O ciclismo pista segue como a pior dos eixos do ciclismo para o Brasil. Enquanto o montain bike conseguiu medalha no Pan e vaga nas olimpíadas e o estrada vive uma constante evolução com diversos brasileiros na Europa, as competições dentro dos velódromos continuam defasadas no Brasil.
A seleção teria a última chance de classificação no mundial que ocorreu no último mês de março, mas sequer viajou para disputar o torneio, ficando assim de fora dos Jogos Olímpicos pela terceira vez consecutiva.
De acordo com a União Ciclística Internacional (UCI), era necessário que o Brasil disputasse ao menos uma das quatro etapas da Copa do Mundo de Pista para alcançar uma vaga para o Mundial de Manchester (ING), que teve início nesta quarta-feira, 26 de março e que vai até o domingo, dia 30. A competição decidirá as vagas olímpicas.
A maior conquista do esporte foi a construção do velódromo que abrigou as provas de pista e de patinação, o segundo da América do Sul com piso de madeira e coberto. Da delegação da equipe de velocidade, apenas um brasileiro havia competido em uma arena do tipo - o veterano Hernandes Quadri Jr., no Mundial da Suíça, de 2003. Os outros só haviam pedalado em pistas de concreto e a céu aberto.
No Pan, o ciclismo pista foi uma das seis modalidades em que o Brasil não ganhou medalhas. A melhor posição foi a quarta obtida por Davi Romeo no Keirin. Apesar de superar o norte-americano Andy Lakatosh, terceiro colocado na prova de velocidade individual, e Canelon Hersony, vice-campeão da velocidade por equipe com o time venezuelano, Romeo ficou atrás do colombiano Leonardo Narvaez Romero, medalhista de ouro, do canadense Cam Mackinnon, prata, e do argentino Leandro Botasso, bronze. Aos 22 anos, Romeo é esperança para que o Brasil volte ao cenário do ciclismo mundial. Principalmente pelo fato de Davi Romeo ser filho do técnico da seleção de pista, Adir Romeo. E neto de um dono de lojas de bicicleta. O irmão de seu avô também é do ramo. Quer dizer, o curitibano nasceu rodeado pelo mundo do ciclismo.
Mas como quer que o ciclismo fique popular no Brasil se não há competições? O velódromo erguido para as disputas do Pan só recebeu uma outra competição oito meses depois. Segundo a presidente da Federação Carioca de Ciclismo, Ieda Botelho, o problema se deve ao fato de que os cariocas ainda não estão acostumados a competir na pista.
Como em todos os esportes, torço para o Brasil ter sucesso. Porém, sem campeonatos não tem como o esporte ser divulgado. Sem divulgação não tem patrocínio e sem esse dinheiro fica difícil organizar campeonatos. Por que não tentar trazer um evento internacional para o Rio de Janeiro? Nem que seja um sul-americano...Nossos vizinhos estão anos luz À frente no quesito resultado e infra-estrutura. Isso poderia ser aproveitado pelos brasileiros
Que pena.
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