Segundos em horas

Em mais uma das séries de reportagens sobre quem não se classificou para Pequim, vamos contar a íncrivel forma com que os brasileiros Cláudio Santos e Cisiane Lopez ficaram de fora dos Jogos Olímpicos de Pequim.


Ambos já tinham o índice B para Pequim, mas como Sérgio Galdino e Tânia Spindler tinham marcas melhores, eles estavam fora da equipe de marcha atlética do Brasil, que só poderia levar um atleta com índice B para os Jogos. No caso de alcançado o índice A, poderiam ser três em cada prova.

Na Copa do Mundo de Marcha, no último fim de semana, os líderes do ranking brasileiro Sérgio Galdino, nos 50km masculino, e Tânia Spindler, nos 20km feminino, conseguiram o índice A com os tempos de 3min58s30 e 1h33s23 respectivamente, chegando na 26ª e 24ª posições respectivamente, com os recordes brasileiros nas duas provas.
Logo atrás, chegaram Cláudio e Cisiane. Acompanhei a prova pela internet no domingo de manhã, e a página era atualizada a cada 5km de prova. Os brasileiros andaram junto com seus compatriotas durante toda a prova, perdendo segundos preciosos apenas no final da corrida.

Cláudio fez o melhor tempo da sua vida ao fechar os 50km em 31º lugar com 4h00min24s, apenas 24s do índice A olímpico. VINTE E QUATRO segundos da vagas nas olimpíadas, numa prova de 4hs. Íncrivel. Mas Cláudio terá de superar o contra tempo e se preparar para outras provas ainda este ano. Afinal, olimpíada é o principal torneio do mundo, mas não é o único objetivo. Aos 30 anos de idade, ele ainda tem outro ciclo olímpico, com corridas importantes e campeonatos mundiais.

Cisiane correu a prova inteira ao lado de Tânia. Somente no final, Spindler abriu uma pequena vantagem, o insuficiente para que uma atleta entrasse no meio das duas brasileiras. Foram 21s que separaram as atletas e apenas 14s que deixaram a atleta de 24 anos sem a vaga em Pequim. CATORZE segundos em uma prova de uma hora e meia. Outro pecado que deixou um atleta fora de Pequim.
Que Pena.
Porém, Cisiane ainda pode conquistar o índice, se melhorar esses 14 segundos até o dia 20 de julho. Cláudio não tem mais chances

Vamos acompanhar o desempenho dos quase olímpicos para que no próximo ciclo olímpico eles consigam a vaga. Mas, vale lembrar que olimpíadas não são tudo. Eles terão muitas competições importantes neste meio tempo e, como estão evoluindo cada vez mais, devem continuar se destacando no cenário não apenas nacional como mundial.

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