Muitas chances, poucas reais

Lais Souza ganhou prêmio do COB em 2006

Nos torneios por aparelhos dos Jogos olímpicos, as brasileiras tem chances de bons resultados em todos os aparelhos, mas poucas chances reais de medalha.

A maior das chances, no salto, com Jade Barbosa. A pequena atleta terá como principal adversária a chinesa campeã mundial Fei Cheng, que faz dois saltos muito difíceis, com alta nota de partida, enquanto a brasileira tem um salto muito forte e outro nem tanto, o que dificulta suas chances. A brasileira conseguiu um rodante com meia volta mais mortal para frente com pirueta e meia. Antes, o movimento só havia sido feito por Cheng faz com que Jade aumente a sua nota de saída para 16,500. O salto foi parar em um site de compartilhamento de vídeos e chamou a atenção dos asiáticos. "Os chineses viram, ligaram, queriam saber desde quando Jade fazia o salto, falaram que o técnico de lá acha o salto dela melhor que o de sua atleta", disse a supervisora de seleções da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), Eliane Martins. Mesmo assim, a brasileira que ficou em quinto no mundial, terá que executar muito bem seus saltos para brigar por medalhas, que tem como favoritas além de Cheng, as norte coreanas e norte americanas. Laís Souza , bronze no pan, e que não conseguiu um grande resultado no mundial de 2007(foi 39ª) tem chances de pegar uma final, mas distante da medalha.
Neste ano, Jade ficou com a medalha de prata na etapa de Cottubus, na Alemanha. Suas notas ainda forma abaixo do que pode-se esperar dela, mas nada mal para o começo do ano uma média de 14,512. Seu primeiro salto foi de 15 pontos e o segundo 14
(Atualizado em Abril)
Na final do salto da etapa de Moscou , Jade Barbosa empatou na primeira colocação com a russa Anna Pavlova. Com 14,750 pontos, as duas receberam medalhas de ouro. (Atualizado no fim de maio)
No solo, a maior incógnita. Que Daiane Santos tem um talento e tanto para a prova, nungúem duvida. Porém, o maior problema da gaucha são seus tornozelos, que não a deixam executar os saltos que consegue fazer na cama elástica. Ou seja, o problema não é a agilidade com que ela faz os movimentos, isso ela tira de letra, e sim o impacto quando ela cai no tablado. Se as pernas deixarem, tem chance de medalha.
As demais brasileiras não tem grandes chances no aparelho. Daniele Hipólyto foi prata no mundial de 2001 mas hoje em dia não executa a série com tanta perfeição e foi a 34ª no mundial. Jade, que errou no mundial, pode surpreender pois tem uma série com uma alta nota de partida. Se acertar tudo, pode entra na final, sem grandes chances de medalhas. É talvez, o melhor aparelho das brasileiras, já que todas tem boas séries, apesar de não ser possível brigar por medalhas. Foi o único aparelho que o Brasil colocou suas cinco atletas entre os 55 melhores do mundial de setembro de 2007
Na primeira etapa da copa do mundo com a participação brasileira, Daiane dos Santos fez uma bela apresentação para quem estava voltando de contusão e ficou na quarta posição, sobrando na altura das acrobacias. Jade foi melhor ainda, conseguindo o vice campeonato da prova
(Atualizado dia 13/04)
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Amanhã, as chances das brasileiras na trave e nas barras assimétricas
NOS JOGOS OLÍMPICOS
O Brasil conseguiu pela primeira vez duas finalistas em provas individuais por aparelhos, com Daiane passando na quinta posição no solo e Jade sendo a oitava no salto.
A volta de Daiane foi incrível, já que poucos esperavam uma nota tão boa nas eliminatórias, e a quinta posição para a grande final a credenciava para brigar por uma medalha.
Ela fez, como sempre, uma apresentação muito alegre, mas acabou pisando duas vezes fora do tablado, perdendo pontos importantes e recebendo a nota de 14,950, três décimos menor do que a das eliminatórias, ficando na sexta posição. Porém, se tivesse repetido a nota da primeira apresentação, teria sido quinta colocada. Para medalha, teria de melhorar em quase três décimos na final, o que realmente era complicado. Foi uma bela volta por cima.
No salto, outra final, com Jade Barbosa. Ela só teria chances de medalha se fizesse seu salto mais complicado, o Cheng, que tem nota de partida 6,80 e que, se acertado, deixaria ela entre as primeiras colocadas. A brasileira, com uma pequena lesão no punho, preferiu não arriscar e fez seus saltos na final com nota de partida 5,80 e 5,60. Acabou não executando bem e ficando na sétima posição, piorando dois postos do resultado no último mundial. Se tivesse executado de maneira melhor seus saltos poderia brigar no máximo por uma quinta posição, ficando um pouco distante da medalha.

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