O handebol masculino brasileiro não está no mesmo nível do feminino no Brasil. Enquanto as meninas têm chances até de surpreender com uma medalha, os homens estarão mais que satisfeitos caso se classifiquem ás quartas de finais.
A vaga olímpica veio graças ao título pan-americano obtido no Rio de Janeiro, ano passado, com uma vitória convinvente sobre os argentinos. Cuba já deixou de ser a rival do continente e, com cada vez menos investimentos, não consegue se equiparar á brasileiros e argentinos, que também fizeram a decisão do Pan de 2003, quando o Brasil venceu na prorrogação garantindo presença em Atenas 2004.
Em Atenas, o Brasil conseguiu sua primeira vitória na chave de grupos da história, ao vencer o Egito, conseguindo a classificação para disputar o 9º lugar, quando num jogo equilibrado perdeu para a Islândia.
O alicerse do time brasileiro são os goleiros. Mike é um dos melhores do mundo e em Atenas 2004, fez uma partida espetacular na derrota por um gol para a fortíssima equipe da Hungria.
O time masculino tem Bruno Souza, eleito um dos três melhores jogadores do mundo pela federação internacional, mas tem bem menos intercambio do que o time feminino do Brasil, que viaja para torneios internacionais constantemente.
A equipe dos homens teve um mundial pífio, perdendo os três jogos da primeira fase, inclusive contra os arqui rivais argentinos, por 22x20. A melhor participação brasileira num mundial foi em 1999, quando chegou nas quartas de finais, vencendo pela primeira vez uma partida neste torneio.
O principal objetivo brasileiro é chegar ás quartas de finais do torneio, feito inédito para nós. Para isso, terá que vencer ao menos duas partidas da primeira fase. Algo complicado, já que os prováveis classificados olímpicos serão na maioria os europeus, principal força do mundo no esporte.
Em preparação para os Jogos Olímpicos, o Brasil disputou dois torneios na Europa, sem a presença de grandes potências do mundo. No primeiro, venceu a seleção da China e da Coréia do Sul e empatou com o Egito para chegar ao título. A china nunca teve tradição mas está classificada pelo fato de ser país sede. O Egito há anos é representante africano em competições internacionais e foi derrotada pelo Brasil em Atenas enquanto a Coréia do Sul não tem a mesma tradição que o time feminino.
Uma semana depois, a seleção jogou mal e ficou em quarto no torneio da Macedônia. O time perdeu para a Macedônia, venceu a Bulgária e perdeu o bronze para a Bósnia.
O sorteio de grupos aconteceu em Junho e o Brasil se deu mal. Caiu no grupo A, que conta com a atual campeã olímpica, Croácia, e a atual vice-campeã mundial, Polônia, além de França (bicampeã mundial), Espanha(campeã mundial de 2005) e China (país-sede). A China ainda tem um time fraco e o Brasil é favorito no confronto. De resto, só pedreira. Vencer a Croácia e a França é bem difícil. Se for para conseguir mais uma vitória, deve vir diante da Espanha ou da Polônia. Porém, as chances são remotas.
Se vencer apenas um jogo, disputará a nona posição contra o quinto lugar do grupo B, que deve ser a Islândia. O jogo seria a repetição do duelo pela mesma nona posição em Atenas.
Atualização Parece que a Argentina não é mais problema para o Brasil. Em dois jogos amistosos, o Brasil conseguiu vitórias sobre nuestros hermanos. O primeiro por 26x22 e o segundo por 30x24. Já no Pan-americano, o time voltou a superar os eternos rivais, conquistando o bi campeonato pan-americano de handebol, além do título dos Jogos Pan-americanos em 2007.
O objetivo todos os jogadores têm na ponta da língua. Vencer a China e tentar surpreender ao menos uma das equipes européias do grupo.
Os convocados do Brasil
A Confederação Brasileira de Handebol divulgou os nomes dos atletas convocados pelo técnico espanhol Jordi Ribera, que disputarão os Jogos Olímpicos. Dos 14 selecionados, apenas quatro atuam fora do país: Bruno Souza e Renato Tupan (Alemanha), Felipe Borges (Espanha) Gui (Áustria). A apresentação acontece no próximo sábado, quando o time viaja ao Japão para a fase final de treinamentos e amistosos. Os convocados foram: Alê e Malik (goleiros), Bruno Santana, Zeba, Gui, Jaqson, Bruno Souza e Léo (armadores), Menta e Jardel (pivôs) e Borges, Tupan ( foto), Helinho e Silvinho (pontas).
NOS JOGOS OLÍMPICOS
A seleção brasileira masculina fez o que se esperava dela. Venceu a China, conseguiu levar jogos disputados contra duas das seleções européias, mais fortes do grupo, mas não conseguiu classificação para as quartas de finais.
Nas duas primeiras rodadas, a equipe não se encontrou e caiu facilmente diante das fortíssimas seleções da França e da Croácia. Na terceira rodada, diante da Polônia, vice campeã mundial, fez um jogo muito parelho durante 50 minutos, mas perdeu rendimento nos últimos minutos e acabou derrotado por 28x25.
Na quarta rodada, um jogo tranquilo contra a China que, deixou a seleção na última rodada precisando "apenas" vencer os campeões mundiais de 2005, os espanhóis.
O jogo contra a Espanha foi parelho, mas com os europeus sempre dois ou três gols na frente. Num jogo aberto e muito empolgante, o Brasil falhou muito na defesa e perdeu alguns contra-ataques importantes chegando ao último minuto com desvantagem de três gols. O Brasil ainda marcou dois gols e teve a chance de empate no último segundo, quando o goleiro espanhol fez uma defesa incrível e deixou a vitória por 36x35 para o time da Espanha. O empate também tirava o Brasil da competição.
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