A vela feminina nunca esteve tão próximo de um brilhante resultado nos Jogos Olímpicos. A dupla da classe 470 Fernanda Oliveira e Isabela Swan sem adversárias inscritas para a Seletiva Brasil só precisaram entrar na água para garantir a vaga na classe 470 pois nenhuma outra dupla brasileira de inscreveu para competir.
Fernanda foi para os Jogos de Sydney e ficou em 19º ao lado de Maria Khare e quatro anos depois melhorou duas posições ao lado de Adriana Kostiw, ficando em 17º em 2004.
Em Pequim, a experiente de 27 anos Fernanda Oliveira e a atleta de 24 anos que debutará nos Jogos Olímpicos Isabela Swan ficaram com a medalha de bronze no mundial da China de 2006, conquistando a primeira medalha da vela feminina em um mundial de classe olímpica.
No mundial de 2007, que era pré olímpico, disputado na Espanha, a dupla ficou na sétima posição depois de um péssimo começo. Se não tivesse tido um começo tão ruim, terminando o segundo dia na 26ª posição no geral, elas teriam conseguido um resultado ainda melhor. No mundial de 2008, elas não participaram pois precisavam disputar a seletiva brasileira. No troféu Princesa Sofia, que reuniu todas as duplas que competirão em Pequim, a dupla ficou na quinta posição.
Os maiores adversários da dupla são as americanas, australianas, holandesas e britânicas. A medalha para o Brasil pode estar um pouco distante, mas nunca esteve tão perto na vela. Um posição entre as 6 primeiras não seria nenhuma surpresa.
Na semana de vela da França, que reuniu todas asadversárias das brasileiras em Pequim, elas não se encontraram e ficaram apenas na 19 colocação. Talvez um alerta. Ou erraram na hora em que podiam!
Na semana de vela da Holanda, a dupla conseguiu o melhor resultado da carreira. Disputando com as melhores do mundo, a dupla ficou na segunda posição vencendo duas regatas e perdendo a chance do título apenas na última delas. Um resultado extraordinário que coloca as brasileiras como possíveis medalhistas em Pequim.
Para os favoritos na categoria clique AQUI
Amanhã, as chances do Brasil na classe laser
NOS JOGOS OLÍMPICOS
E saiu a primeira medalha da história das mulheres brasileiras da vela. Isabel e Fernanda conseguiram a medalha de bronze na classe 470 depois de um início ruim e de uma recuperação tremenda que culminou com a vitória na regata da medalha.
Um 11º e um 16º lugares nas duas primeiras regatas, disputadas com ventos muito fracos, deixaram que esperava um bom resultados das brasileiras com um pé atrás. Porém, a partir daí, apenas resultados entre os 10 primeiros.
No segundo dia, um quinto e um décimo lugar fizeram as brasileiras avançarem um pouco na classificação, mas ainda sem ameaçar muito as ponteiras. Neste momento, eram 15 pontos de desvantagem com relação as israelenses, que vinham na terceira posição.
Um sétimo e dois sextos lugares nas regatas seguintes ficaram com um gosto amargo pois chegaram a liderar até a metade das regatas, mas em todas as ocasiões perdiam rendimento no fim. Um segundo e um quarto lugares, deixaram as brasileiras oito pontos atrás das israelenses faltando uma regata para a regata da medalha.
Foi aí que a sorte rondou o barco brasileiro. Elas fecharam a 10ª regata na quarta posição e viram as israelenses chegar em 15º, não podendo descartar esse resultado pelo fato de terem tido um 19º lugar na sexta regata. Com isso, as brasileiras chegaram na regata da medalha com quatro pontos de vantagem na luta pelo bronze. A prata somente viria com um pouco de sorte, chegando oito posições á frente das holandesas.
Na regata da medalha, as brasileiras fizeram uma excelente estratégia. Sempre perto do barco de Israel, não deixavam que nenhuma embarcação se colocasse entre elas, ficando assim sempre com a medalha de bronze nas mãos. Na segunda metade da prova, as brasileiras assumiram a primeira colocação passando a dupla de Israel e assim se manteve até o fim, ficando com a medalha com um total de 60 pontos perdidos. A prata ainda ficou perto, principalmente quando o barco holandês fechou a primeira perna em nono. Depois, entretanto, elas se recuperaram e fecharam em quinto.
0 comentários:
Postar um comentário