Vacilo na luta do Brasil

Os pré olímpicos de luta masculina, tanto greco romana quanto livre, terminaram e o Brasil terminou sem nenhuma vaga olímpica. Apenas Rosângela Conceição, no feminino, garantiu vaga para o país pelos pré olímpicos. Desta forma, o Brasil aguarda que o ranking mundial dê a vaga para Antoine Jauode, na luta livre até 96kg, assim como aconteceu há quatro anos.


O principal vacilo da seleção brasileira de luta foi não ter levado todos os atletas para o mundial de Baku, ano passado. Claro que nenhum dos atletas que iriam conseguiriam a vaga direta pelo torneio, que colocava os cinco melhores automaticamente em Pequim, mas isso atrapalhou as pretenções brasileiras.

No pré olímpico continental, disputado em fevereiro deste ano, apenas o campeão se classificava para Pequim. Porém, com forças como EUA E Cuba no torneio, em muitas categorias o campeão já tinah se classificado pelo mundial, então o vice campeão iria para Pequim. E o Brasil teria conseguido duas vagas olímpicas, com Rodrigo Artilheiro, na greco romana até 120lg, e Antoine Jauade, na luta livre 120kg. Porém, estes dois não foram a Baku e, pelas regras da confederação internacional de lutas, os atletas herdeiros de vagas no pan-americanos só se classificariam para Pequim se tivesse lutado no mundial. Azar do Brasil. Vacilo da confederação. Agora é esperar.

Nos pré olímpicos mundiais, ocorreram dois de luta livre e dois de greco romana, sucessivas derrotas tiraram qualquer chance de classificação dos brasileiros. Antoine conseguiu uma vitória em cada pré olímpico mas mesmo assim ficou distanteda vaga.

Porém, nem tudo são lágrimas. Estes torneios pré olímpicos mostraram a evolução de muitos lutadores brasileiros, que conseguiram disputar combates de igual para igual com os europeus. Exemplo disso Vinícius Pedrosa. Pedrosa fez um lutão contra o Italiano no pré olímpico de luta livre, venceu bem o primeiro round, com um ataque de pernas. No segundo, ia vencendo mas foi pego de surpresa no final do round. No terceiro Pedrosa se mostrou agressivo e melhor fisicamente que seu adversário, vencendo com ataques de perna muito rápidos. Caiu na segunda rodada, mas foi muito elogiado.
Calasans (74kg da livre) teve um combate muito difícil em seu primeiro compromisso, mas levou para os pontos (5x0 e 4x0) a luta contra o atleta do Kirgkistão que já foi vice-campeão Olímpico pela Rússia.

Adrian Jaoude (84kg) fez dois lutaços no segundo pré olímpico. A primeira contra o vice-campeão Mundial, e ex-campeão Europeu, representante da Ucrânia, perdeu os dois rounds mas lutou duramente e mostrou que tem nível para disputar com qualquer atleta top. Foi puxado de volta pelo UKR, que ganhou a chave para lutar a repescagem contra o representante da Eslovaquia e após vencer o primeiro round, liderar até os momentos finais do segundo round. Acabou cedendo o empate em 3 a 3 (com maior pontuação para o SVK). No terceiro round perdeu por 4 a 1. Lutou muito e mostrou que a equipe brasileira enfim está chegando nas grandes equipes mundiais.

A luta greco romana ainda engatinha, mesmo depois de uma prata e um bronze nos Jogos Pan-americanos do Rio. Poucos brasileiros saíram vitoriosos mas estão cada vez menos distantes dos europeus. Mas ainda muito longe...

Quem sabe para Londres não classificamos algum atleta na greco romana e uns três na livre? Se fizermos um ciclo olímpico com intercâmbios e algumas vitórias em mundiais aumentaremos o nível nacional de um esporte que entrega 18 medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos mas que o Brasil só leva um ou outro atleta.

1 comentários:

Anônimo

3 de julho de 2008 às 17:14

cala a boca soh otario