1min10s87 na passagem de peito do revezamento, o que seria parecido com seu recorde brasileiro obtido no mesmo torneio com 1min11s20. Como em cada prova de revezamento um atleta ganha até 0s7 por ter a saída "livre", esse tempo poderia ser um pouco melhor, fazendo com que o Brasil consiga a sonhada final. Porém, não podemos reclamar na brasileira que até outro dia não nadava na casa de 1min11 baixo. Se melhorar um pouquinho será perfeito. Vale lembrar que apesar da imensa melhora, o nado ainda é o mais deficiente da natação brasileira, visto que o melhor tempo de Tatiane é apenas o 140º do mundo no ano.

No borboleta, a maior evolução Gabriella Silva entrou neste ano sem nunca ter baixado de 1 minuto em sua prova dos 100m borboleta. Já nadou abaixo de 59s duas vezes em provas individuais e fez 58s14 na passagem do revezamento que praticamente garantiu a vaga brasileira em Pequim. O tempo ainda pode ser um pouco melhor, já que ela fez 57s90 na passagem do revezamento de seu clube no Maria Lenk. O nado borboleta, antes deficiente, é a principal arma brasileira para pegar uma final olímpica.

No nado costas, a experiente Fabíola Molina abrirá o revezamento brasileiro e terá de fazer sua melhor marca. Seu recorde sul-americano é de 1min01s40 e sua abertura de revezamento fpo de 1min01S85. Caso consiga baixar seu recorde na abertura do revezamento, levará o Brasil há uma brilhante posição para o segundo estilo da prova.

No livre, Tatiana Lemos conseguiu o recorde sul-americano da prova com 55s34 no último Maria Lenk, e na passagem do revezamento passou com 54s72. Ainda pode melhorar um pouco para os Jogos Olímpicos, podendo bater o recorde sul-americano na prova individual e consiga até nadar para 54 baixo no revezamento. Se isso acontecer, poderá levar o Brasil para a final.

Tentando ser o mais realista possível, o Brasil pode melhorar até 3s seu tempo de classificação e assim deve garantir sua vaga na final. Para se ter uma noção, no mundial do ano passado, a oitava vaga para final veio com o tempo de 4min05s85 . Vendo as constantes melhoras dos tempos da natação, é possível que a final olímpica venha com tempo perto dos 4min. O Brasil tem chances reais de final, o que seria histórico...Vamos esperar que nossas meninas consigam melhorar seus tempos e o Brasil consiga nadar perto dos 4 minutos. Todas as meninas bateram seus recordes neste ano e por isso o Brasil está no páreo.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
A final olímpica ficou muito, muito próxima. Com o tempo de 4min02s61, a equipe bateu o recorde sul-americano da prova e fechou na décima posição no geral.
O revezamento nadou com Fabíola Molina (1min00s71), Tatiane Sakemi (1min10s42), Gabriella Silva (56s97) e Tatiana Lemos (54s51). A melhor deste revezamento de longe foi Gabriella, que também foi a única nadadora brasileira a disputar uma final individual. A nadadora teve como tempo de reação -0s02. Um pouco mais veloz sua saída e o revezamento seria desclassificado.

Hudson vai à Pequim e CBAt não divulga

O meio fundista brasileiro Hudson de Souza, bi campeão pan-americano e veterano de duas olimpíadas nos 1500m, conseguiu o índice olímpico para a prova de sua especialiadade no último fim de semana, dia 13, na Suiça e a Confederação Brasileira de Atletismo sequer noticiou o feito em seu site ou na tabela de "atletas com índices".


Hudson conseguiu a marca A estipulada para os Jogos Olímpicos no ano passado, quando ficou com a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos do Rio fazendo a distância em 3min36s33, apenas 0s09 abaixo da marca mínima para Pequim. Com o resultado, ele precisaria apenas fazer o índice B esse ano para conseguir a vaga.
A confirmação de sua ida para Pequim veio nas eliminatórias do meeting de Huelva, quando ele ficou na quinta posição com o tempo de 3min36s89.

Hudson irá disputar sua terceira olimpíada. Depois do bronze nos 800m rasos no Pan de Winnipeg, em 1999, ele conseguiu a vaga para os 1500m nos Jogos Olímpicos de Sydney, em que acabou eliminado nas semi finais, depois de passar pelas eliminatórias.
Em 2001, o meio fundista bateu o recorde sul-americano da prova que pertencia a Joaquim Cruz, correndo a prova em 3min33s99 em Zagreb. Depois do triunfante pan-americano de 2003, quando ficou com ouro tanto nos 1500m quanto nos 5000m(prova em que sequer sabia que ia disputar antes de viajar para Santo Domingo), foi aos Jogos Olímpicos de Atenas e também caiu uma fase antes da final, na prova dos 1500m.
Em 2005, Hudson bateu novamente o recorde sul-americano da prova com o tempo de 3min33s25. Porém, o atleta nunca conseguiu repetir essa marca em campeonatos mundiais, em que disputou as últimas quatro edições sem nunca ter chegado na final.


Hudson é um dos mais regulares atletas da seleção de atletismo do Brasil. Constantemente consegue tempos bons em sua especialidade, marcando anualmente desde 2000 um tempo inferior ou na casa dos 3min36s, marca que é o índice A para campeonatos mundiais e Jogos Olímpicos.
Porém, falta-lhe resultados mundiais. Ele tem quatro medalhas pan-americanas e já foi campeão ibero-americano uma fez. Porém, nunca foi para às finais de campeonatos mundiais nem olimpíadas. Está na hora...

No mundial do ano passado, um tempo de 3min43s colocou o último dos 12 classificados para a final da prova, o que faz com que Hudson seja um dos postulantes para uma vaga na final, já que constantemente faz marcas na casa de 3min36s.

A medalha não é algo impossível. Virá se o atleta conseguir se manter, numa hipotética final, no primeiro bloco dos competidores e conseguir um sprint final excelente. Uma prova de 1500m é muito nivelada e depende muito do rítmo que os atletas irão tomar na prova.
Acredito fielmente que ele finalmente consiguirá uma vaga na final. A medalha pode ser um sonho...Possível, mas um sonho!

Atualização Se mostrando muito constante, Hudson venceu a prova dos 1500m do Troféu Brasil de Atletismo com o tempo de 3min38s49 fazendo novamente o índice B e finalmente colocado pela CBAt como classificado para Pequim.

Ele ainda ficou com a medalha de bronze no Meeting de Rethymo, na Grecia, com o tempo de 3min38s45. Com essa constancia, podera ser um grande candidato a final olimpica.

JOGOS OLÍMPICOS

Com um azar tremendo, Hudson Souza ficou fora das semi finais da prova dos 1500m rasos. A prova classificava os cinco primeiros de cada uma das quatro séries e mais os quatro melhores tempos dentre os não classificados.
Correndo firme, sempre no primeiro pelotão de sua série, ficou em sétimo dentre os 13 atletas de sua prova, com a marca de 3min37s06. Acabou sendo o primeiro dentre os não classificados, fazendo o quinto tempo. Pior ainda, foi o fato de uma das séries ter classificado os cinco atletas com o tempo de 3min42s.

Mesmo com índice B, Henrique tem chances

O experiente Henrique Barbosa deverá nadar a prova dos 200m peito nos Jogos Olímpicos de Pequim mesmo sem ter conquistado o índice olímpico A para a disputa. Como ele conseguiu o índice na prova dos 100m peito(que já foi analisada pelo blog), ele poderá disputar os 200m com o índice B, que ele conquistou inúmeras vezes nos últimos anos.

Thiago Pereira foi o único a conseguir a marca para essa prova mas decidiu não nadar para dar prioridade aos 200m e 400m medley. Um nadador só pode disputar pelo Brasil uma prova em que não tem índice A caso tenha este índice em outra prova ou se classificou para os Jogos em algum revezamento.

Os 100m peito acontecerá no primeiro dia de eventos de natação, prolongando as semi finais e finais até a manhã do terceiro dia. No dia seguinte pela tarde haverá os 200m peito, o que faz com que seja provável a presença de Henrique na prova, principalmente para se preparar para a prova que tem mais chance de medalhas, o revezamento 4x100m medley do Brasil, que acontece no último dia da natação.

Na verdade, Henrique fez a marca para Pequim também nos 200m peito, mas não em um campeonato que a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos marcou como uma seletiva. No dia 6 de junho, ele venceu o Gran Prix de Omaha, nos EUA, com a marca de 2min12s56, melhorando inclusive o antigo recorde sul-americano que pertencia a Thiago Pereira.
Essa marca é mais de um segundo melhor que a obtida por Henrique quando ficou com a prata nos Jogos Pan-americanos do ano passado, quando marcou 2min13s83.

Se Henrique nadar essa prova "a sério", caso ele realmente dispute-a em Pequim, ele tem chances reais de uma semi final. Atualmente, o tempo obtido nos EUA é o 19º do ano, com cinco australianos, quatro russos e quatro sul-africanos à sua frente, o que faz com que ele "pule" no ranking, já que apenas dois atletas por país irão nadar esta prova.

Com a evolução da natação mundial, aliado com as melhoras de marcas devido aos maiôs e com a frequente melhora de tempos da natação em anos olímpicos, provavelmente um tempo superior a 2min12s00 desclassifique o atleta logo nas eliminatórias. Então, Henrique terá que baixar no mínimo meio segundo se quiser nadar as semi finais da prova. Para uma final, o tempo deve ser inferior a 2min10, o que já é muito longe para um especialista nos 100m peito.
Atualização Henrique venceu os 200m peito no Golden Bear Swim Meet em Zagreg na Croácia, com o tempo de 2min13s65, mostrando que o nível continua ótimo e que está no caminho certo.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Henrique, assim como nos 100m peito, não melhorou sua marca e ficou distante de uma semi final. Ele nadou para 2min12s99, perto do seu melhor, mas somente conseguiria a classificação se fizesse abaixo de sua melhor marca. No geral, ficou 30º lugar.

Melhorando cada vez mais

O brasileiro Murilo Fischer garantiu vaga nessa semana em sua terceira olimpíada na prova de resistência na estrada. O Brasil garantiu duas vagas na prova, uma a menos que em Atenas 2004, e ainda garantiu um dos atletas, provavelmente o próprio Fisher, na prova contra relógio.


Depois de realizar o sonho de disputar uma Oimpíada em Sydney-2000, quando ficou no 89º lugar, Fischer melhorou seu desempenho em Atenas. Ele completou a prova na 62ª colocação, a 8min51 do vencedor. Para Pequim, ele espera ao menos melhorar a posição obtida em Atenas. Serão cerca de 120 ciclistas na prova.

Seu maior título foi o campeonato mundial B, em 2003, que garantiu a ele a vaga para os Jogos de Atenas. Ele não disputou os jogos pan-americanos do ano passado pois deu preferência para a volta da França, em que conseguiu bons resultados como a terceira posição na 11ª etapa da prova. No fim, o ciclista que treina na Itália desde 2002 ficou na 137ª posição.
O parceiro do brasileiro na prova, Luciano Pagliarini, já deu declarações que poderá abrir mão de fazer sua prova para ajudar o companheiro de time na Itália conquistar o pódio. "Este circuito não é adequado às minhas características de ir ao sprint. É melhor para o Murilo, então eu já me ponho à disposição para deixá-lo na melhor situação possível" afirmou Luciano, que terá suas chances avaliadas pelo blog posteriormente.

Murilo tem em seu currículo algumas boas vitórias em etapas de grandes competições. Em 2007, venceu uma das etapas da volta da Polônia e em 2005 obteve triunfo na volta do Qatar e a vitória no Giro de Piemonte. Apesar do pódio estar muito distante, tudo pode acontecer numa prova de mais de 5hs com a presença de inúmeros atletas.
O real objetivo é conseguir melhorar a participação de 2004, quando ficou em 62º. Conseguir uma posição melhor que a 20ª posição obtida por Cássio Paiva em 1988 seria um sonho, fazendo com que conseguisse o melhor resultado da história da estrada brasileira.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Murilo Fischer fez uma participação brilhante no ciclismo estrada dos Jogos Olímpicos de Pequim. Num percurso muito forte, com subidas dificílimas, ele conseguiu se manter entre os primeiros colocados nas mais de 6h de provas, ficando na 20ª posição empatando o melhor resultado do ciclismo estrada nacional. Parabéns.

Revezamento brigará por pódio em Pequim

O revezamento 4x200m livre masculino se classificou ano passado para os Jogos Olímpicos de Pequim pelo fato de ter ficado entre os 12 melhores no mundial de Melbourne. O time cravou o tempo de 7min20s00, batendo o recorde sul-americano da prova e ficando em 11º lugar com o time composto por Thiago Pereira, Rodrigo Castro, Nicolas Oliveira e Armando Negreiros.

Porém, a marca obtida na medalha de ouro dos Jogos Pan-americanos do ano passado, 7min12s27, deixou o time otimista quanto a um excelente resultado em Pequim. O time foi o mesmo do mundial, apenas trocando Armando Negreiros por Lucas Salatta, especialista nos costas mas que fez uma parcial brilhante de 1min47s63. Melhor que ele, apenas o fechamento de Nicholas que nadou para 1min46s63 no que seria tranqüilamente um recorde sul-americano dos 200m livre caso fosse uma prova individual.
Caso os dois atletas consigam repetir esta parcial numa final olímpica e os outros dois integrantes da seleção consigam nadar para um tempo um pouco melhor que seus recordes, a seleção brigará por uma medalha. No Pan, Rodrigo Castro nadou o revezamento para 1min49s38, quase 1s acima de sua melhor marca. Vale lembrar que num revezamento, o atleta ganha até 0s7 pelo tempo de reação. Desta forma, podemos confiar numa marca de 1min47s para o melhor nadador da prova no Brasil.

Thiago Pereira abriu o revezamento para 1min48s63, 0s13 acima de seu melhor tempo. Confiando que estará em sua melhor forma em Pequim, apostamos em 1min47s também de Thiago, fazendo com que o Brasil tenha chances de fazer 7min08s, que o colocaria na briga pela medalha.

Ano passado, o tempo do Pan do Brasil foi o quinto melhor do ano, atrás dos quase imbatíveis americanos, além dos canadenses, australianos e britânicos, que podem ser batidos em Pequim, mesmo com muita, mas muita dificuldade. Este ano, com o campeonato europeu já disputado, apenas Itália e Rússia fizeram marca melhor que o do Brasil de 2007.

A final olímpica é realmente muito provável para o time que tem um tempo muito competitivo. Estando na final, tudo pode acontecer. EUA e Austrália estão realmente um passo a frente, mas a medalha de bronze é algo possível, apesar de improvável. Para mim, o mais difícil é Nicholas Oliveira repetir o tempo “espírita” que fez no Pan. Lucas, Thiago e Rodrigo têm grandes chances de melhorar suas marcas.
Vamos esperar para ver o que este quarteto irá fazer...

NOS JOGOS OLÍMPICOS
Uma decepção do tamanho do Brasil o resultado do Brasil. Para começar, Thiago Pereira abriu mão de nadar as eliminatórias para fazer parte dos 200m peito, disputado no mesmo dia, o que já tiraria um pouco das chances dos brasileiros de uma final.
Com Philip Morrison no time, a equipe teve um desempenho muito ruim, principalmente com o fechamento de Lucas Salatta, que fechou para 1min52. Uma vergonha. Uma marca pior que o recorde sul-americano já daria uma final, mas ninguém nadou bem e a equipe foi a última entre as 16 classificadas. Uma pena e uma falta de espírito de equipe.

Reinaldo trocou o Pan por Pequim


O triatleta brasileiro Reinaldo Colucci foi o único classificado dentre os homens para a competição que envolve 1500m de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida. Juraci Moreira ficou uma posição abaixo do último classificado pelo ranking mundial e espera uma desistência para conseguir a vaga para sua terceira olimpíada.

Colucci se diz preparado para fazer o melhor resultado da história do triatlo brasileiro que foi a 11ª posição de Sandra Soldan em Sydney 2000 "Sei que tenho muita condição de ficar entre os dez primeiros. Daí para o pódio é questão de momento, mas estou bem confiante".

E os resultados do paulista de São Carlos dão respaldo a sua meta. Neste ano, ele esteve em apenas três provas do circuito internacional, sendo sexto em Richards Bay e 11º na etapa de Tongyeong. Na primeira, o paulista ficou a poucos segundos do sul-africano Hendrik de Villiers e do norte-americano Matthew Reed, quarta e quinto colocados, respectivamente, no Mundial de Vancouver.

Além dos bons resultados, o paulista conta com outro ponto a favor: o conhecimento do percurso onde será disputada as Olimpíadas. "Competi lá no ano passado. Vi que o ciclismo será um fator de dificuldade e este é justamente o meu ponto forte. Acredito que um grupo de 15 deve chegar junto para a definição na corrida. Espero estar neste grupo", avaliou.


O brasileiro terminou o ranking olímpico na 32ª posição, sem ter disputado os mundiais do ano passado nem deste ano, ficando de fora também dos Jogos Pan-americanos do Rio ano passado.

Surpreendentemente, ele acredita que o fato de não participar do Rio-2007 tenha sido decisivo para ele conseguir a classificação. Em março de 2006, Colucci sofreu uma periostite na tíbia esquerda, o que o obrigou a perder as três primeiras etapas da seletiva para a competição continental. “Eu até teria chance de me classificar, mas decidi com o meu técnico me focar na preparação olímpica. Tentar entrar no Pan só me desgastaria mais e possivelmente eu não conseguiria porque estava muito atrás”, justificou.


Atualizacao: O brasileiro Reinaldo Colucci, em preparação para as Olimpíadas, ficou em quinto lugar na etapa da Hungria, marcando o tempo de 1h52min29s.
Na primeira vez que Colucci teve a oportunidade de enfrentar Javier Sanchez, campeão mundial e favorito ao ouro olímpico, viu o espanhol subir no topo do pódio após fazer 1h51min32s, somente 29 segundos na frente do australiano Brad Kahlefeldt, também cotado ao ouro em Pequim.

NOS JOGOS OLÍMPICOS

Reinaldo não conseguiu acompanhar o forte rítmo da natação e acabou ficando para trás logo na primeira parte da prova, o que prejudicou o que seria sua principal arma, o cilcismo. Ele foi o 46º entre os 55 atletas na natação e teve que buscar no ciclismo. Conseguiu chegar no primeiro pelotão, que envolvia cerca de 30 atletas, mas perdeu rendimento no último sprint, quando os primeiros colocados aceleraram o rítmo de competição. Chegou para a corrida na 39ª posição mas cerca de 10s atrás dos primeiros colocados.
Na corrida, conseguiu recuperar duas posições e terminar em 37º. Talvez se tivesse feito uma natação melhor, não precisaria ter forçado tanto o ciclismo e teria conquistado um resultado melhor.

Não intendo o revezamento 4x400m masculino

O atletismo brasileiro vive um momento de melhora em várias provas que nunca foram tradicionais. O salto em altura, o salto em vara, lançamento de dardo, heptatlo, decatlo etc...Mas o revezamento 4x400m masculino é esquecido pela Confederação Brasileira de Atletismo, pela mídia e acho que até mesmo pelos atletas.

O Brasil está em 17º lugar no ranking mundial da prova que classifica os 16 melhores para os Jogos Olímpicos e teve neste final de semana a última chance de melhorar a posição, no campeonato Ibero americano disputado no Chile. E não conseguiu, fazendo a marca de 3min08s45, quando precisava baixar a marca de 3min05s. Essa marca não era tão forte e creio que um pouco mais de empenho dos atletas seria batida e a vaga estaria próxima.

Não vi ninguém da mídia, nem mesmo da Confederação Brasileira de Atletismo falar do revezamento 4x400m desde o Pan do ano passado, quando a equipe ficou em quinto lugar com a marca de 3min05s, que lhe rendeu ao lado do tempo do sul-americano, a décima sétima posição no ranking que soma os dois melhores tempos dos países nos últimos 18 meses. Foi a última vez que o Brasil correu o revezamento.

O Brasil estava entre os classificados até a última lista divulgada pela IAAF, dia 08 de junho, quando o Brasil apareceu uma posição abaixo do último classificado. E ninguém sequer se manifestou sobre isso...Acho que nem os atletas sabiam da possibilidade da vaga olímpica...É estranho de intender.

André Freitas de Melo, Luis Eduardo Ambrosio, Luiz Guilherme Santos de Oliveira e Fernando Pereira de Almeida fizeram parte da equipe que conquistou a prata no Ibero americano. Eles deveriam ter sido lembrados pelos dirigentes que a vaga olímpica estava em jogo, mas ninguém se mexeu e os atletas fizeram um tempo de 3min08s45.
Caso dividirmos esse tempo por quatro, chegamos a 47s por prova dos atletas, já que eles saem lançados quando pegam o bastão e por isso suas parciais são mais rápidas que numa corrida de 400m. 47s é uma marca que os quatro atletas batem em suas provas individuais, como é que não se empenharam na prova do revezamento?

É estranho, faltou alguma coisa da entidade superior do atletismo brasileiro, dos técnicos e dos atletas para caribarem mais quatro vagas na seleção do Brasil. Seria a maior chance destes atletas conseguirem a vaga em Pequim porque o índice B no invidual, 48s95, só foi atingido por Fernando.

A prova tem uma história recente que prova esse descaso de todos. No Pan de 99, o time ficou com a prata batendo o recorde sul-americano da prova com a marca de 2min58s48. Um tempo muito competitivo no mundo e mesmo assim o Brasil não levou o time para Sydney 2000. A medalha de bronze em Sydney ficou com a Jamaica com o tempo de 2min58s78.
Quatro anos depois, o time chegou na final do mundial do Canadá com o melhor tempo da competição, cravando o tempo de três minutos. A medalha só não veio pois houve um erro na passagem de bastão e a equipe foi eliminada.
Dois anos depois, o revezamento sequer disputou o Pan de 2003, competição que obviamente o Brasil tinha índice e nem levou a equipe para o mundial. Será que em 1 ano e meio a equipe caiu tanto para ser desprezada nas equipes das principais competições que o Brasil enviou delegação?

É estranho, muito estranho...Gostaria de intender.

Nova geração da velocidade

O revezamento 4x100m rasos do Brasil está se renovando e terá chances reais de medalha nos Jogos Olímpicos de Pequim. Um dos trunfos dessa renovação da equipe é o jovem José cARLOS Moreira, o Codó, que aos 24 anos disputará sua primeira olimpíada.

Ano passado, ele chegou ao índice olímpico A ao marcas 10s16 no meeting de Cochabamba e precisava apenas de um índice B neste ano de 2008 para confirmar sua presença em Pequim. É verdade que ele ainda precisa confirmar a vaga mas esta está muito perto de assegurada, já que tem o tempo melhor que o de Sandro Viana, terceiro integrante dos 100m rasos. O melhor tempo é de Vicente Lenílson.

O tempo de 10s27 feitos em São Paulo no mês de março foi apenas 0s01 melhor que a marca B exigida pela IAAF e o colocou como um dos pré classificados para os Jogos. Meses depois, no meeting de São Paulo, ele fez a marca de 10s22 para ficar com a terceira posição. Dias depois, ficou com o bronze no meeting de Belém com o tempo de 10s30. Antes, venceu o meeting de San Fernando, com o tempo de 10s58.

No mundial do ano passado, ele acabou eliminado na primeira fase com o tempo de 10s46, depois de ter ficado na quarta posição na primeira das séries. Eram 72 corredores e 32 chegaram na segunda rodada. Algo parecido acontecerá nas olimpíadas, quando cerca de 100 atletas tentarão 32 vagas para a segunda fase. Se correr seu melhor, ou perto dele, com certeza chega na segunda rodada em que provevalmente um tempo de 10s25 deixa-o entre os 16 melhores do mundo. Uma final já é um sonho mais distante, mas possível.
ATUALIZAÇÃO Codó foi vice campeão do Troféu Brasil de atletismo, disputado em junho no Ibirapuera. Ele penou para se classificar, fazendo 10s34 e ficando em terceiro na sua série. Na final, marcou o mesmo tempo e foi medalha de prata, garantindo vaga olímpica tanto nos 100m como no revezamento.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Codó conseguiu passar da primeira fase dos 100m rasos fazendo a marca de 10s29 e ficando em terceiro da sua série. Na segunda fase, porém, não correu muito bem fazendo a marca de 10s32, na sexta posição em sua série e em 28º no geral.
Se tivesse corrido abaixo dos 10s16 que fez para ter o direito de disputar a prova, teria chegado nas semi finais. Ao menos, melhorou o resultado do último mundial, quando caiu ainda na primeira fase.