O atletismo brasileiro vive um momento de melhora em várias provas que nunca foram tradicionais. O salto em altura, o salto em vara, lançamento de dardo, heptatlo, decatlo etc...Mas o revezamento 4x400m masculino é esquecido pela Confederação Brasileira de Atletismo, pela mídia e acho que até mesmo pelos atletas.
O Brasil está em 17º lugar no ranking mundial da prova que classifica os 16 melhores para os Jogos Olímpicos e teve neste final de semana a última chance de melhorar a posição, no campeonato Ibero americano disputado no Chile. E não conseguiu, fazendo a marca de 3min08s45, quando precisava baixar a marca de 3min05s. Essa marca não era tão forte e creio que um pouco mais de empenho dos atletas seria batida e a vaga estaria próxima.
Não vi ninguém da mídia, nem mesmo da Confederação Brasileira de Atletismo falar do revezamento 4x400m desde o Pan do ano passado, quando a equipe ficou em quinto lugar com a marca de 3min05s, que lhe rendeu ao lado do tempo do sul-americano, a décima sétima posição no ranking que soma os dois melhores tempos dos países nos últimos 18 meses. Foi a última vez que o Brasil correu o revezamento.
O Brasil estava entre os classificados até a última lista divulgada pela IAAF, dia 08 de junho, quando o Brasil apareceu uma posição abaixo do último classificado. E ninguém sequer se manifestou sobre isso...Acho que nem os atletas sabiam da possibilidade da vaga olímpica...É estranho de intender.
André Freitas de Melo, Luis Eduardo Ambrosio, Luiz Guilherme Santos de Oliveira e Fernando Pereira de Almeida fizeram parte da equipe que conquistou a prata no Ibero americano. Eles deveriam ter sido lembrados pelos dirigentes que a vaga olímpica estava em jogo, mas ninguém se mexeu e os atletas fizeram um tempo de 3min08s45.
Caso dividirmos esse tempo por quatro, chegamos a 47s por prova dos atletas, já que eles saem lançados quando pegam o bastão e por isso suas parciais são mais rápidas que numa corrida de 400m. 47s é uma marca que os quatro atletas batem em suas provas individuais, como é que não se empenharam na prova do revezamento?
É estranho, faltou alguma coisa da entidade superior do atletismo brasileiro, dos técnicos e dos atletas para caribarem mais quatro vagas na seleção do Brasil. Seria a maior chance destes atletas conseguirem a vaga em Pequim porque o índice B no invidual, 48s95, só foi atingido por Fernando.
A prova tem uma história recente que prova esse descaso de todos. No Pan de 99, o time ficou com a prata batendo o recorde sul-americano da prova com a marca de 2min58s48. Um tempo muito competitivo no mundo e mesmo assim o Brasil não levou o time para Sydney 2000. A medalha de bronze em Sydney ficou com a Jamaica com o tempo de 2min58s78.
Quatro anos depois, o time chegou na final do mundial do Canadá com o melhor tempo da competição, cravando o tempo de três minutos. A medalha só não veio pois houve um erro na passagem de bastão e a equipe foi eliminada.
Dois anos depois, o revezamento sequer disputou o Pan de 2003, competição que obviamente o Brasil tinha índice e nem levou a equipe para o mundial. Será que em 1 ano e meio a equipe caiu tanto para ser desprezada nas equipes das principais competições que o Brasil enviou delegação?
É estranho, muito estranho...Gostaria de intender.
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