Adestrando a ansiedade

Equipe brasileira de adestramento festeja o bronze no pan foto: Uol

A equipe de hipismo adestramento conseguiu a medalha de bronze nos Jogos pan-americanos do Rio e garantiu a vaga para equipe inteira nessa modalidade do hipismo. O passaporte para Pequim 2008 veio pois os dois melhores países no Pan de 2007 além dos americanos, que já havia garantido vaga, garantiriam presença em Pequim, e o Brasil ficou atrás apenas dos EUA e do Canadá. Os americanos já tinham vaga pelo bronze ganho no mundial de 2006, em Aachem.

No pan, a vaga veio de forma muito complicada. Duas semanas antes do Pan, Pia Aragão teve de deixar a equipe por conta de uma doença de seu cavalo, sendo substituída por Rogério Clementino. Pia era a melhor atleta do Brasil e tinha tudo para fazer um grande Pan. Já na véspera dos Jogos, Jorge Rocha, o integrante mais velho da delegação brasileira no Rio de Janeiro (61 anos), sofreu uma intoxicação alimentar e também foi cortado, deixando a vaga para Luiza, de apenas 15 anos.

Se com dois atletas reservas, uma delas com apenas 15 anos, a seleção conseguiu quebrar um jejum de 24 anos sem medalha no adestramento, com os três principais atletas a seleção talvez saia-se ainda melhor que no Rio. Porém, um resultado que não seja o último lugar já seria muito comemorado, já que o Brasil tem apenas um atleta figurado no ranking mundial, Rogério Clementino, que terminou 2007 na 489ª posição.
A nota obtida no pan, 64,933% colocaria o Brasil em último em Atenas(A Suiça foi décima com 64,959%). Comparando com a Europa, principal centro do esporte, o time brasileiro ficaria na décima posição dentre os 12 participantes do campeonato europeu de 2007, a frente de Belgica e Portugal apenas.

Em Atenas 2004, foram 10 equipes as classificadas, o mesmo número de classificações para Pequim. Todos os classificados por equipes disputaram as provas inidividuais que, além dos 30 atletas das equipes, outros 20 atletas de países não classificados disputaram as provas.

O Brasil, porém, ainda precisa confirmar sua vaga. Além do passaporte pelo Pan, a seleção teria que ter ao menos três atletas com a nota maior que 64% em duas opurtunidades num concurso GP, o mais importante da modalidade. O Pan, foi uma disputa São Jorge, secundária no mundo do esporte.

Rogério Clementino conseguiu por duas vezes a marca ainda em São Paulo, na hípica Santo Amaro. Já a jovem Luiza Fernandez precisou de quatro chances para conseguir, por duas vezes, ultrapassar a marca de 64% e garantir a vaga em Pequim.
Renata Costa recebeu 64.28% numa prova da Hungria, precisando apenas mais uma vez marcar acima de 64% para colocar o Brasil com uma equipe inteira. Entretanto, Leandro Silva conseguiu também o índice duas semanas depois e agora ambos tem mais três chances para conseguirem os índices.
Atualização Quem fez o índice foi Leandro Silva, que montando o cavalo Oceano fez a marca numa competição na Polônia, última chance dos brasileiros conseguirem o índice e dessa forma garantiu a presença brasileira em Pequim. Renata ficou próxima a vaga mas não repetiu o índice. Dois dias depois, Leandro bateu o recorde brasileiro em competições internacionais, atingindo 69% na nota de um dos juízes. A média final de 66,450%

O hipismo adestramento cresceu de forma íncrivel no Brasil neste ano e é muito provável que levemos a equipe completa para os Jogos e o melhor: Disputaremos de igual para igual com outra seleções. Rogério Clementino alcançou no úlimo mês de junho a melhor nota da história de uma cavaleiro brasileiro em prova de nível olímpico, com 68,350% feitos no Grand Prix Freestyle, o Kür, quando ficou na décima posição. Além disso, o Brasil tem outros atletas com marcas expressivas que levam a acreditar numa posição melhor em Pequim.
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NOS JOGOS OLÍMPICOS
Infelizmente a equipe brasileira não pode participar dos Jogos Olímpicos mesmo depois de todos os atletas terem feito os índices exigidos. Isso porque na inspeção dos cavalos, Nilo, animal de Rogério Clementido acabou vetado. "Nos dois primeiros exames ele foi reprovado e estávamos confiantes que neste terceiro teste ele passaria. Mas os juízes não entenderam assim. Não concordamos com a avaliação, mas vamos disputar o individual com a Luiza e o Leandro", disse o chefe da delegação brasileira de hipismo, Mauricio Manfredi.
Pelos resultados, era bem provável que a seleção conseguisse ficar á frente dos japoneses e dos chineses.

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