Daniel no auge da carreira

O Brasil ficou praticamente um ano sem um tenista entre os 100 melhores do mundo mas no fim do ano passado as coisas começaram a mudar, quando Marcos Daniel teve uma série muito boa de torneios chalengers e colocou o país novamente no mapa do tênis nacional. A volta aos 100 melhores veio somente no mês de março, depois de boas campanhas no início do ano também.

Marcos Daniel surgiu numa época em que Gustavo Kuerten reinava não só no Brasil como no mundo. O tenista que completará 30 anos, teve em 2001 seu primeiro ano de glória, quando iniciou perto dos 400 melhores e terminou no top-200. Depois de cinco temporadas apenas regulares, ele voltou a jogar muito bem e hoje se encontra na 76ª posição, quatro acima de seu melhor ranking, 72ª há semanas atrás.

A classificação de Marcos Daniel veio somente na segunda chamada, já que foram listados para Pequim os 56 melhores tenistas(4 tenistas por país) e ele foi o primeiro da lista de espera. Como alguns atletas não quiseram disputar os Jogos( Exemplo de Andy Rodick, número 6 do mundo), ele teve seu nome na segunda lista e chegará em Pequim para ser uma das surpresas da chave de simples.

Podemos dizer que Daniel era um tenista de chalenger e não nível ATP. Chalengers são os torneios de segundo porte do circuito, disputados por atletas abaixo da centésima posição geralmente.
Porém, neste ano, conseguiu bons resultados em torneios grandes, como as quartas de finais no ATP de Houston e a segunda rodada no forte ATP de Barcelona. No Grand Slam de Roland Garros, ele fazia uma boa partida com Juan Carlos Ferreiro, quando este teve que abandonar e Daniel pôde ir para segunda rodada, em que acabou eliminado.

Se tiver sorte no sorteio, Daniel poderá conseguir uma ou duas vitórias, mas não deve ir muito além disso. É um bom tenista, que está em boa forma mesmo aos 30 anos, mas não tem condições de duelar com os grandes nomes da atualidade.

NOS JOGOS OLÍMPICOS

Marcos Daniel falhou em momentos decisivos na partida e acabou eliminado diante do austríaco Jurgen Melzer por 2 sets a 1, com parciais de 6-7 (9-11), 6-1 e 8-6.
Marcos Daniel começou errando muito no primeiro set e sofreu uma quebra logo no início da partida. Mesmo com a vantagem no placar, o austríaco conquistou mais uma quebra e ampliou o marcador sobre o brasileiro com grande facilidade.Somente a partir do quinto game, o tenista brasileiro conseguiu se encontrar na partida e, aproveitando os erros do adversário, iniciar uma virada sensacional. Daniel conseguiu recuperar o prejuízo do início do set ao ganhar cinco games seguidos: 5 a 4. O equilíbrio entre os tenistas, com cada tenista dominando uma parte do set, levou o jogo para o tie-break. O brasileiro foi melhor no game de desempate, apesar da divisão de forças. O tenista aproveitou melhor as oportunidades e fechou o tie-break em 11 a 9 e o primeiro set em 7 a 6.Assim como no primeiro set, Marcos Daniel começou errando muito e deixou o adversário tomar conta do jogo. Melzer aproveitou e abriu 5 games a 0 com grande facilidade. Entretanto, o poder de recuperação que o brasileiro teve para virar o primeiro set não se repetiu nesta parcial. O austríaco somente administrou a vantagem e fechou a parcial em 6 a 1.O terceiro set foi diferente das duas primeiras parciais. A partida ficou mais equilibrada e os dois tenistas não conseguiram ter uma folga maior no placar. Melzer conseguiu abrir vantagem no sétimo e oitavo games (5-3), mas Daniel conseguiu outra grande recuperação dentro da partida e empatou o jogo em 5 a 5. A superação do brasileiro não foi suficiente, já que o austríaco conseguiu fechar o jogo em 8 a 6.

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