Pólo aquático de novo fora

Seguindo as postagens diárias sobre atletas e/ou equipes que não conseguiram vaga para o Brasil nos Jogos Olímpicos, vamos falar do pólo aquático, que não viaja para as olimpíadas desde os Jogos de Los Angeles 1984.

Os homens do Brasil estão mais distantes da realidade do polo aquático mundial do que as mulheres, entretanto os resultados continentais do Brasil no masculino são bem melhores do que no feminino. As mulheres ficaram em décimo lugar no mundial de 2007 mas ficaram fora do pódio no Pan enquanto os homens sequer disputaram o mundial do ano passado mas foram, no Rio de Janeiro, pela segunda vez seguida vice campeões pan-americanos.

A vaga nos Jogos Olímpicos poderia vir com o título no torneio pré olímpico continental, que foi os Jogos Pan-americanos do Rio, em julho do ano passado. Os homens, que têm nas olimpíadas 12 equipes, teriam tido a primeira chance no mundial de 2007, caso tivesse conquistado a classificação, em que os três primeiros colocados estariam automaticamente em Pequim. As mulheres só teriam a chance no Pan e no pré olímpico mundial, disputado em março deste ano, tanto para homens quanto para as mulheres. O Brasil não conseguiu nenhuma das 12 vagas entre os homens e das oito entre as mulheres.

O pólo aquático feminino começou a aparecer no cenário depois do bronze conquistado nos Jogos pan-americanos de 1999, na primeira aparição das mulheres no programa do Pan.
No mundial de 2003, disputado as vésperas do Pan de Santo Domingo em que o Brasil ficou novamente com o bronze, a seleção terminou na 12ª posição dentre as 16 equipes.Em 2005, o Brasil caiu uma posição e ficou na 13ª posição.
No ano de 2007, o Brasil fez um mundial muito bom. Ficou na décima posição depois de derrotar a forte equipe da Nova Zelândia. Mas, meses depois, sentiram a pressão de jogar em casa e acabaram apenas na quarta posição no Pan, perdendo para Cuba por um gol de diferença, de virada, na disputa pelo bronze. Muito pouco para quem queria bater a equipe canadense( e quase conseguiu por sinal, perdendo por 6x5 nas semi finais). O Canadá ficou em sexto no último mundial.
No pré olímpico mundial no início deste ano, a equipe ficou muito distante da vaga. O time ficou apenas na décima primeira posição dentre as 12 equipes que disputaram o torneio, muito distante dos três primeiros colocados que conseguiriam a vaga. O time, inclusive, perdeu novamente para as cubanas, rivais na derrota pelo bronze no Pan.

Os homens, de tantas participações olímpicas e medalhas pan-americanas, sequer se classificaram ao mundial da categoria. No pré mundial, disputado no Rio em 2006, a seleção ficou com o bronze, atrás de Canadá e EUA, e ficou sem nenhuma das vagas destinadas ao continente para o torneio de 2007. O time, que conseguiu vencer o Canadá nos últimos dois pan-americanos nas semi finais, perdeu para os rivais por 10x4.
As medalhas de prata nos últimos dois Pans foram os resultados que deixaram o Brasil mais perto dos jogos Olímpicos. Apenas o campeão das Américas se credencia pelo torneio continental à disputar os Jogos Olímpicos, e o time brasileiro sucumbiu diante dos americanos duas vezes sem ter grande resistência. Em 2003, derrota por 13x7 e em 2007 por 9x2. Porém, as pratas valeram ouro, já que o grande objetivo era vencer o Canadá, um adversário à altura do Brasil.

O time, que foi décimo quarto no mundial de 2005, não conseguiu a vaga olímpica pelo pré olímpico mundial, última chance de classificação. A equipe ficou na nona posição,distante das quatro vagas que o torneio destribuiu. O Brasil perdeu para Grécia, Romênia e Russia sem ter muita resistência, o que prova ainda a grande distância dos nossos jogadores para os europeus. Mas, o que mais doeu neste torneio, foi ver os canadenses conquistarem a quarta vaga do torneio e irem para Pequim. E o pior. Com o mesmo time que disputou o Pan e foi derrotado pelo Brasil por 10x6 nas semi finais.

O polo aquático é o menos lembrado pela CBDA(Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) e é o pior, em termos de resultados, dentre os dirigidos pela entidade, que manda na natação, saltos ornamentais, nado sincronizado e Maratonas Aquáticas. Deve ter maior investimento pela confederação, para colocar o esporte novamente no trilho das vitórias, que rescentemente só vem acontecendo nos sul-americanos, torneios que tantos os homens quanto as mulheres não perdem há anos.

Para ver os favoritos em Pequim no pólo aquático clique AQUI

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