O revezamento que mais evoluiu

O Brasil está muito, muito perto de conseguir a vaga olímpica para o revezamento 4x100m medley feminino, o único que esteve de fora na última edição do evento, em Atenas. A provável vaga veio com o íncrivel tempo de 4min04s88 conseguidos no último Troféu Maria Lenk, garantindo assim o recorde sul-americano da competição.


A equipe esteve muito próxima de ficar de fora de Pequim depois do tempo de 4min09s conseguido nos Jogos Pan-americanos foi cancelado devido ao dopping de Rebeca Gusmão. Este tempo colocava o Brasil em quinto lugar dentre os países que não haviam conseguido se classificar durante o mundial. Os 12 melhores do campeonato garantiram vaga e as outras quatro equipes seriam a de melhor tempo nos anos de 2007 e 2008. No momento, o Brasil tem o terceiro tempo dentre os não classificados ainda e faltam apenas 8 dias para a definição das vagas.

O tempo marcado por Fabíola Molina, nos costas, Gabriella Silva, no borboleta, Tatiane Sakemi, no peito, e Tatiana Lemos, no livre, é o quinto melhor do mundo neste ano, o que credencia o time para uma final olímpica. A evolução do ano passado para este se mostrou em todos os estilos, mas principalmente no peito e borboleta, os mais deficientes até então.

Tatiane Sakemi fez uma parcial incrível de 1min10s87 na passagem de peito do revezamento, o que seria parecido com seu recorde brasileiro obtido no mesmo torneio com 1min11s20. Como em cada prova de revezamento um atleta ganha até 0s7 por ter a saída "livre", esse tempo poderia ser um pouco melhor, fazendo com que o Brasil consiga a sonhada final. Porém, não podemos reclamar na brasileira que até outro dia não nadava na casa de 1min11 baixo. Se melhorar um pouquinho será perfeito. Vale lembrar que apesar da imensa melhora, o nado ainda é o mais deficiente da natação brasileira, visto que o melhor tempo de Tatiane é apenas o 140º do mundo no ano.

No borboleta, a maior evolução Gabriella Silva entrou neste ano sem nunca ter baixado de 1 minuto em sua prova dos 100m borboleta. Já nadou abaixo de 59s duas vezes em provas individuais e fez 58s14 na passagem do revezamento que praticamente garantiu a vaga brasileira em Pequim. O tempo ainda pode ser um pouco melhor, já que ela fez 57s90 na passagem do revezamento de seu clube no Maria Lenk. O nado borboleta, antes deficiente, é a principal arma brasileira para pegar uma final olímpica.

No nado costas, a experiente Fabíola Molina abrirá o revezamento brasileiro e terá de fazer sua melhor marca. Seu recorde sul-americano é de 1min01s40 e sua abertura de revezamento fpo de 1min01S85. Caso consiga baixar seu recorde na abertura do revezamento, levará o Brasil há uma brilhante posição para o segundo estilo da prova.

No livre, Tatiana Lemos conseguiu o recorde sul-americano da prova com 55s34 no último Maria Lenk, e na passagem do revezamento passou com 54s72. Ainda pode melhorar um pouco para os Jogos Olímpicos, podendo bater o recorde sul-americano na prova individual e consiga até nadar para 54 baixo no revezamento. Se isso acontecer, poderá levar o Brasil para a final.

Tentando ser o mais realista possível, o Brasil pode melhorar até 3s seu tempo de classificação e assim deve garantir sua vaga na final. Para se ter uma noção, no mundial do ano passado, a oitava vaga para final veio com o tempo de 4min05s85 . Vendo as constantes melhoras dos tempos da natação, é possível que a final olímpica venha com tempo perto dos 4min. O Brasil tem chances reais de final, o que seria histórico...Vamos esperar que nossas meninas consigam melhorar seus tempos e o Brasil consiga nadar perto dos 4 minutos. Todas as meninas bateram seus recordes neste ano e por isso o Brasil está no páreo.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
A final olímpica ficou muito, muito próxima. Com o tempo de 4min02s61, a equipe bateu o recorde sul-americano da prova e fechou na décima posição no geral.
O revezamento nadou com Fabíola Molina (1min00s71), Tatiane Sakemi (1min10s42), Gabriella Silva (56s97) e Tatiana Lemos (54s51). A melhor deste revezamento de longe foi Gabriella, que também foi a única nadadora brasileira a disputar uma final individual. A nadadora teve como tempo de reação -0s02. Um pouco mais veloz sua saída e o revezamento seria desclassificado.

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