Reportagem da uol demosntra mentalidade brasileira

Estou aqui no Canada ainda, permaneco sem acentuacao em Lingua Portuguesa mas nao gostei da materia da uol, que diz que a gestao Nuzman no COB derrubou o numero de medalhas do Brasil. Para ver a materia cloque aqui

Nao podemos negar que quando Nuzman assumiu, o Brasil foi para Atlanta e conquistou 15 medalhas. Nos ultimos dois Jogos, o atual presidente do COB trouxe de volta apenas 12 e 10 medalhas, caindo o numero de podios.
Porem, o que a materia nao lembra e o aumento de numero de finais conquistadas. Em Atlanta foram 15 medalhas mas apenas 22 finais. Em Sydney foram 28 finais e 12 medalhas e em Atenas 30 finais e 10 medalhas.
Esses numeros provam que realmente o Brasil evoluiu no esporte. Hoje em dia, somos competitivos em quase todas as provas masculinas da natacao, enquanto em Sydney chegamos apenas em duas finais. No atletismo, temos atletas brilhantes em todos os tipos de saltos alem das provas de revezamento e de fundo. Em Atenas foram apenas duas finais no atletismo.
A ginastica e o tawekondo evoluiram muito e tem chances reais de estrear no podio olimpico para o nosso pais em Pequim. Alem disso, o handebol se tornou hegemonico no continente de uma vez por todas enquanto nosso volei vai de vento em polpa, com titulos em todas as categorias, tanto nas quadras quanto nas areias.

Essas evolucoes que talvez nao virem medalhas sao esquecidas por todos. O que o poco e a imprensa brasileira gosta e de medalha. Nao importa se voce e quarto ou vigesimo nono, se voce nao subiu ao podio, voce nao tem destaque.

Eu sei que o nosso presidente do Comite Olimpico Carlos Arthur Nunzman nao e um homem perfeito, mas deu ao Brasil a oportunidade de conhecer todos os esportes, ja que as TVs e a imprensa brasileira so falam de alguns esportes como canoagem, remo, tiro e tiro com arco durante os Jogos Olimpicos e Pan-americanos. Com a politica implantada por Nuzman, o Brasil se tornou figurinha carimbada em olimpiadas nestes esportes, mesmo sem lutar por medalhas.

E dificil realizar isso, mas para o futuro do esporte no pais e muito melhor conquistar varios quartos, quintos e sextos lugares do que algumas medalhas de bronze. Mas poucos tem isso em mente. Poucos ligam para posicoes intermediarias. Poucos sabem a importancia que uma decima quinta posicao para o ciclismo brasileiro tem. Se um brasileiro ficar nesta posicao nas olimpiadas, a imprensa em geral nao vai dar destaque, vai apenas cita-lo durante a noticia dos medalhistas.

A reportagem da UOL demonstra a cabeca do brasileiro. Se derrubou o numero de medalhas quer dizer que o esporte piorou. E isso nao e verdade e numeros de finais mostram isso!

4 comentários:

Unknown

15 de julho de 2008 às 18:53

E o pior é que na última Olimpíada pegamos 5 ouros, feito inédito até então!

Brasileiro é uma piada. Reclama que "Olimpíada é chato porque o Brasil não ganha nada". Mas o brasileiro não incentiva o esporte: só dá atenção pra futebol. Como querem que ganhemos tudo, assim?

Já vi gente falando que "natação não tem importância". Mas chega na Olimpíada, natação dá 50 medalhas e futebol, 2. Não tem importância?

Por isso que o Brasil é 3º mundo.

Ricardo Vilela

15 de julho de 2008 às 19:58

Pois é, Guilherme.
Achei a reportagem ridícula. Eles compararam percentual de medalhas por atleta que vai à olimpíada. O que isso significa? Nada! Se um país leva 100 atletas e conquista 30 medalhas e outro leva 50 atletas e ganha 25 medalhas, qual dos dois obteve melhor resultado(isso se desconsiderarmos as finais e as outras colocações, mesmo elas sendo importantes, como vc frisou)? Para mim é o primeiro, que conquistou mais medalhas. Pelo raciocínio dos autores, seria o segundo, por ter melhor aproveitamento.
E outra, esse percentual(que não serve pra nada) cai de Atlanta pra cá, mas e antes(antes de Atlanta acho que não era o Nuzman)? Antes ganhávamos ainda menos medalhas, e penso que a proporção de medalhistas tb era menor(eles não informaram).
Depois deste meu exemplo de medalhas, pode parecer que estou do lado "deles", só pensando em "medalhas", mas não é bem assim. Concordo com vc a respeito das finais olímpicas e dos quartos e décimos lugares em alguns esportes.

Anônimo

16 de julho de 2008 às 18:32

Concordo com vc, Guilherme. O Nuzman pode até ser contestável em termos políticos ou na administração do orçamento do COB ou de grandes eventos - como o Pan -, mas é inegável o salto do esporte brasileiro. Acredito que em Pequim teremos mais um salto no número de finais olímpicas, o que será louvável. Com sorte, isso se transformará em mais ouros e mais medalhas.

Aliás, parabéns pelo blog. Não vi nada parecido em toda a mídia esportiva a respeito das Olimpíadas. Um trabalho de pesquisa magnífico!

Anônimo

19 de julho de 2008 às 01:03

Concordo plenamente.

Isso é uma questão cultural, difícil de ser mudada. Aprendemos, desde cedo, que o Brasil é o maior no futebol, tem a maior floresta, o maior rio, a maior hidroelétrica, o maior estádio... até nas mazelas somos os maiores. Essa mania de grandeza dá nisso.

E temo que este ano a cobrança seja maior, porque o público leigo tenderá a cobrar dos nossos atletas um desempenho que se aproxime do Pan-2007.