Depois de perder a vaga olímpica na prova de canoagem slalom durante os Pré Olímpico pan-americano da modalidade, Poliana Aparecida garantiu presença na prova do K-1 feminino da canoagem slalom para os Jogos Olímpicos de Pequim e será a primeira brasileira na história desta modalidade em uma edição olímpica.
Com a desistência da atleta da Argélia, a vaga seria repassada para a segunda colocada da classificatória africana, uma queniana. Mas como o Quênia decidiu não enviar nenhuma representante do país, segundo as normas da Federação Internacional de Canoagem, a vaga iria para o melhor índice do continente americano, no caso a brasileira, que havia chegado em segundo lugar do K1 feminino na classificatória americana, realizada em abril, na cidade de Charlotte, nos Estados Unidos.
Nas eliminatórias do K1 Feminino a atleta Milene Wolf, deu um susto nas canadenses, ficando na frente de todas, com exceção da Sarah Boudens e Ana Williams com o tempo de 286,14. Nas semifinais a apreensão das canadenses ficou maior ainda, quando viram a atleta Poliana Aparecida de Paula ficar em segundo lugar, na frente de todas as canadenses, com o tempo de 114,05 segundos, perdendo apenas para a americana Heather Corrie. Bastava não errar na final que a vaga estaria garantida para o Brasil. Infelizmente antes de um refluxo batizado como “Chacal” pelos brasileiros, de nível 4 (em escala de 1 a 6 de dificuldade), o caiaque bate com a proa na parede da pista e ela cai de lado desviando da trajetória ideal o que fez perder preciosos segundos.
Após o erro da Polina a torcida brasileira era que a Sarah Boudens também errasse. Com dois erros lamentáveis da arbitragem, onde imputaram faltas de 2 segundos ao invés de 50, a atleta canadense havia sido consagrada detentora da vaga. De imediato o Brasil recorreu da decisão oficial e o recurso foi acatado pela arbitragem após a análise de vídeo, onde ficou constatada a intenção da atleta canadense em abrir as balizas (portas) para passar. Nesse momento a vaga era do Brasil e o entusiasmo era grande na equipe. No entanto, o Canadá recorreu em função da atleta Jessica Groeneveld ter sido atrapalhada em sua descida. O recurso também foi aceito pelo árbitro chefe e devolveu ao Canadá a chance de tirar a vaga olímpica do Brasil.
Mas, a polêmica da arbitragem não tirou a brasileira de Pequim, que, dois meses depois, ganhou a opurtunidade de disputar a competição.
No k-1 feminino, serão 21 atletas em Pequim e as 12 melhores passarão para a final. Uma final seria algo importantíssimo para o desenvolvimento da modalidade no Brasil, que sediou o último mundial em setembro passado, mas é algo improvável.
NOS JOGOS OLÍMPICOS
Caçula dos Jogos Olímpicos, a jovem brasileira teve duas descidas muito seguras no primeiro dia, sem maiores penalizações, o que fez com que ficasse na 14ª posição dentre as 21 classificadas para as olimpíadas, e conseguiu uma das 15 vagas para as semi finais, conquistando um resultado histórico.
Nas semi finais, acabou levando uma penalização de 50s em sua descida e acabou por se manter na 14ª posição. Excelente participação da brasileira.
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