Revezamento brigará por pódio em Pequim

O revezamento 4x200m livre masculino se classificou ano passado para os Jogos Olímpicos de Pequim pelo fato de ter ficado entre os 12 melhores no mundial de Melbourne. O time cravou o tempo de 7min20s00, batendo o recorde sul-americano da prova e ficando em 11º lugar com o time composto por Thiago Pereira, Rodrigo Castro, Nicolas Oliveira e Armando Negreiros.

Porém, a marca obtida na medalha de ouro dos Jogos Pan-americanos do ano passado, 7min12s27, deixou o time otimista quanto a um excelente resultado em Pequim. O time foi o mesmo do mundial, apenas trocando Armando Negreiros por Lucas Salatta, especialista nos costas mas que fez uma parcial brilhante de 1min47s63. Melhor que ele, apenas o fechamento de Nicholas que nadou para 1min46s63 no que seria tranqüilamente um recorde sul-americano dos 200m livre caso fosse uma prova individual.
Caso os dois atletas consigam repetir esta parcial numa final olímpica e os outros dois integrantes da seleção consigam nadar para um tempo um pouco melhor que seus recordes, a seleção brigará por uma medalha. No Pan, Rodrigo Castro nadou o revezamento para 1min49s38, quase 1s acima de sua melhor marca. Vale lembrar que num revezamento, o atleta ganha até 0s7 pelo tempo de reação. Desta forma, podemos confiar numa marca de 1min47s para o melhor nadador da prova no Brasil.

Thiago Pereira abriu o revezamento para 1min48s63, 0s13 acima de seu melhor tempo. Confiando que estará em sua melhor forma em Pequim, apostamos em 1min47s também de Thiago, fazendo com que o Brasil tenha chances de fazer 7min08s, que o colocaria na briga pela medalha.

Ano passado, o tempo do Pan do Brasil foi o quinto melhor do ano, atrás dos quase imbatíveis americanos, além dos canadenses, australianos e britânicos, que podem ser batidos em Pequim, mesmo com muita, mas muita dificuldade. Este ano, com o campeonato europeu já disputado, apenas Itália e Rússia fizeram marca melhor que o do Brasil de 2007.

A final olímpica é realmente muito provável para o time que tem um tempo muito competitivo. Estando na final, tudo pode acontecer. EUA e Austrália estão realmente um passo a frente, mas a medalha de bronze é algo possível, apesar de improvável. Para mim, o mais difícil é Nicholas Oliveira repetir o tempo “espírita” que fez no Pan. Lucas, Thiago e Rodrigo têm grandes chances de melhorar suas marcas.
Vamos esperar para ver o que este quarteto irá fazer...

NOS JOGOS OLÍMPICOS
Uma decepção do tamanho do Brasil o resultado do Brasil. Para começar, Thiago Pereira abriu mão de nadar as eliminatórias para fazer parte dos 200m peito, disputado no mesmo dia, o que já tiraria um pouco das chances dos brasileiros de uma final.
Com Philip Morrison no time, a equipe teve um desempenho muito ruim, principalmente com o fechamento de Lucas Salatta, que fechou para 1min52. Uma vergonha. Uma marca pior que o recorde sul-americano já daria uma final, mas ninguém nadou bem e a equipe foi a última entre as 16 classificadas. Uma pena e uma falta de espírito de equipe.

1 comentários:

Unknown

13 de julho de 2008 às 19:21

O Armando Negreiros é especialista de fundo. 200 não é a praia dele.

Já o Salatta nadava medley e continua nas provas de 200. Ele inclusive faz um tempo próximo do Castro nos 200 livre, ou seja, tem que ser ele mesmo.

O problema desse revezamento é que dificilmente vão melhorar esse 7m12, Parece que um dos integrantes fez um tempo absurdamente baixo no Pan nesse reveza, que provavelmente não será repetido.